Os relativistas dizem: Você está sendo radical demais, precisa renunciar as suas verdades e convicções
Eles querem que renunciemos as nossas, mas não abrem mão de renunciar, ou mesmo RELATIVISAR um milímetro as deles. E quando ficam sem argumentos plausíveis, apelam para o argumento da hipocrisia. Nossa sociedade é hipócrita? É sim!!! E nós muitas vezes somos e agimos como hipócritas, e daí? Escandalizado com esta verdade? Porém fique sabendo que:
Erros, pecados, e nossas hipocrisias cotidianas, não é licença para agir inescrupulosamente, se auto permitindo a tudo, ou querendo institucionalizar o pecado, mas é motivo para continuarmos a lutar com o auxílio da graça de Deus, pela coerência de vida conforme as nossas opções definitivas.
Se a pessoa tem tendência a homossexualidade, então para estes(as) fiscais da hipocrisia, não é para se buscar a conversão, a confissão, o auxílio da graça de Deus, direção espiritual ou a psicológica adaptada a sua biologia, isto seria ofensivo e preconceituoso, basta tão somente, arrancar ou negar algumas páginas da bíblia e do magistério da Igreja, ajustando tudo isto ao seu estilo de vida desregrado, e não o contrário, como se ele(a) estivesse certo(a) e toda bíblia, tradição e magistério da Igreja estivessem errados.
“Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo...” (Gálatas 1,10)
Eu até concordaria em mudar minhas convicções, mas preciso ser convencido com a verdade, e não por imposições, ou para agradar seja lá quem for. E quais são as verdades e convicções que os relativistas querem que abracemos em lugar das nossas?
-Que o aborto é uma coisa boa e querida por Deus.
-Que no adultério consentido, não existe pecado.
-Que a prática do sexo livre com o uso de contraceptivos artificiais e abortivos, é querido por Deus no lugar da castidade.
-Que a Poligamia, Zoofilia, Pedofilia, Incesto, sadomasoquismo, depravações e coisas do gênero, é querido por Deus, e que devemos praticar sem sentimento de culpa.
-Que o Comunismo ateu, totalitarista e inescrupuloso, onde os fins justificam os meios também, é querido por Deus.
-Que todas as religiões são boas, incluindo as que querem o fim dos Cristãos e do cristianismo da face da terra.
-Que devemos respeitar as diferenças, estilos de vida e todas as opiniões, exceto dos Cristãos.
-Negar que os princípios da Guerra e Justa e da Legítima defesa não fazem parte do ensino oficial e magisterial da Igreja.
-Pregar e adotar uma vida baseada no hedonismo, pensando apenas no aqui e agora, ao invés da prática das virtudes e uma vida de santidade voltada para a meta final que é transcendente.
VEJAMOS O QUE DIZ A SAGRADA TRADIÇÃO DA IGREJA:
“Como sabemos, em vastas áreas da terra a fé corre o perigo de se extinguir como uma chama que deixa de ser alimentada. Estamos diante de uma profunda crise de fé, de uma perda do sentido religioso que constitui o maior desafio para a Igreja de hoje. Por conseguinte, a renovação da fé deve ser a prioridade no compromisso de toda a Igreja nos nossos dias. Faço votos por que o Ano da fé possa contribuir, com a colaboração cordial de todos os componentes do Povo de Deus, para tornar Deus de novo presente neste mundo e abrir aos homens o acesso à fé, para confiar naquele Deus que nos amou até ao fim (cf. Jo 13, 1), em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado. O tema da unidade dos cristãos está estreitamente relacionado a esta tarefa. Por conseguinte, gostaria de me deter sobre alguns aspectos relativos ao caminho ecuménico da Igreja, que foi objeto de uma reflexão aprofundada nesta Plenária, em coincidência com a conclusão da anual Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. De fato, o impulso da obra ecuménica deve começar a partir daquele «ecumenismo espiritual» da «alma de todo o movimento ecuménico» (Unitatis redintegratio, 8), que se encontra no espírito da oração para que «todos sejam um só» (Jo 17, 21).A coerência do compromisso ecuménico com o ensinamento do Concílio Vaticano II e com toda a Tradição foi um dos âmbitos ao qual a Congregação, em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, sempre prestou atenção. Hoje podemos verificar não poucos frutos bons produzidos pelos diálogos ecuménicos, mas devemos reconhecer também que o risco de um falso