O número exato de vítimas ainda não foi confirmado
O número exato de vítimas ainda não foi confirmado. Mais cedo, agências de notícias russas citavam fontes do Ministério da Saúde que afirmavam que ao menos 11 pessoas tinham sido mortas. Parte dos feridos está em condições críticas nos hospitais, de modo que o número de mortos ainda pode aumentar.
Um homem de 19 anos foi identificado como o autor dos disparos e detido pela polícia, de acordo com Rustam Minnikhanov, chefe da região do Tartaristão, que classificou o crime de ato terrorista. Segundo ele, não há evidências de que o atirador tinha cúmplices. Anteriormente, a imprensa local citava um segundo atirador que teria sido morto pelos agentes.
"Ouvimos sons de explosões no início da segunda aula. Todos os professores trancaram as crianças nas salas de aula. Os tiros foram no terceiro andar", disse um professor, citado por um meio de comunicação local.
Vídeos nas redes sociais mostram estudantes pulando pelas janelas do terceiro andar da escola para fugir do atirador, assim como um corredor interno com vidro quebrado e pedaços de portas destruídas e uma sala de aula manchada de sangue, com um corpo no chão.
Outro registro mostra a polícia imobilizando um jovem nos arredores do prédio, mas não há confirmação se o detido era o atirador. Um perfil que pertenceria ao atirador e, mais tarde, foi bloqueado, continha publicações em que ele se descrevia como uma "divindade sanguinária" e dizia que planejava matar um "grande número de pessoas" e cometer suicídio.
Atentados em escolas são raros na Rússia. Um dos últimos grandes ataques desse tipo aconteceu no território anexado da Crimeia, em 2018, quando um estudante universitário matou 19 pessoas antes de tirar a própria vida.
Em resposta ao ataque, o presidente Vladimir Putin ordenou uma revisão da regulamentação de armas da Rússia. "O presidente ordenou que uma nova estrutura seja elaborada com urgência sobre o tipo de armas autorizadas para circulação entre a população civil, levando em consideração o modelo usado no tiroteio em Kazan", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
De acordo com Alexander Khinstein, membro do Parlamento russo, o atirador obteve uma licença de porte de arma no dia 28 de abril e possuia uma espingarda Hatsan Escort PS, com registro legal.
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