Algumas verdades sobre o embargo ECONÔMICO a Cuba que teu professor de história não contou, e você não sabe

 



 

 

As notícias sobre as manifestações em Cuba está fazendo muita gente repetir equívocos graúdos sobre este assunto. Abaixo esclareço TRES pontos essenciais dessa história mal contada:

 

 

 

1º)-A causa da miséria em Cuba é o comunismo, não tanto o embargo!

 

 

 

Calma, deixa eu mela o bico, vou explicar bem desenhadinho e ainda vou explicar o desenho: Uma reportagem da BBC Brasil, publicada no UOL, diz que:

 

“O bloqueio econômico a Cuba empobreceu o país e também, ampliou o mercado negro e fez com que muitos cubanos tentassem escapar do país rumo aos Estados Unidos”.

 

 

Ou seja:

 

“Tudo de ruim que há na ilha é culpa dos americanos e ponto final!”

 

 

Peraí, fala sério!Não queiram diminuir a nossa inteligência né companheiros!

 

 

Não é novidade que, em qualquer país comunista, a causa do desabastecimento e do mercado negro é a falta de segurança de propriedade e a proibição do lucro.

 

 

O desabastecimento fica evidente no exemplo da criação de gado em Cuba:

 

 

Quem tem cabeças de gado na ilha é proibido de abater os animais, pois todas as vacas são usadas para aliviar o racionamento de leite.

 

 

O governo controla a quantidade de gado que cada produtor possui. Quando um animal morre, é preciso chamar um funcionário do estado para avaliar se foi abatido ou morreu de causa natural. O leite só pode ser vendido no mercado negro ou para o governo. 

 

 

O caminhão estatal passa de vez em quando para coletar a quantidade estabelecida por lei a cada produtor, pelo preço definido pelo governo. Como não há regularidade na coleta, é comum o leite estragar antes do caminhão do governo passar. É fácil entender que:

 

 

Numa situação dessas, sem poder lucrar com o próprio trabalho, as pessoas têm menos incentivos para criar gado. Há menos produtos no mercado e, por oferta e procura, eles custam mais caro. Resultado: 80% da comida consumida em Cuba vem de fora. E a carne, quando aparece em algum mercado oficial, sai pelo equivalente a 150 reais o quilo (ou seja, é só para turistas mesmos,por isso, os justos saques da população nestes locais).

 

 


 

É verdade que o embargo econômico influencia, mas o que realmente empobrece Cuba é a impossibilidade de lucrar produzindo o que as pessoas querem. Como escreve João Pereira Coutinho: 

 

 

“O embargo americano existe, sem dúvida, e deve ser condenado pelo seu óbvio anacronismo. Mas é preciso acrescentar a segunda parte da frase: só existe o embargo americano. Que o mesmo é dizer: todo mundo que é mundo mantém relações com Cuba e nem assim a ilha se converteu numa espécie de Suécia do Caribe”.

 

 

Olha só o enroleixon: Antes de 1959, o problema de Cuba era a presença de relações econômicas com os Estados Unidos.  Depois o problema se tornou a ausência de relações econômicas com os Estados Unidos. 

 

 

O embargo americano é obsceno e já se tornou obsoleto, mas não é a raiz da pobreza cubana! 

 

 

De fato, como indica Coutinho, os cubanos podem comprar produtos americanos pelo México.  Podem comprar carros do Japão, eletrodomésticos da Alemanha, brinquedos da China ou até cosméticos do Brasil.  Por que não compram?  Porque não têm com o que comprar.  Não é um problema contábil ou monetário — o governo cubano emite moeda “sem lastro” (sem garantia monetária).O que falta é oferta.  Cuba oferece poucas coisas de valor para o resto do mundo.  Cuba é pobre porque o trabalho dos cubanos não é produtivo economicamente para o orbe. A má notícia para os socialistas é que produtividade é coisa de empresário capitalista.  Literalmente.  É o capital que deixa o trabalho mais produtivo.  E é pelo empreendedorismo que uma sociedade descobre e realiza o melhor emprego para o capital e o trabalho.  Mesmo quando o governo cubano permite um pouco de empreendedorismo, ele restringe a entrada de capital.

 

 

Raúl Castro quando assumiu o poder em 2007, fez a concessão de quase 170.000 lotes de terra não cultivada para agricultores cubanos, privados.  Só que faltam ferramentas e máquinas para trabalhar a terra.  A importação de bens de capital é restrita pelo governo.  Faltam caminhões para transportar alimentos.  Os poucos que existem estão velhos e passam grande parte do tempo sendo consertados.  Em 2009, centenas de toneladas de tomate apodreceram por falta de transporte. 