irenismo e de um indiferentismo, totalmente alheio à mentalidade do Concílio Vaticano II, exige a nossa vigilância. Este indiferentismo é causado pela opinião cada vez mais difundida que a verdade não seria acessível ao homem: portanto seria necessário limitar-se a encontrar regras para uma prática capaz de melhorar o mundo. E assim a fé seria substituída por um moralismo, sem fundamento profundo. O centro do verdadeiro ecumenismo é, ao contrário, a fé na qual o homem encontra a verdade que se revela na Palavra de Deus. Sem a fé todo o movimento ecuménico se reduziria a uma forma de «contrato social» ao qual aderir por um interesse comum, uma «praxiologia» para criar um mundo melhor. A lógica do Concílio Vaticano II é completamente diversa: a busca sincera da plena unidade de todos os cristãos é um dinamismo animado pela Palavra de Deus, pela Verdade divina que nos fala nesta Palavra.O problema crucial, que marca de modo transversal os diálogos ecuménicos, é, portanto, a questão da estrutura da revelação — a relação entre Sagrada Escritura, a Tradição viva na Santa Igreja e o Ministério dos sucessores dos Apóstolos como testemunha a fé verdadeira. E aqui é implícita a problemática da eclesiologia, que faz parte deste problema: como chega até nós a verdade de Deus. Entre outras coisas, é fundamental o discernimento entre a Tradição com maiúscula, e as tradições. Não pretendo entrar em pormenores, mas faço uma só observação. Um passo importante deste discernimento foi feito na preparação e na aplicação das disposições para grupos de fiéis provenientes do Anglicanismo, que desejam entrar na plena comunhão da Igreja, na unidade da Tradição divina comum e essencial, conservando as próprias tradições espirituais, litúrgicas e pastorais, que são conformes com a fé católica (cf. Const. Anglicanorum coetibus, art. III). Existe, com efeito, uma riqueza espiritual nas diversas Confissões cristãs, que é expressão da única fé e dom que se deve partilhar e encontrar juntos na Tradição da Igreja.Além disso, hoje, uma das questões fundamentais é constituída pela problemática dos métodos adoptados nos vários diálogos ecuménicos. Também eles devem reflectir a prioridade da fé. Conhecer a verdade é o direito do interlocutor em cada diálogo verdadeiro. É a mesma exigência da caridade para com o irmão. Neste sentido, é preciso enfrentar com coragem também as questões controversas, sempre no espírito de fraternidade e de respeito recíproco. Além disso, é importante oferecer uma interpretação correcta daquela «ordem ou “hierarquia” nas verdades da doutrina católica», realçada no Decreto Unitatis redintegratio (cf. n. 11), que não significa de modo algum reduzir o depósito da fé, mas fazer sobressair a sua estrutura interna, a organicidade desta única estrutura. Têm também grande relevância os documentos de estudo produzidos pelos vários diálogos ecuménicos. Esses textos não podem ser ignorados, porque constituem um fruto importante, mesmo se provisório, da reflexão comum amadurecida ao longo dos anos. De igual modo, eles devem ser reconhecidos no seu significado justo como contributos oferecidos à Autoridade competente da Igreja, a única chamada a julgá-los de modo definitivo. Atribuir a estes textos um peso vinculante ou quase conclusivo das questões difíceis dos diálogos, sem a devida avaliação por parte da Autoridade eclesial, em última análise, não ajudaria o caminho rumo à plena unidade na fé.Uma última questão que finalmente gostaria de mencionar é a problemática moral, que constitui um novo desafio para o caminho ecuménico. Nos diálogos não podemos ignorar as grandes questões morais acerca da vida humana, da família, da sexualidade, da bioética, da liberdade, da justiça e da paz. Será importante falar destes temas com uma só voz, haurindo do fundamento da Escritura e da tradição viva da Igreja. Esta tradição ajuda-nos a decifrar a linguagem do Criador na sua criação. Defendendo os valores fundamentais da grande tradição da Igreja, defendemos o homem e a criação”. (DISCURSO DO PAPA BENTO XVI À PLENÁRIA DA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ - Sala Clementina Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2012)
Mas o que eram essas leis e tradições, e pelas quais esses santos deram a vida?
