Texto Áureo
"Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração" (Sl 90.1)
Verdade Aplicada
A verdade acerca da soberania, imutabilidade e eternidade de Deus deve mover-nos à humildade, confiança, ao temor e a uma vida permanente de adoração ao Criador.
Texto de Referência
Salmo 103.19 23.23-24
19 - O Senhor tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.
1 Timóteo 6.15-16
15 - A qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores.
16 - Aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempterno. Amém.
Tiago 1.17
17 - Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
Temos na Teologia Sistemática, uma matéria denominada TEÍSMO, onde
aprendemos sobre a existência de Deus, sua natureza e suas características Naturais e Morais. O objetivo do estudo do TEÍSMO é compreender DEUS dentro do que Ele revelou dentro das Escrituras Sagradas, é notório que nas Escrituras Sagradas: aquilo que Deus revelou sobre si mesmo é apenas um desvendamento parcial, embora exato, do seu Ser. Á antiga indagação: "Porventura alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso?" (Jó 11.7), podemos responder com um NÃO! O grande problema que enfrentamos em nossos esforços de compreender Deus, é que o homem finito não pode compreender o Ser Infinito!
Exceto a revelação que temos sobre a natureza e os atributos ou características de Deus, não dispomos de meios para conhecer o Ser de Deus. Somente aquilo que Ele mesmo revelou acerca de Sua natureza e de Seus atributos nos confere algum conhecimento sobre o Seu Ser Divino.
Além das Escrituras, também podemos conhecer a Deus quanto Ele entra em relacionamento pessoal conosco. (Fundamentos da Verdade - Editora ICI - Floyd C. Woodworth e David D. Duncan - Pág.16)
1.2 - Deus não pode ser nivelado a qualquer criação
Muitas pessoas acreditam que o Ser supremo, que criou este mundo, distanciou-se das questões humanas. Elas acreditam que os espíritos dos antepassados ou da natureza têm muito mais a ver diariamente com as pessoas do que Deus. Naturalmente, isso constitui um equívoco - Deus interessa-se pelas questões humanas e relaciona-se conosco de maneira pessoal. (Fundamentos da Verdade - Editora ICI - Floyd C. Woodworth e David D. Duncan - Pág.20)
1.3 - A soberana vontade de Deus não anula a responsabilidade pessoal
[Edição do Comentário]
2.1 - Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente
"Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes; em quem não há mudança, nem sombra de variação." (Tg 1,17)
Deus é Imutável, significa que Deus não muda.
O Dr. Thiessen apresenta no seu livro, alguns princípios sobrea imutabilidade de Deus, ou à sua natureza que não muda, vejamos:
1. Visto que Deus é infinito, auto-existente e independente, Ele está acima de todas as causas e possibilidades de mudanças.
2. Não pode aumentar e nem diminuir e também não é sujeito a qualquer outro desenvolvimento.
3. O poder de Deus nunca pode tornar-se maior ou menor, como também Ele não pode tornar-se mais sábio ou mais santo.
4. Deus não pode ser mais justo, mais misericordioso e mais amoroso do que sempre foi e sempre será.
5. Deus não pode mudar em Seu relacionamento com as pessoas. Ele opera segundo princípios eternos que não variam com a passagem dos dias. (Introductory Lectures in livro Sustematic Theology, 1979, pág.83)
2.2 - A perfeição de Deus não requer mudanças no Ser, nos Seus propósitos e nas Suas promessas
Todos nós temos faltas que precisam ser modificadas ou corrigidas; mas isso não acontece com Deus. Ele é perfeito. Ele não precisa complementar os Seus atributos e o Seu caráter. Ele é perfeito em todos os sentidos.
Visto que Deus é imutável, podemos entregar-nos completamente a Ele, dependendo de Sua Palavra. Podemos enfrentar todas as situações da vida com plena confiança, sabendo que, em toda as coisas, Ele opera para o nosso bem: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto." (Rm 8.28) (Fundamentos da Verdade - Editora ICI - Floyd C. Woodworth e David D. Duncan - Pág.33-35)
2.3 - Deus não mente, nem se arrrepende
Agora vamos observar os versículos abaixo que dizem que Deus não muda o Seu parecer, não mente e não se arrepende:
"Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?" (Nm 23.19)
"E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem, para que se arrependa." (1Sm 15.29).
