O Amor de Deus
25 de Abril de 2021
TEXTO ÁUREO
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3.16
VERDADE APLICADA
Porque Deus é amor, somente é possível amar como a Bíblia revela se formos nascidos de novo e nos relacionarmos com Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar a essência do amor de Deus.
Falar que o amor de Deus se revelou por meio de Jesus.
Ressaltar que o amor de Deus é único.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1 JOÃO 4
Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade.
Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é caridade; e quem está em caridade, está em Deus, e Deus, nele.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Sl 36.7 Quão precioso é o constante amor de Deus.
TERÇA / Sl 136.1 O amor de Deus dura para sempre.
QUARTA / Rm 5.8 Deus prova Seu amor para conosco em Cristo.
QUINTA / Rm 8.38-39 Nada poderá nos separar do amor de Deus.
SEXTA / Ef 2.4-5 Deus é riquíssimo em misericórdia e amor.
SÁBADO / 1Jo 3.1 Quão grande amor nos concedeu o Pai.
HINOS SUGERIDOS 35, 52, 396
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que nada venha nos separar desse amor que nos resgatou da perdição eterna.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos sobre o amor do qual não é possível chegar ao pleno entendimento: “Muito além do nosso entendimento, alto mais que todo o pensamento, glorioso em seu sublime intento, é o amor de Deus sem par” Harpa Cristã 396.
PONTO DE PARTIDA
Deus nos ama de forma incondicional.
1- O amor é a essência da natureza de Deus
O amor de Deus, fazendo parte da sua essência, não está acima dos seus outros atributos, o Senhor não é mais amoroso, bondoso do que é justo. O amor de Deus, sendo a Sua essência, não tem forma, não se mede, não se pesa, não se quantifica. Deus amou o mundo de “tal” maneira. Nenhuma palavra caberia para descrevê-lo. O amor de Deus é conhecido, no idioma grego, por amor “Ágape”.
1.1. Deus é o próprio amor.
Ele é a própria substância, a plenitude e a totalidade do amor: “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” [1Jo 4.8]. Aqui não fala que o amor está em Deus e sim que Deus é amor. Assim, não é possível estabelecer uma separação entre Deus e amor, porque é a Sua própria essência. Quando o amor está numa pessoa, ela poderá perdê-lo, mas quem é o próprio amor jamais perde. O amor de Deus é o bálsamo que alivia qualquer sofrimento. O apóstolo do amor, João, nos admoesta a demonstrar amor pela razão que o amor é a própria natureza de Deus. “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” [1Jo 4.7]. Ninguém consegue esgotar uma explicação sobre o amor de Deus.
Subsídio do Professor:
O amor de Deus foi determinante para o projeto de resgate do ser humano. O amor incondicional que proveu um sacrifício perfeito para satisfazer a justiça de Deus e chamar a humanidade para a reconciliação com Deus. O amor é a base de tudo, inclusive da graça e da misericórdia. Só o amor de Deus poderia implantar a graça e a misericórdia para quem não merece. Quem não tem amor não concede benefícios de tamanha magnitude.
1.2. Deus é a fonte inesgotável de amor.
Nessa fonte só jorra amor ágape que transcende tudo, é o amor sem interesse e sem explicação. O amor ágape é um mistério de Deus que ninguém nunca conseguiu nem conseguirá explicar essa fonte perene e inesgotável. Nessa fonte só jorra amor verdadeiro, amor sem misturas, sem contaminações, amor genuíno e puro, amor sem fingimento [Rm 12.9].
O amor de Deus se revela com muita propriedade na graça e na misericórdia. O amor de Deus supera todas as nossas expectativas, ao ponto de ficarmos espantados quando se fala que temos que amar assim como Deus nos amou, porque somos infinitamente pequenos diante da majestade de Deus. O ser humano não alcança e não consegue mergulhar por completo nessa fonte chamada amor de Deus, por causa do egoísmo. Parece que o ser humano usa o amor pensando no retorno, naquilo que poderá ser retribuído ou para sua própria glória.
Subsídio do Professor:
“Grande amor! Amor de Deus! Enche a terra e enche os céus! Grande amor! Amor que abrange a todo o mundo e atinge a mim!” Hino da Harpa Cristã 396. Amor não se divide, amor é único. Você ama o seu filho intensamente, ninguém pega um amor e divide em vários módulos para amar um pouquinho cada um. Assim foi Deus: amou a todos igualmente. O amor é total, não é partido nem dividido, nem subtraído de um para o outro. Deus é a fonte de amor que não seca, quanto mais tira, mais jorra. Felizes são aqueles que podem gozar, usufruir e viver esse amor (Deus).