Por: Padre Paulo Ricardo
Não se tratava de meras convenções humanas, e por mais dignos de honra que fossem seus antepassados, não foi simplesmente por eles que os mártires macabeus derramaram o próprio sangue. Essa família tinha consciência da origem das leis de sua religião: era o próprio Deus que as havia instituído. Por isso, desobedecer a elas era desobedecer a Deus. Foi para não ofendê-lo, portanto, para não pecar, que essa mãe e esses filhos enfrentaram as mais cruéis das torturas. Eles traziam bem vivas no coração as palavras do salmista:
“Vosso amor vale mais do que a vida” (Sl 62, 4)
O que essa história tem a ver conosco, não é preciso muito para perceber. O exemplo desses jovens é um testemunho luminoso da coragem que precisamos ter em nossos dias para obedecer àquilo que Deus nos ensina através da Igreja que Ele mesmo deixou sobre a terra. No tempo desses Santos Macabeus, o que havia era a lei de Moisés e o oráculo dos profetas; foi em respeito a esse tesouro que eles morreram como mártires. Nos nossos tempos, porém, como diz a introdução da Carta aos Hebreus, foi o próprio Filho de Deus quem veio ao nosso encontro, deixando à Igreja a autoridade de ensinar em seu nome; é, pois, para conservar essa doutrina — muito mais elevada, perfeita e superior do que a antiga — que nós devemos estar dispostos a morrer.Pode parecer “antiquada” essa teologia do martírio, mas ela é uma das respostas mais contundentes à crise moral que enfrentamos hoje, dentro e fora da Igreja. Não sem razão o Papa Pio XII, em um célebre discurso a mulheres (que já publicamos na íntegra aqui), recorreu justamente à história dos Santos Macabeus para ilustrar o heroísmo que muitas vezes o cumprimento da vontade de Deus nos exige:
Pode haver situações em que o homem, e especialmente o cristão, não pode ignorar que deve sacrificar tudo, inclusive a própria vida, a fim de salvar a própria alma. Todos os mártires no-lo recordam. E os há em grande número, também em nossos tempos. Mas será que a mãe dos Macabeus e seus filhos, santas Perpétua e Felicidade, sem embargo de seus recém-nascidos, Maria Goretti e milhares de outros, homens e mulheres venerados pela Igreja e que se opuseram à “situação”, sofreram inutilmente — e até por engano — uma morte sangrenta? Certamente não. E eles, com seu sangue, são os testemunhos mais expressivos da verdade contra a “nova moral”.
Ao se referir à “situação” e à “nova moral”, o Papa Pio XII se referia à chamada moral de situação, segundo a qual:
“Cada indivíduo em cada instante e conjuntura é dono de fazer o que lhe pareça melhor, sem ataduras de nenhum gênero; Deus, nesse sistema moral, só dá valor à intenção reta e à resposta sincera; a ação não lhe importa”.
Na prática, isso significa que:
-Os Santos mártires Macabeus poderiam muito bem praticar obras contrárias a sua fé.
-Que os primeiros mártires cristãos poderiam muito bem ter jogado o quanto de incenso quisessem diante da estátua do Imperador.
-Que São Thomas More poderia muito bem ter aceitado o adultério de Henrique VIII, e para não perder seu cargo e amizade com o rei, ter ficado do seu lado e contra o papa.
-Que São José Sánchez del Río poderia muito bem ter cedido à pressão de seus perseguidores e negado a Cristo Rei, “apenas de boca e não de coração, como pediu sua mãe”, para ficar vivo e não ser torturado.
Bastava, vejam só, que eles trouxessem no coração uma “boa intenção” e uma “sinceridade” meio abstrata, e estava tudo certo. Dedução lógica de tudo isso? Os pobres mártires sofreram “inutilmente”.
Mas é evidente que esse tipo de raciocínio não se limita a interpretações do passado; tudo é calculado para dar ao homem de hoje a “liberdade” (que está mais para libertinagem) de fazer o que lhe der na telha.
Assim, diante das múltiplas situações (e algumas até muito difíceis, não negamos) com que se deparam os homens de hoje, seria lícito e perfeitamente aceitável que se contrariasse um “mandamentozinho” aqui e ali só para não se “enrascar”, só para não ficar numa situação embaraçosa, só para não sofrer um “martírio branco” diante dos outros.
Porque o cristianismo custa, porque o Evangelho é exigente — e porque não queremos nos confessar fracos, miseráveis e até obstinados, dependendo do caso —, o pecado é visto por tantos de nós como algo “inevitável”: “todo o mundo faz”, “as coisas são assim mesmo”, “ninguém é de ferro” e, afinal, “o que importa é o coração”, “Deus não vai nos tratar assim também, a ferro e fogo” etc. Dedução lógica? Quem procura fazer a vontade de Deus é bobo, ultrapassado e está sofrendo à toa. Daqui a repulsa de tantos à vida religiosa, à busca de Deus e à obediência aos Mandamentos.
Para romper com essa forma mundana de pensar, nada melhor do que olhar com fé para o exemplo dos mártires. Os Santos Macabeus podiam muito bem ter cedido à tentação de comer carne e procurado “racionalizar” depois, usando alguma “justificativa” para sua traição. Mas, se o fizessem, seriam lembrados hoje na liturgia? Mais do que isso: teriam feito a coisa certa? Sua covardia teriam salvado suas almas e fortalecido a fé dos Judeus do qual nasceu o Cristo?
Certos teólogos modernos arriscariam a dizer que “sim”, que no fundo é preciso compreender cada situação, e que o “certo” e o “errado” são muito relativos. Mas, afinal, iremos seguir as novidades do momento ou as leis e tradições de nossos pais?
Iremos nos guiar pelas picadas que alguns decidiram abrir no meio do mato ou pela estrada segura que percorreram os santos? Iremos seguir as últimas modas teológicas ou a Palavra eterna que diz: “Seja o vosso sim, sim; e o vosso não, não; o que passa disto vem do Maligno” (Mt 5, 37)?
Certamente é mais difícil aceitar o que nos ensina o Senhor e nos submeter ao que Ele diz, ao invés de simplesmente fazer o que bem entendermos, tentando nos “desculpar” depois com alguma história mais ou menos bem elaborada. Acontece que viver de desculpas covardes pode até trazer facilidades, e benefícios temporários, mas não traz a salvação eterna. Esta só nos vem quando entramos em contato com a Verdade, por mais dura e dolorosa que ela às vezes nos pareça num primeiro momento. É só conhecendo a ela que seremos verdadeiramente livres (cf. Jo 8, 32). Nesta e na outra vida.
Conclusão:
Com tudo isso, percebemos que, enquanto a tolerância católica é uma atitude de benevolência em face das pessoas, a tolerância moderna diz respeito às ideias, por mais contraditórias que elas possam ser entre si; na realidade, é mais uma expressão do relativismo.Já notaram que, de uns anos para cá, a simples opinião contrária ao casamento gay, ou à legalização do aborto, passou a ser condenada sob o rótulo de “extremismo”, como se casamentos homossexuais ou abortos por encomenda não fossem novidades chocantes, revolucionárias, mas sim práticas consensuais milenares, firmemente ancoradas na História, na natureza humana e no senso comum, às quais realmente só um louco extremista poderia se opor?Já notaram que o exibicionismo sexual em praça pública, as ofensas brutais à fé religiosa, a invasão acintosa dos templos, passaram a ser aceitos como meios normais de protesto democrático por aquela mesma mídia e por aquelas mesmas autoridades constituídas que, diante da mais pacífica e serena citação da Bíblia, logo alertam contra o abuso “fundamentalista” da liberdade de opinião?Já notaram que o simples ato de rezar em público é tido como manifestação de “intolerância”, e que, inversamente, a proibição de rezar é celebrada como expressão puríssima da “liberdade religiosa”? Já notaram que, após terem dado ao termo “fundamentalista” uma acepção sinistra por sua associação com o terrorismo islâmico, os meios de comunicação mais respeitáveis e elegantes passaram a usá-lo contra pastores e crentes, católicos e evangélicos, como se os cristãos fossem os autores e não as vítimas inermes da violência terrorista no mundo? QUE INVERSÃO DE VALORES !!! - Em todos esses casos, e numa infinidade de outros, a estratégia é sempre a mesma: Quebrar as cadeias normais de associação de ideias, inverter o senso das proporções, forçar a população a negar aquilo que seus olhos veem e a enxergar, em vez disso, aquilo que a elite iluminada manda enxergar. Infelizmente os novos moralistas odeiam as virtudes e amam a prática dos vícios. Me convença de que tudo que foi exposto acima está totalmente errado e não corresponde à verdade, e eu estarei disposto a mudar minhas convicções.
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Erros, pecados, e nossas hipocrisias cotidianas, não é licença para agir inescrupulosamente, se auto permitindo a tudo, ou querendo institucionalizar o pecado, mas é motivo para continuarmos a lutar com o auxílio da graça de Deus, pela coerência de vida conforme as nossas opções definitivas.
Se a pessoa tem tendência a homossexualidade, então para estes(as) fiscais da hipocrisia, não é para se buscar a conversão, a confissão, o auxílio da graça de Deus, direção espiritual ou a psicológica adaptada a sua biologia, isto seria ofensivo e preconceituoso, basta tão somente, arrancar ou negar algumas páginas da bíblia e do magistério da Igreja, ajustando tudo isto ao seu estilo de vida desregrado, e não o contrário, como se ele(a) estivesse certo(a) e toda bíblia, tradição e magistério da Igreja estivessem errados.
“Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo...” (Gálatas 1,10)
Eu até concordaria em mudar minhas convicções, mas preciso ser convencido com a verdade, e não por imposições, ou para agradar seja lá quem for. E quais são as verdades e convicções que os relativistas querem que abracemos em lugar das nossas?
-Que o aborto é uma coisa boa e querida por Deus.
-Que no adultério consentido, não existe pecado.
-Que a prática do sexo livre com o uso de contraceptivos artificiais e abortivos, é querido por Deus no lugar da castidade.
-Que a Poligamia, Zoofilia, Pedofilia, Incesto, sadomasoquismo, depravações e coisas do gênero, é querido por Deus, e que devemos praticar sem sentimento de culpa.
-Que o Comunismo ateu, totalitarista e inescrupuloso, onde os fins justificam os meios também, é querido por Deus.
-Que todas as religiões são boas, incluindo as que querem o fim dos Cristãos e do cristianismo da face da terra.
-Que devemos respeitar as diferenças, estilos de vida e todas as opiniões, exceto dos Cristãos.
-Negar que os princípios da Guerra e Justa e da Legítima defesa não fazem parte do ensino oficial e magisterial da Igreja.
-Pregar e adotar uma vida baseada no hedonismo, pensando apenas no aqui e agora, ao invés da prática das virtudes e uma vida de santidade voltada para a meta final que é transcendente.
VEJAMOS O QUE DIZ A SAGRADA TRADIÇÃO DA IGREJA:
“Como sabemos, em vastas áreas da terra a fé corre o perigo de se extinguir como uma chama que deixa de ser alimentada. Estamos diante de uma profunda crise de fé, de uma perda do sentido religioso que constitui o maior desafio para a Igreja de hoje. Por conseguinte, a renovação da fé deve ser a prioridade no compromisso de toda a Igreja nos nossos dias. Faço votos por que o Ano da fé possa contribuir, com a colaboração cordial de todos os componentes do Povo de Deus, para tornar Deus de novo presente neste mundo e abrir aos homens o acesso à fé, para confiar naquele Deus que nos amou até ao fim (cf. Jo 13, 1), em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado. O tema da unidade dos cristãos está estreitamente relacionado a esta tarefa. Por conseguinte, gostaria de me deter sobre alguns aspectos relativos ao caminho ecuménico da Igreja, que foi objeto de uma reflexão aprofundada nesta Plenária, em coincidência com a conclusão da anual Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. De fato, o impulso da obra ecuménica deve começar a partir daquele «ecumenismo espiritual» da «alma de todo o movimento ecuménico» (Unitatis redintegratio, 8), que se encontra no espírito da oração para que «todos sejam um só» (Jo 17, 21).A coerência do compromisso ecuménico com o ensinamento do Concílio Vaticano II e com toda a Tradição foi um dos âmbitos ao qual a Congregação, em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, sempre prestou atenção. Hoje podemos verificar não poucos frutos bons produzidos pelos diálogos ecuménicos, mas devemos reconhecer também que o risco de um falso irenismo e de um indiferentismo, totalmente alheio à mentalidade do Concílio Vaticano II, exige a nossa vigilância. Este indiferentismo é causado pela opinião cada vez mais difundida que a verdade não seria acessível ao homem: portanto seria necessário limitar-se a encontrar regras para uma prática capaz de melhorar o mundo. E assim a fé seria substituída por um moralismo, sem fundamento profundo. O centro do verdadeiro ecumenismo é, ao contrário, a fé na qual o homem encontra a verdade que se revela na Palavra de Deus. Sem a fé todo o movimento ecuménico se reduziria a uma forma de «contrato social» ao qual aderir por um interesse comum, uma «praxiologia» para criar um mundo melhor. A lógica do Concílio Vaticano II é completamente diversa: a busca sincera da plena unidade de todos os cristãos é um dinamismo animado pela Palavra de Deus, pela Verdade divina que nos fala nesta Palavra.O problema crucial, que marca de modo transversal os diálogos ecuménicos, é, portanto, a questão da estrutura da revelação — a relação entre Sagrada Escritura, a Tradição viva na Santa Igreja e o Ministério dos sucessores dos Apóstolos como testemunha a fé verdadeira. E aqui é implícita a problemática da eclesiologia, que faz parte deste problema: como chega até nós a verdade de Deus. Entre outras coisas, é fundamental o discernimento entre a Tradição com maiúscula, e as tradições. Não pretendo entrar em pormenores, mas faço uma só observação. Um passo importante deste discernimento foi feito na preparação e na aplicação das disposições para grupos de fiéis provenientes do Anglicanismo, que desejam entrar na plena comunhão da Igreja, na unidade da Tradição divina comum e essencial, conservando as próprias tradições espirituais, litúrgicas e pastorais, que são conformes com a fé católica (cf. Const. Anglicanorum coetibus, art. III). Existe, com efeito, uma riqueza espiritual nas diversas Confissões cristãs, que é expressão da única fé e dom que se deve partilhar e encontrar juntos na Tradição da Igreja.Além disso, hoje, uma das questões fundamentais é constituída pela problemática dos métodos adoptados nos vários diálogos ecuménicos. Também eles devem reflectir a prioridade da fé. Conhecer a verdade é o direito do interlocutor em cada diálogo verdadeiro. É a mesma exigência da caridade para com o irmão. Neste sentido, é preciso enfrentar com coragem também as questões controversas, sempre no espírito de fraternidade e de respeito recíproco. Além disso, é importante oferecer uma interpretação correcta daquela «ordem ou “hierarquia” nas verdades da doutrina católica», realçada no Decreto Unitatis redintegratio (cf. n. 11), que não significa de modo algum reduzir o depósito da fé, mas fazer sobressair a sua estrutura interna, a organicidade desta única estrutura. Têm também grande relevância os documentos de estudo produzidos pelos vários diálogos ecuménicos. Esses textos não podem ser ignorados, porque constituem um fruto importante, mesmo se provisório, da reflexão comum amadurecida ao longo dos anos. De igual modo, eles devem ser reconhecidos no seu significado justo como contributos oferecidos à Autoridade competente da Igreja, a única chamada a julgá-los de modo definitivo. Atribuir a estes textos um peso vinculante ou quase conclusivo das questões difíceis dos diálogos, sem a devida avaliação por parte da Autoridade eclesial, em última análise, não ajudaria o caminho rumo à plena unidade na fé.Uma última questão que finalmente gostaria de mencionar é a problemática moral, que constitui um novo desafio para o caminho ecuménico. Nos diálogos não podemos ignorar as grandes questões morais acerca da vida humana, da família, da sexualidade, da bioética, da liberdade, da justiça e da paz. Será importante falar destes temas com uma só voz, haurindo do fundamento da Escritura e da tradição viva da Igreja. Esta tradição ajuda-nos a decifrar a linguagem do Criador na sua criação. Defendendo os valores fundamentais da grande tradição da Igreja, defendemos o homem e a criação”. (DISCURSO DO PAPA BENTO XVI À PLENÁRIA DA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ - Sala Clementina Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2012)
Mas o que eram essas leis e tradições, e pelas quais esses santos deram a vida?
