ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 5

 


O Evangelho e os títulos de Jesus
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Texto de Referência
Mateus: Mt 16.13-17
 
VERSÍCULO DO DIA
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Is 9.6

Verdade aplicada
Os títulos atribuídos a Jesus mostram Seu caráter e Sua natureza.

Objetivos da lição
Entender a importância de cada título no ministério de Jesus;
Conhecer a verdade teológica contida nos títulos;
Mostrar a grandeza de Cristo nos Evangelhos.

Momento de Oração
Oremos pelos povos não alcançados pelos que ainda não conhecem a História da cruz.

LEITURA DIÁRIA
Segunda Mt 3.11 - Jesus batiza com o Espírito Santo e com fogo.
Terça Jo 1.29 - Jesus o Cordeiro de Deus.
Quarta Lc 6.5 - Jesus é o Senhor do sábado.
Quinta Mq 5.2 - Jesus como Senhor de Israel.
Sexta Ap 19.16 - Jesus como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Sábado Mc 10.48 - Jesus como Filho de Davi.

Introdução
Os títulos cristológicos encontrados nos Evangelhos atribuídos a Jesus trazem consigo vários significados quanto à obra terrena, revelando o caráter de sua natureza e a profundidade pela qual desenvolveria seu ministério.
 
#pontochave
Jesus é o Messias prometido no Antigo Testamento.

1 - Jesus como Senhor e Salvador
Estes dois títulos se completam, pois todos aqueles que têm Jesus como Salvador precisam tê-lo como Senhor também. Como Salvador, ele supre a necessidade humana de livramento, mas como Senhor Ele é soberano da vida do seu povo.
 
1.1. Jesus Cristo e o título de Senhor
A expressão grega para Senhor é "kyrios", dando a ideia de alguém que vive e que está cercado de autoridade para governar, ou seja, está acima de todas as coisas. Nas passagens dos Evangelhos, vemos a proclamação de que Jesus é Senhor do sábado; a ideia aqui é mostrar que Jesus era o dono do sábado, maior que o sábado e tinha o poder sobre o sábado. Num sentido mais amplo, Jesus se torna Senhor de nossa vida quando nos rendemos a sua perfeita vontade. Isaías exclama: Santo é o Senhor dos exércitos (Is 6.3), mostrando seu poderio e domínio sobre os poderes terrenos. Que venhamos entender o domínio de Deus não somente sobre a história, mas também sobre a nossa vida.
 
1.2. Jesus como Salvador
Este é um título que encontramos em Mateus, quando acontece a anunciação do nascimento e que seu nome seria JESUS, pois salvaria o Seu povo. A ideia do Antigo Testamento para o termo salvador é libertador do povo; então, neste sentido, Moisés foi um salvador para os hebreus, quando saíram do Egito. Porém, quando este termo é atribuído a Jesus, refere-se a uma libertação mais abrangente, para além do espaço físico. Em Lucas, vemos que o filho do homem veio para salvar (Lc 19.10), João diz que Deus enviou seu filho para salvar (Jo 3.17); estes textos evidenciam que a missão de Jesus era ser Salvador não apenas no âmbito terreno, mas, principalmente, do ponto de vista espiritual. Somente Jesus é capaz de promover uma transformação por completo no coração do ser humano.

Refletindo "Os Evangelhos apresentam a auto existência e a preexistência de Jesus" Pr. Isaias Rosa

2 - Jesus visto como Profeta e Sumo Sacerdote
Estes dois títulos trazem grandes verdades, unindo o Antigo Testamento com o Novo, pois abordam a esperança do profeta escatológico, mas também apontam para o ofício sacerdotal de Jesus como mediador de uma nova aliança. O escritor aos hebreus assevera que Jesus é superior a todos os sacerdotes.
 
2.1. O Profeta como Moisés
Em primeiro lugar, precisamos entender que, em Israel, O Profeta (nabi), não era o que simplesmente falava em Nome de Deus, mas aquele que revelava a vontade de Deus ao povo. O texto em Deuteronômio 18.15-19, suscita em Israel a noção do Profeta do fim dos tempos, conhecido como profeta escatológico, porém Jesus vai muito além da perspectiva Judaica. Muitos achavam que Jesus era Elias, Jeremias ou um dos Profetas (MT 16.14); a Mulher samaritana em seu diálogo com Jesus, disse que Ele era profeta (Jo 4.19). Jesus como profeta revela os mistérios do Reino de Deus aos homens, sendo superior a qualquer profeta veterotestamentário, pois ele é a própria Palavra, O Verbo Vivo e sempre falava com autoridade própria; até mesmo o povo O percebia como profeta, conforme vemos em Mateus 21.46. Jesus como ungido de Deus exercia também o ofício profético.
 
2.2. Um Sumo Sacerdote eterno
Outro ofício que recebia a unção no Antigo Testamento era o de sacerdotes. Estes eram separados para interceder pelo povo dando suporte espiritual em todos os rituais mosaicos. Jesus, como Sacerdote, não está circunscrito a um tempo ou geração, mas foi constituído o Sacerdote Eterno! Enquanto no Antigo Testamento exigia-se sangue de carneiro e animais limpos, Jesus foi ao mesmo tempo o Sacrifício Perfeito e o Sumo Sacerdote. O Filho de Deus se entregou de maneira voluntária (Gl 1.4), e Ele mesmo se entregou por nós (Tt 2.14). A Bíblia diz que o nosso sacerdote, pode se compadecer por nós, pois foi tentado, mas permaneceu ilibado. Durante seu ministério vemos Jesus intercedendo a Deus pelos oprimidos e pecadores; e na oração sacerdotal, intercede pelos seus discípulos (em João 17). Em Cristo podemos crer e confiar as causas impossíveis.
 
3 - Títulos que revelam a divindade de Jesus
Os títulos usados, principalmente Jesus, revelam a coexistência dEle com Deus, bem como Sua auto existência e preexistência. A profundidade teológica desses títulos foram fundamentais na construção da teologia a respeito de Cristo.
 
3.1. O Jesus Logos
Na narrativa do Evangelho de João, encontramos a expressão grega logos que foi traduzida por "verbo". Uma das noções dos gregos para logos é que era uma lei suprema, que rege o universo e que ao mesmo tempo está na razão humana. Quando João escolhe este termo, tem como objetivo revelar a superioridade de Cristo sobre qualquer conceito de verdade ou ser supremo, Jesus é a própria verdade. O versículo que principia seu evangelho já diz tudo: No princípio era o verbo, o verbo estava com Deus e o verbo era Deus (Jo 1.1). As três frases revelam que Jesus existia no princípio de todas as coisas, coexistia com Deus e que era o próprio Deus. É glorificante saber que o próprio Deus na pessoa de seu Filho, assumiu a forma humana para efetuar a maior obra de salvação. Paulo fala sobre a grandeza do mistério da piedade, onde o Verbo se manifesta em carne (1 Tm 3.16). 

3.2. Jesus como Filho de Deus
Este título expressa a maneira particular e única entre o Pai e o Filho. Percebemos em algumas passagens as pessoas reivindicando a Jesus como filho de Davi. Este título mostra Jesus como sucessor do trono davídico que jamais terá fim, porém não mostra a divindade de Cristo. No Evangelho de João a revelação de Jesus tendo como Pai Celestial O próprio Deus muito clara, resultou em Sua morte (Jo 19.7), pois os judeus consideravam esta afirmação uma blasfêmia (Jo 10.33). O Filho de Deus veio trazer uma mensagem de esperança e dar o direito de vida eterna à humanidade. Nós somos filhos de Deus por adoção através do sangue de Cristo. Que venhamos a olhar com diligência para esta tão grande salvação, valorizando e proclamando o inequívoco amor de Deus. Em sua missiva, João exalta o grande amor de Deus em nos fazer seus filhos (1 João 3: 1).

SUBSÍDIOS PARA O EDUCADOR
 
Subsídios Teológico e Histórico 
Na tentativa de explicar o grande mistério em torno da pessoa de Cristo, muitas heresias foram criadas ao longo da história. Um certo bispo por nome Apolinário passou a ensinar que a mente de Jesus era divina e não humana; esta heresia ficou conhecida como apolinarismo. Outra visão equivocada foi o eutiquianismo, que defendia que quando o Verbo se tornou carne não houve uma união e sim a fusão entre as duas naturezas tendo como resultado um homem com carne deificada. Esta heresia foi formulada por um abade do mosteiro de Constantinopla. Existe também o nestorianismo, uma heresia criada pelo bispo Nestório de Constantinopla, onde Jesus alternava entre as duas naturezas sendo Deus e homem em momentos distintos. Todas essas heresias acerca das duas naturezas de Jesus foram tenazmente combatidas e seus proponentes excomungados. Merece destaque uma das heresias difundidas no primeiro século da era cristã que foi o gnosticismo que não aceitava a ideia de um ser Divino sendo puro, assumir a forma humana; dizia ainda que os sofrimentos de Jesus não foram reais, pois ele era um espírito.

CONCLUSÃO
Os títulos atribuídos a Jesus revelam sua messianidade e missão entre os homens.

Complementando
A pessoa de Cristo sempre será uma incógnita para a ciência e pesquisadores, pois Jesus não é uma fórmula química ou uma equação matemática para se chegar a um resultado. Jesus vai além da compreensão humana, é revelado pela ação do Espírito Santo.

Eu ensinei que
Embora vários títulos sejam atribuídos a Jesus, Ele sobrepuja a qualquer conceito humano. 
 
Fonte: Revista Betel Conectar

Pr Marcos André - contatos palestras, aulas e pregações: 48 998079439 (Claro e Whatsapp)   https://marcosandreclubdateologia.blogspot.com/