1.3. Modos de Deus demonstrar o Seu amor.
Como amigo: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” [Jo 15.13]; como Pai: “Vede quão grande caridade nos concedeu o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.” [1Jo 3.1]; mais do que amor de mãe: “Pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti.” [Is 49.15]; mais do que amor de pai: “E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhes pedirem? [Mt 7.9-11].
Subsídio do Professor:
Deus é amor e a natureza do amor é conhecer e ser conhecido. O desejo de Deus é que todos possam experimentar esse amor, para tanto Ele tem Se revelado ao longo da história e alcançou o ápice da revelação de Seu imensurável amor na pessoa de Jesus Cristo vindo ao mundo. Amor não pode ser definido como só o sentimento de querer o bem de outra pessoa, seria muito fácil só querer o bem, mas se não traduzir em atitudes e benefícios, não será ou não terá nenhuma utilidade.
EU ENSINEI QUE:
O amor de Deus não tem forma, não se mede, não se pesa, não se quantifica. Deus amou o mundo de “tal” maneira. Nenhuma palavra pode descrever o amor de Deus.
2- O amor de Deus se revelou no Filho
A revelação suprema, a manifestação total do amor de Deus por nós é Jesus Cristo. Portanto, o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário é o efeito maior do amor de Deus por todos, porque essa é a maior prova do imenso e sem medida amor de Deus, que é incomparável, insubstituível e ilimitado.
2.1. Deus doou o Seu Filho Unigênito.
O versículo, que é o texto áureo da Bíblia, define bem como Deus expressou Seu amor nós: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” [Jo 3.16]. O amor não é só sentimento, como definem muitos dicionários da língua portuguesa. O amor, acima de sentimento, é atitude. Se Deus tivesse apenas tido o sentimento de amor e não tivesse tido a atitude de doar o Seu Filho, não teria nenhum valor. Não adianta falar que ama se não faz nada para demonstrar esse amor. Para nada serve um amor que não tem atitudes que o confirmem. Falar que ama, só de boca, qualquer um pode fazer.
Subsídio do Professor:
Foi o amor de Deus que originou o plano da salvação, e, sem esse amor, Jesus jamais teria morrido na cruz do Calvário para resgatar o ser humano do poder do pecado e da morte: “Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.” [1Jo 4.9].
2.2. Deus nos amou primeiro.
“Nós o amamos, porque ele nos amou primeiro.” [1Jo 4.19]; “Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.” [1Jo 4.10]; “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” [Ef 2.4-5]. O Evangelho de Jesus está todo baseado e fundamentado no amor. O amor é o maior princípio e a maior base de sustentação da salvação.
Subsídio do Professor:
“Fez um sacrifício infinito, dum valor imenso, inaudito, dando-nos o Filho Seu bendito, calculei o amor de Deus!” Hino da Harpa Cristã 396. O amor do ser humano pode ser fingido, por interesses, sempre esperando uma contrapartida, mas o amor de Deus é cristalino, sem misturas e interesses.
2.3. Deus nos amou incondicionalmente.
O amor incondicional é um amor sem restrições ou condições, alguém que ama sempre, independentemente da situação em que estejamos, não importa quem você é, nem o que você faz ou já fez. Ele nos amou no lamaçal do pecado e nos trouxe para a Sua maravilhosa luz. O amor indescritível, indestrutível, amor infinito, que ninguém tira, ninguém apaga, jamais acaba ou falha [1Co 13.8a; Rm 5.8].
Subsídio do Professor:
O amor incondicional de Deus não é porque somos merecedores, mas é porque o seu amor ultrapassa barreiras. O amor sacrificial que custou o Seu próprio Filho. Paulo reconhece e fica admirado pelo amor incondicional e sacrificial de Deus. “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós” [Rm 8.32]. Ilustrando: o amor sacrificial e incondicional é quando você corta em si mesmo para favorecer outra pessoa. Corta na sua pele e rasga o seu coração. É quando você tira o melhor que tem e oferece em sacrifício para restaurar alguém que poderá nunca reconhecer o que foi feito em seu favor. O amor de Deus foi derramado para todos, sem exceção, Ele não fez e nem faz acepção de pessoas, mas quantos não vão reconhecer e não obterão a salvação?
EU ENSINEI QUE:
O sacrifício de Jesus na cruz do Calvário é o efeito maior do amor de Deus por todos, porque essa é a maior prova do imenso e sem medida amor de Deus.
3- O amor de Deus é singular
O amor de Deus é singular, isto é, único de sua espécie, distinto, ímpar. Há um hino do cantor Luiz de Carvalho que declara esse amor de forma brilhante e poética: “Se os mares todos fossem tinta e o céu sem fim fosse papel, se as hastes todas fossem penas e os homens todos escrivães, nem mesmo assim o amor seria descrito em seu fulgor, oh maravilha deslumbrante esse eternal amor”.