Por: Padre Paulo Ricardo
Não se tratava de meras convenções humanas, e por mais dignos de honra que fossem seus antepassados, não foi simplesmente por eles que os mártires macabeus derramaram o próprio sangue. Essa família tinha consciência da origem das leis de sua religião: era o próprio Deus que as havia instituído. Por isso, desobedecer a elas era desobedecer a Deus. Foi para não ofendê-lo, portanto, para não pecar, que essa mãe e esses filhos enfrentaram as mais cruéis das torturas. Eles traziam bem vivas no coração as palavras do salmista:
“Vosso amor vale mais do que a vida” (Sl 62, 4)
O que essa história tem a ver conosco, não é preciso muito para perceber. O exemplo desses jovens é um testemunho luminoso da coragem que precisamos ter em nossos dias para obedecer àquilo que Deus nos ensina através da Igreja que Ele mesmo deixou sobre a terra. No tempo desses Santos Macabeus, o que havia era a lei de Moisés e o oráculo dos profetas; foi em respeito a esse tesouro que eles morreram como mártires. Nos nossos tempos, porém, como diz a introdução da Carta aos Hebreus, foi o próprio Filho de Deus quem veio ao nosso encontro, deixando à Igreja a autoridade de ensinar em seu nome; é, pois, para conservar essa doutrina — muito mais elevada, perfeita e superior do que a antiga — que nós devemos estar dispostos a morrer.Pode parecer “antiquada” essa teologia do martírio, mas ela é uma das respostas mais contundentes à crise moral que enfrentamos hoje, dentro e fora da Igreja. Não sem razão o Papa Pio XII, em um célebre discurso a mulheres (que já publicamos na íntegra aqui), recorreu justamente à história dos Santos Macabeus para ilustrar o heroísmo que muitas vezes o cumprimento da vontade de Deus nos exige:
Pode haver situações em que o homem, e especialmente o cristão, não pode ignorar que deve sacrificar tudo, inclusive a própria vida, a fim de salvar a própria alma. Todos os mártires no-lo recordam. E os há em grande número, também em nossos tempos. Mas será que a mãe dos Macabeus e seus filhos, santas Perpétua e Felicidade, sem embargo de seus recém-nascidos, Maria Goretti e milhares de outros, homens e mulheres venerados pela Igreja e que se opuseram à “situação”, sofreram inutilmente — e até por engano — uma morte sangrenta? Certamente não. E eles, com seu sangue, são os testemunhos mais expressivos da verdade contra a “nova moral”.
Ao se referir à “situação” e à “nova moral”, o Papa Pio XII se referia à chamada moral de situação, segundo a qual:
“Cada indivíduo em cada instante e conjuntura é dono de fazer o que lhe pareça melhor, sem ataduras de nenhum gênero; Deus, nesse sistema moral, só dá valor à intenção reta e à resposta sincera; a ação não lhe importa”.
Na prática, isso significa que:
-Os Santos mártires Macabeus poderiam muito bem praticar obras contrárias a sua fé.
-Que os primeiros mártires cristãos poderiam muito bem ter jogado o quanto de incenso quisessem diante da estátua do Imperador.
-Que São Thomas More poderia muito bem ter aceitado o adultério de Henrique VIII, e para não perder seu cargo e amizade com o rei, ter ficado do seu lado e contra o papa.
-Que São José Sánchez del Río poderia muito bem ter cedido à pressão de seus perseguidores e negado a Cristo Rei, “apenas de boca e não de coração, como pediu sua mãe”, para ficar vivo e não ser torturado.
Bastava, vejam só, que eles trouxessem no coração uma “boa intenção” e uma “sinceridade” meio abstrata, e estava tudo certo. Dedução lógica de tudo isso? Os pobres mártires sofreram “inutilmente”.
Mas é evidente que esse tipo de raciocínio não se limita a interpretações do passado; tudo é calculado para dar ao homem de hoje a “liberdade” (que está mais para libertinagem) de fazer o que lhe der na telha.
Assim, diante das múltiplas situações (e algumas até muito difíceis, não negamos) com que se deparam os homens de hoje, seria lícito e perfeitamente aceitável que se contrariasse um “mandamentozinho” aqui e ali só para não se “enrascar”, só para não ficar numa situação embaraçosa, só para não sofrer um “martírio branco” diante dos outros.
