China lidera ranking dos países que mais poluem, com 27% das emissões globais de dióxido de carbono
A emissão de gases de efeito estufa da China saltaram para 27% do total mundial – número maior que de todos os países desenvolvidos juntos. O valor condiz ao ano de 2019, apontou uma análise da Rhodium de 6 de maio.
Os índices chineses preocupam: dados recentes supõem que as emissões do gigante asiático podem ser 1,7% maiores após 2020 devido à pandemia. Entre 2010 e 2019, o aumento foi de 3,3%.
Os EUA permanecem no segundo lugar, com 11% das emissões globais. Em seguida está a Índia, com 6,6%. Os 27 membros da UE (União Europeia) somaram 6,4%, concluiu o relatório.
Ainda assim, a China ainda não é o maior emissor histórico. Os 37 membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) emitiram quatro vezes mais dióxido de carbono que a China desde 1750.
Os EUA mantêm o maior índice per capita de emissões do mundo, com 17,6 toneladas a cada um de seus 330 milhões de habitantes. Enquanto isso, as emissões da China atingiram 14,1 gigatoneladas de equivalentes de dióxido de carbono em 2019. O valor é mais que o triplo dos níveis de 1990.
Na métrica per capita de emissão, a China também apresentou um aumento acentuado: são 10,1 toneladas anuais a cada um de seus 1,4 bilhão de habitantes. O número quase triplicou desde o início de 2000. Os resultados da pesquisa reúnem seis gases principais, além de mudanças resultantes do desmatamento e do uso da terra.
Compromisso
Na cúpula do clima, em abril, o presidente chinês Xi Jinping afirmou que o país limitaria as emissões de carvão para que reduzissem o pico antes da meta estabelecida anteriormente, de 2030. Xi também reiterou que a China zerará as emissões líquidas até 2060.
“A China se comprometeu a passar do pico de carbono para a neutralidade em um período de tempo muito mais curto do que o que poderia levar muitos países desenvolvidos”, disse o presidente, em registro do diário “The Washington Post”. “Isso requer esforços extraordinariamente árduos”.
Depois da cúpula, Beijing assinou um comunicado conjunto com os EUA – seu principal rival na esfera internacional – onde ambos os países se comprometeram a trabalhar juntos para revidar as mudanças climáticas.
Com o retorno de Washington, os países também estão alinhados sob o Acordo de Paris, que busca limitar o aquecimento global a menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais.