A graça de Deus
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Sobre a graça de Deus
Mas o que você pensaria se Deus enviasse Seu único Filho para morrer em seu lugar, como seu substituto, pagando a penalidade que seus pecados mereciam? E o que você pensaria se Deus lhe oferecesse a vida eterna como um presente gratuito se tão somente você recebesse o Seu Filho como Aquele que morreu em seu lugar?
E depois, o que você pensaria se o Senhor oferecesse fazer de você Seu filho por adoção e o levasse à Sua casa nos céus para viver com Ele eternamente? Como você chamaria esse ato de Deus? Há apenas uma palavra para descrever esse tratamento - a palavra é graça.
E isso é exatamente o que Deus está fazendo. A ilustração é válida porque é verdadeira. Deus está mostrando favor ilimitado a todos nós, se tão somente crermos em Seu Filho, Jesus Cristo e O aceitarmos como nosso único e suficiente Salvador.
O homem não merece ser bem tratado por Deus. Não há nada no homem que obrigue Deus a ser amável com ele. Ele não pode exigir absolutamente nada de Deus. Se Deus decide mostrar favor aos filhos dos homens, o motivo não se encontra neles, mas no Todo-Poderoso.
A graça de Deus é disponibilizada a todos nós, pois todos nós somos pecadores, estamos destituídos da glória de Deus. Por sua própria natureza, a graça sempre flui de cima, ou seja, de Deus, para os ímpios.
Pecadores não merecem o favor de Deus, mas exatamente o oposto. “O salário do pecado é a morte.” (Rm 6.23). De acordo com todas as regras da justiça divina, um pecador deveria morrer por seus pecados e passar a eternidade no inferno. Portanto, a graça de Deus significa bondade para com aqueles que merecem punição.
Salvação significa libertação da penalidade e do poder do pecado nesta vida e libertação da presença do pecado na vida no porvir. Deus nos oferece tudo isso como um presente gratuito. Isso significa que não há custo ou preço envolvido. O homem meramente recebe esse presente de seu Doador.
Para receber esse maravilhoso presente da graça de Deus, uma pessoa simplesmente precisa crer no Senhor Jesus Cristo. Ela aceita o Salvador como seu Substituto e entrega o bem estar eterno de seu espírito, alma e corpo ao Senhor. Crendo que Cristo morreu por ela no Calvário, a pessoa aceita o Senhor Jesus como o único caminho de salvação que Deus nos proporciona. No momento em que ela faz isso, está salva pela graça de Deus.
Não seria justo da parte de Deus não tomar conhecimento do pecado do homem, tolerá-lo ou desculpá-lo. A lei divina exige que a pessoa que peca seja punida por causa desse pecado. Essa lei deve ser executada. Entretanto, se o próprio homem tiver que pagar a penalidade de seus pecados, ele perecerá para sempre.
Como, então, Deus pode salvar o pecador que Ele ama e ainda assim ser leal a Suas próprias leis? A resposta é que Deus enviou Seu Filho sem pecado para morrer no lugar dos pecadores. O Senhor Jesus pagou o preço que o homem deveria pagar. Ele suportou a penalidade dos pecados dos outros. Ele morreu a morte que nós merecíamos.
Agora que todas as exigências da justiça divina foram completamente satisfeitas, Deus pode oferecer vida eterna a todos os que recebem Seu Filho como Senhor e Salvador.
A graça é muitas vezes definida como “as riquezas de Deus que nos são dadas às custas de Cristo”. A morte, o sepultamento e a ressurreição do Senhor Jesus fornecem a Deus as bases legais e justas sobre as quais Ele pode salvar pecadores vis que querem ser salvos.
Debaixo da lei, o homem recebe aquilo que merece. Os Dez Mandamentos, por exemplo, prometeram continuidade da vida aqui na terra para os que obedecessem e morte para os que desobedecessem.
O princípio das obras significa que um homem recebe seu salário como pagamento por seu trabalho. Ele tem direito a seu pagamento porque trabalhou para fazer jus a ele. Semelhantemente, a ideia do débito é que uma pessoa deve algo a outra pessoa como pagamento por serviços prestados.
A graça é totalmente oposta a isso. Mesmo os que porventura conseguissem obedecer à lei de Deus, precisariam de salvação, pois, desde o pecado original de Adão no Jardim do Éden, somos todos originalmente herdeiros do pecado. É impossível que uma pessoa possa guardar os Dez Mandamentos, só Jesus cumpriu essa missão sem tropeçar em nenhum til da Lei. Mas a graça salva os que quebram a lei (todos nós) e que, por isso, estão em perigo de ir para o inferno. A salvação não é uma recompensa dada a homens que fazem boas obras. A salvação é para os que não fazem obras, mas que crêem n’Aquele que justifica os pecadores (Rm 4.4-5).
A salvação não é uma obrigação que Deus deve aos homens pela pureza da vida que levam. É a bondade que Ele demonstra aos homens que deveriam estar no inferno. Trabalhar para tentar obter, merecer ou comprar a salvação é insultar o Doador, e esse seria um gesto rude, um verdadeiro insulto. Tentar comprar o presente da salvação seria um insulto Àquele que a está oferecendo. Esse presente não tem preço!
No momento em que se acrescentam termos ou condições, a graça deixa de ser graça. “E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.” (Rm 11.6).
Pense no preço que Ele se dispôs a pagar para salvar a sua alma culpada e a minha. Ele deu Seu único Filho. Ninguém, exceto Deus, poderia ter feito tal coisa. Pense naqueles que Ele salva! Os pecadores mais profundamente incorrigíveis, prostitutas, adúlteros, fornicadores, mentirosos, trapaceiros, assassinos, incrédulos, ateus e religiosos hipócritas. Nós todos! Ninguém é tão vil que possa impedir a graça de Deus de alcançá-lo e de salvá-lo.
Pense na paciência que Deus demonstra! Por longos séculos Ele foi insultado e rejeitado. Seus mensageiros foram apedrejados e perseguidos. Seu amado Filho foi crucificado e morto. Mesmo assim, onde o pecado foi abundante, a graça foi muito mais abundante. E Ele ainda nos envia as boas novas da salvação. “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa.” (At 16.31).
Pense na posição em que Deus coloca o pecador que crê! Faz dele um filho de Deus, um herdeiro de Deus por adoção e um co-herdeiro com Cristo. Ele o salva do pecado, da morte, do inferno e o prepara para uma mansão nos céus - para estar com o Senhor Jesus Cristo para sempre.
Não surpreende que a graça de Deus tenha sido a inspiração para poetas e artistas, para príncipes e plebeus, para mártires e ladrões à beira da morte. Este é o maior de todos os temas e o maior dos presentes que qualquer alma desse mundo poderia desejar receber de Seu Criador!
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º Trimestre de 2021, ano 31 nº 119 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – Os atributos de Deus – Conhecendo a Natureza, o Caráter e a Supremacia de Deus nas Escrituras – Pr. Valdir Alves de Oliveira.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD – 2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.
Actual Edições – 2010 – A Graça de Deus – William MacDonald – Tradução: Cleide Camargo.