Porque o cristianismo custa, porque o Evangelho é exigente — e porque não queremos nos confessar fracos, miseráveis e até obstinados, dependendo do caso —, o pecado é visto por tantos de nós como algo “inevitável”: “todo o mundo faz”, “as coisas são assim mesmo”, “ninguém é de ferro” e, afinal, “o que importa é o coração”, “Deus não vai nos tratar assim também, a ferro e fogo” etc. Dedução lógica? Quem procura fazer a vontade de Deus é bobo, ultrapassado e está sofrendo à toa. Daqui a repulsa de tantos à vida religiosa, à busca de Deus e à obediência aos Mandamentos.
Para romper com essa forma mundana de pensar, nada melhor do que olhar com fé para o exemplo dos mártires. Os Santos Macabeus podiam muito bem ter cedido à tentação de comer carne e procurado “racionalizar” depois, usando alguma “justificativa” para sua traição. Mas, se o fizessem, seriam lembrados hoje na liturgia? Mais do que isso: teriam feito a coisa certa? Sua covardia teriam salvado suas almas e fortalecido a fé dos Judeus do qual nasceu o Cristo?
Certos teólogos modernos arriscariam a dizer que “sim”, que no fundo é preciso compreender cada situação, e que o “certo” e o “errado” são muito relativos. Mas, afinal, iremos seguir as novidades do momento ou as leis e tradições de nossos pais?
Iremos nos guiar pelas picadas que alguns decidiram abrir no meio do mato ou pela estrada segura que percorreram os santos? Iremos seguir as últimas modas teológicas ou a Palavra eterna que diz: “Seja o vosso sim, sim; e o vosso não, não; o que passa disto vem do Maligno” (Mt 5, 37)?
Certamente é mais difícil aceitar o que nos ensina o Senhor e nos submeter ao que Ele diz, ao invés de simplesmente fazer o que bem entendermos, tentando nos “desculpar” depois com alguma história mais ou menos bem elaborada. Acontece que viver de desculpas covardes pode até trazer facilidades, e benefícios temporários, mas não traz a salvação eterna. Esta só nos vem quando entramos em contato com a Verdade, por mais dura e dolorosa que ela às vezes nos pareça num primeiro momento. É só conhecendo a ela que seremos verdadeiramente livres (cf. Jo 8, 32). Nesta e na outra vida.
Conclusão:
Com tudo isso, percebemos que, enquanto a tolerância católica é uma atitude de benevolência em face das pessoas, a tolerância moderna diz respeito às ideias, por mais contraditórias que elas possam ser entre si; na realidade, é mais uma expressão do relativismo.Já notaram que, de uns anos para cá, a simples opinião contrária ao casamento gay, ou à legalização do aborto, passou a ser condenada sob o rótulo de “extremismo”, como se casamentos homossexuais ou abortos por encomenda não fossem novidades chocantes, revolucionárias, mas sim práticas consensuais milenares, firmemente ancoradas na História, na natureza humana e no senso comum, às quais realmente só um louco extremista poderia se opor?Já notaram que o exibicionismo sexual em praça pública, as ofensas brutais à fé religiosa, a invasão acintosa dos templos, passaram a ser aceitos como meios normais de protesto democrático por aquela mesma mídia e por aquelas mesmas autoridades constituídas que, diante da mais pacífica e serena citação da Bíblia, logo alertam contra o abuso “fundamentalista” da liberdade de opinião?Já notaram que o simples ato de rezar em público é tido como manifestação de “intolerância”, e que, inversamente, a proibição de rezar é celebrada como expressão puríssima da “liberdade religiosa”? Já notaram que, após terem dado ao termo “fundamentalista” uma acepção sinistra por sua associação com o terrorismo islâmico, os meios de comunicação mais respeitáveis e elegantes passaram a usá-lo contra pastores e crentes, católicos e evangélicos, como se os cristãos fossem os autores e não as vítimas inermes da violência terrorista no mundo? QUE INVERSÃO DE VALORES !!! - Em todos esses casos, e numa infinidade de outros, a estratégia é sempre a mesma: Quebrar as cadeias normais de associação de ideias, inverter o senso das proporções, forçar a população a negar aquilo que seus olhos veem e a enxergar, em vez disso, aquilo que a elite iluminada manda enxergar. Infelizmente os novos moralistas odeiam as virtudes e amam a prática dos vícios. Me convença de que tudo que foi exposto acima está totalmente errado e não corresponde à verdade, e eu estarei disposto a mudar minhas convicções.
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