 

 



Campanhas internacionais contra a pobreza global se esquecem dos cubanos. Parece que o uniforme dos irmãos Castro tem o poder de camuflar a pobreza em meio a discursos de conquista social.  Dizem que Cuba tem medicina e educação de ponta. Bom, ainda que fosse verdade, isso seria vantajoso apenas para o pesquisador de ponta, não trazendo benefício algum para o resto da população que vive longe da tecnologia e benefício de ponta, sem acesso a informação aberta ou aos medicamentos mais básicos, como analgésicos e antitérmicos...Poxa, vocês estragaram nossa melhor narrativa...

 

 

2º)-Ser Contra o bloqueio é ser a favor do “LIVRE COMÉRCIO” e às suas regras!

 

 

Ora, quem atribui ao embargo econômico tudo de ruim que acontece em Cuba está, sem querer, defendendo o livre comércio! Se a falta de comércio internacional empobrece, logo o comércio com outros países enriquece.

 

 

Essa frase enfureceria Che Guevara, mas os economistas concordam com esta regra diretamente proporcional:

 

 

 

Mais livre comércio internacional, mais prosperidade, menos pobreza!

 

 

Uma vistosa prova disso são os poucos países que, dos anos 1960 para cá, fizeram todo o contrário de Fidel, como: Coreia do Sul, Cingapura e Hong Kong, que tão pobres quanto Cuba há 50 anos, abriram a porteira para o capitalismo internacional. Hoje estão mais ricos que a Europa. Tomara que Cuba siga o mesmo caminho.

 

 

3º)-PASMEM! É paradoxal, mas é verdade: Foram os dirigentes da revolução Cubana que propuseram o embargo!

 

 

 

Fidel Castro e Che Guevara não só lutaram pelo bloqueio econômico como o consideravam a principal razão da revolução de 1959. Che repetiu diversas vezes que o objetivo era “cortar todos os laços de Cuba com o capital internacional”.

 

 



Che Guevara em Argel, em 1965, ele disse que:

 

 

“Os países socialistas que estabelecerem relações com os capitalistas são, de certo modo, cúmplices da exploração imperialista. Por isso, os países socialistas têm o dever moral de pôr fim à sua cumplicidade tácita com os países exploradores do Ocidente”.

 

 

O destaque é nosso, porém, o besteirol de palavras é de Che, que levou essa ideia a consequências desastrosas, apesar deste pensamento ser comum na época, e ainda hoje na cabeça de alguns velhos defensores deste discurso enlatado, empoeirado e já refutado.

 

 

 

CONCLUSÃO:

 

Nos anos 1960, quase todos os países do Terceiro Mundo, seduzidos pela ideia de que a dependência econômica é a raiz da pobreza, fecharam fronteiras ao comércio. Deu tudo errado para os que fecharam e dando relativamente certo para os que abriram como a China, que optou pelo capitalismo de estado, mantendo o regime comunista em suas fronteiras, simples assim.

 

 



Contextualizando o grande Raul Seixas:

 

 “Eu sou um pacifista, trabalho pela paz para um mundo melhor. Trabalho contra os caretas do mundo, contra o torpor, a imprecação, contra a arapuca que nos foi armada e durante séculos vivemos conformados, presos nela comendo o alpiste que nos dão. E o pior é que os que prepararam a arapuca também caíram nela, comem do mesmo alpiste e nem sabem disso.  Trabalho para sair da arapuca com todos os que estão querendo ser passáros livres outra vez.Os que estão cegos ficarão soterrados dentro dela até ela desabar.Pensando que estão por cima, os imbecis (coletivistas dogmáticos)vivem dentro do mesmo esquema: a neurose, a preocupação criminosa e doentia de mantermos a todos dentro da armadilha.Mas é preciso sair dela de qualquer maneira, é a única salvação, ou seremos eternos pássaros tristes, presos numa arapuca com alpiste racionado...Antes eu não sabia o que era, mas tinha certeza que não era aquilo. Hoje sei que é possível o Mundo Novo, por que estou sentindo que a semente libertária já foi plantada sem imposição; o próprio processo histórico, o próprio sofrimento humano, as condições, a falsa ética, as mentiras convencionais, dogmas enganadores, guerras, desgraças e opressões, a própria arbitrariedade da sociedade foram pouco a pouco denunciando o caminho do universalismo.  É tão fácil encontrar a paz.  Os que são pela paz são a maioria!  O problema é que ficam sentados esperando alguém resolver o problema.  Os loucos que fazem a guerra são poucos e a eles se confere o poder!  Vamos levantar e acabar com isso agora? Eu estou pronto e você?”






 

 

FONTE BIBLIOGRÁFICA:

 

 

-https://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/quatro-verdades-sobre-o-embargo-americano-a-cuba/

 

-https://diogoschelp.blogosfera.uol.com.br/2019/11/07/unico-efeito-do-embargo-e-servir-de-desculpa-para-fracasso-do-regime-cubano/

 

-https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1792

 

-https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/lastro/


-https://www.redegn.com.br/?sessao=noticia&cod_noticia=40287




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