Por Edson Rebustini
Jesus estava há cerca de seis meses da sua morte. Ele ensina em Jerusalém e uma multidão ia ouvi-lo, causando grande inveja e raiva nos fariseus e sacerdotes.
Os sacerdotes trazem a Jesus uma mulher que acabara de cometer adultério. Eles queriam condená-la e ao mesmo tempo tentar persuadir Jesus a tomar uma atitude contrárias as Escrituras Sagradas.
Jesus poderia responder sobre o que deveriam fazer com ela de acordo com a Lei de Moisés e, dessa forma, aqueles homens iam matá-la apedrejada. Se Jesus mandasse não apedrejá-la, estaria descumprindo a Lei que Ele mesmo disse que tinha vindo para cumprir.
Jesus fala com a mulher de forma carinhosa e misericordiosa. Ele não a condenou: "Se algum de vocês não têm pecado, que atire a primeira pedra" (João 8.11).
A consciência pesada dos homens e o claro entendimento do que Jesus havia dito, fez com que eles deixassem de lado as pedras e pouco a pouco se retirassem dali.
O fato de Jesus perdoar o adultério não quer dizer que Ele ignora o pecado cometido. Jesus não aprovou o adultério, mas Ele agiu com misericórdia. Deus nos conhece e nos alerta. Quando Ele fala para não fazermos algo é porque Ele sabe que aquilo pode destruir s nossa vida e essa não é a sua vontade.
A postura que aqueles religiosos tiveram ainda continua presente nas igrejas. As pessoas gostam de julgar e enfatizar o erro de outros, porque dessa forma, elas conseguem lidar melhor com seus próprios erros. Essa é uma postura contrária aos ensinamentos do mestre.
A igreja é para ser diferente. Lugar de amor, de reconciliação, de oração e de ajuda. A intenção dos fariseus era condenar, destruir, matar, envergonhar. Mas Jesus queria curar, levantar, ajudar.
Todos nós precisamos de perdão e misericórdia. E todos nós precisamos enxergar o erro dos outros da mesma forma que Deus enxerga. O Evangelho verdadeiro se comunica com o perdão e a restauração.
Edson Rebustini é pastor e fundador da Igreja Bíblica da Paz. https://belverede.blogspot.com/
Fonte: Revista Proclamai. Ano 6, número 6, edição abril - maio de 2017, página 4.