3.1. O amor é real, transformador e está disponível.
O amor é uma semente que se planta e o solo é o nosso coração. Toda semente precisa de cuidados especiais para nascer. Quando você planta uma semente, você joga água, você coloca adubo, você protege contra as pragas. O amor precisa ser cultivado para o seu pleno desenvolvimento. Precisamos cuidar se não o perdemos, o amor não morre, mas esfria e se afasta de nós. É como uma fogueira, se não colocar lenha nova, ela se apaga e vira cinza.
“E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” [Rm 5.5]. Portanto o amor é derramado sobre nós, não é comprado, não é por coação, mas é um presente, uma dádiva de Deus, por meio do Espírito Santo. Vemos várias manifestações de amor, mas aqui o termo grego é ágape, que significa “amor divino”.
Subsídio do Professor:
Muitas pessoas falam: “vou fazer amor”. Até entre o casal não se faz amor: se namora com amor, tem intimidade conjugal com amor; há uma diferença entre fazer e aproveitar o que Deus já deixou à nossa disposição. O amor só irá crescer, frutificar e permanecer para sempre, quando ele não for negligenciado em nenhuma fase da sua existência.
Tudo que é feito sem amor, não é legítimo, não é verdadeiro, nem sai perfeito. Tudo que vale a pena ser feito, vale a pena ser feito com amor. Muitos só sabem teorizar sobre o amor, muitos só sabem poetizar sobre o amor, muitos só sabem filosofar sobre o amor, muitos só estudam sobre o amor, muitos só dizem ter sentimento de amor, muitos só declaram que têm amor, mas o melhor mesmo é viver o amor na sua essência e na sua plenitude.
3.2. Deus usa a Sua justiça para provar o Seu amor.
O amor de Deus não anda desassociado da Sua justiça, são atributos complementares. Deus é amor [1Jo 4.8, 16], mas também é fogo consumidor [Hb 12.29]. Se Deus não usa a justiça, o amor se torna libertino, aproveitador, interesseiro, sem correção. Porque muitos se escondem atrás do amor, para, de uma forma inescrupulosa, transgredir as leis divinas, como se o Pai não tivesse a justiça como atributo. Na verdade, onde existe amor puro a verdadeira justiça está presente.
Ter amor não é aceitar tudo. Onde se aceita tudo é porque não tem amor, vira bagunça e nós queremos o melhor para quem a gente ama [Hb 12.6]. Fazei “tudo” com decência e ordem [1Co 14.40]. Todos os atributos de Deus são equilibrados, e um não pode anular o outro. Todos trabalham em perfeita harmonia, afinal, o amor não se alegra com a injustiça [1Co 13.6]. O amor não compactua com o que está errado.
Subsídio do Professor:
Casa que o amor ultrapassa a justiça é uma casa bagunçada. Onde há amor julga-se que tem respeito. Justiça significa dar a cada pessoa o que ela merece. A justiça de Deus é a retidão de Sua natureza. Por isso, no amor não pode haver infidelidade, deslealdade ou falta de respeito. Quando Deus aplica o Seu amor em nós, Ele mostra a Sua fidelidade e a Sua justiça de caráter. Quem usa o amor de Deus para encobrir os seus pecados e erros grosseiros, receberá de Deus a justiça condenatória. O amor de Deus se manifesta para alcançar e restabelecer relacionamento com o ser humano conforme o plano divino.
3.3. O amor de Deus dura para sempre.
O amor de Deus não acaba e não falha [1Co 13.8a]. O amor de Deus é imutável, ele não muda, seu amor dura para sempre, a aliança e o amor do Senhor permanecem eternamente [Tg 1.17; Ml 3.6; Sl 136.1]. Deus não apaga ou tira o Seu amor por causa da infidelidade do ser humano, o Seu amor independe da correspondência ou não. Por mais que nos tornemos infiéis, Ele permanece fiel, porque não pode negar a si mesmo [2Tm 2.13].
Subsídio do Professor:
O amor de Deus é para sempre [Sl 103.17]. Heber Carlos: “Deus é eterno assim como eternos são todos os seus atributos. O amor não foge à regra. O amor de Deus por nós existe antes de haver mundo e existirá mesmo depois que este mundo for renovado”. Jeremias escreveu: “Com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí” [Jr 31.3]. As pessoas que nasceram depois de nós e virão a este mundo, também precisarão do amor de Deus [1Co 13.13].
EU ENSINEI QUE:
O amor de Deus é singular, isto é, único de sua espécie, distinto, ímpar.
CONCLUSÃO:
Aprendemos que o amor de Deus é a mola propulsora de todas as suas decisões, ações e criações. Seu amor para conosco é de forma profunda, intensa, calorosa e demonstrou isso ao doar o Seu único Filho para morrer em nosso lugar.
Fonte: Revista Betel