E quando lemos os versículos abaixo, parece a princípio que a Bíblia está contradizendo o que acabamos de ler, observe:
"Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras..." (1Sm 15.11)
"Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos? E Deus viu as obras deles, como se converteram de seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez." (Jn 3.9-10)
"E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração." (Gn 6.5-6)
Essa atitude de Deus não se refere a alteração fundamental em Seu caráter ou em Seus propósitos. Deus sempre odeia o pecado e Ele sempre ama ao pecador (isso não muda). Essa atitude é verdadeira tanto antes, quanto depois que alguém se arrepende. No entanto, Deus pode mudar Seu relacionamento com alguém, porque esse alguém mudou de atitude para com Ele. Por vezes lemos na Bíblia que Deus odiava o pecado de Israel ... naturalmente eles tiveram de sofrer as penalidades impostas contra o pecado. Todavia, quando os filhos de Israel se arrependiam e abandonavam os seus pecados, o resultado foi que Deus mudou a maneira de tratar com eles.
Observe esta Ilustração muito interessante:
Alguém já disse que o sol não exibe qualquer parcialidade ou mudança, quando amolece a cera e endurece o barro; pois a mudança não se dá no sol, mas no material aquecido pelo sol.
Podemos depender da imutabilidade ou ausência de mudança dos propósitos de Deus, de Sua Palavra e de Sua natureza. Assim como o sol amolece a cera e endurece o barro, assim também a imutabilidade de Deus opera, somente visando o bem daqueles cujos corações abrandam-se, correspondendo favoravelmente a Ele, embora também opere visando a destruição daqueles cujos corações endurecem-se e não correspondem favoravelmente a Ele. (Fundamentos da Verdade - Editora ICI - Floyd C. Woodworth e David D. Duncan - Pág.33-35)
3 - A Eternidade de Deus
"Eis que Deus é grande, e nós o não compreendemos, e o número dos seus anos não se pode calcular." (Jó 36.26)
Muitas pessoas interessam-se em descobrir de onde vieram os seus antepassados. O que você diria se eu lhe dissesse que você não tem antepassados? Você não aceitaria como veraz uma declaração assim, e estaria com toda a razão. Nós temos antepassados, como todas as pessoas têm. Afirmamos que todas as pessoas têm antepassados, mas não podemos incluir Deus nessa afirmativa. Deus não tem antepassados. Nesse caso, como Ele começou a existir? Essa pergunta tem uma resposta muito simples. Deus nunca começou. Ele sempre existiu, desde toda a eternidade. por essa razão é que dizemos que Deus é eterno. (Fundamentos da Verdade - Editora ICI - Floyd C. Woodworth e David D. Duncan - Pág.31)
3.2- O Deus Imortal
Os versículos acima escrito pelo apóstolo Paulo para Timóteo afirma que
Deus é imortal porque Ele é a fonte da Imortalidade.
Deus é Imortal, Deus é eterno !
Como podemos compreender o conceito da eternidade de Deus?
À parte das Escrituras, podemos concluir que Deus sempre existiu, por causa da lógica da idéia. Qualquer pessoa sabe que as coisas não se originam do nada. Um vácuo não é capaz de produzir alguma coisa. Portanto, se no começo do universo nada existia e se tudo não passava de um vácuo, então tudo teria permanecido da mesma maneira. Porém, visto que observamos um vastíssimo universo ao nosso redor, somos forçados, mediante a lógica, a aceitar a conclusão que algo, no passado, nunca teve começo - sempre existiu. Essa alguma coisa é Deus. (Fundamentos da Verdade - Editora ICI - Floyd C. Woodworth e David D. Duncan - Pág.32)
Não poderia deixar de citar um outro versículo interessante sobre a imortalidade de Deus: "Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim." (Sl 102.27) enquanto que ao homem devido a sua queda (Gn 3.6): "Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando." (Sl 90.10).
3.3 - A Infinitude de Deus
Dizemos que o livro de Gênesis é o livro dos começos. Ali estudamos acerca do começo da criação, acerca do homem e do começo das nações. Entretanto, esses distantes começos ainda não formam o princípio.
Podemos retroceder ainda mais, até o tempo em que os anjos foram criados - aqueles filhos de Deus celestiais, singulares, que bradaram de alegria por ocasião do lançamento dos fundamentos da terra - antes do alvorecer da história: "Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?" (Jó 38.4-7)
Mas este também não foi o princípio. Em nossas mentes podemos pensar em eternidade como algo infinito, quando o tempo ainda não existia, quando a criação estava presente somente nos pensamentos de Deus. Neste mundo, nossas mentes finitas (limitadas) não conseguem entender a ideia sobre algo infinito, quando o tempo sem limites ainda não havia começado. O fato é que a eternidade é a infinitude de Deus em relação ao tempo. (Fundamentos da Verdade - Editora ICI - Floyd C. Woodworth e David D. Duncan - Pág.32)
Conclusão