INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: João 1:35-42
1. O ato de testemunhar de Cristo deve ser algo sobrenatural que acontece naturalmente com pessoas que seguem a Cristo.
2. O ato de testemunhar de Cristo chama-se evangelismo, onde o evangelista fala a grandes multidões (como João Batista) ou a um indivíduo (como fez André ao testemunhar do Messias ao irmão, Simão).
a) O pecador que experimenta ser discípulo de Jesus não sossega enquanto não tornar indivíduos a sua volta em discípulos junto com ele.
b) O pecado por omissão resulta do “silêncio culposo” do cristão.
c) O “silêncio culposo” é o pecado que cada crente comete quando deveria testemunhar de Jesus, contudo opta por ficar calado.
3. O ato de testemunhar de Cristo deve ser uma ação contínua, intencional e progressiva, promovendo o discipulado cristão em toda e qualquer situação, construindo uma família espiritual:
a) João Batista é um exemplo de pai espiritual.
b) André é um exemplo de filho espiritual.
c) Simão é um exemplo de neto espiritual.
I. PAI ESPIRITUAL: JOÃO BATISTA – João 2:35-39
João Batista foi um grande proclamador do evangelho. Anunciou a vinda do Messias e O inseriu na sociedade de sua época. Tomado pelo poder do Espírito Santo, sua mensagem poderosa sobre Cristo alcançava o coração dos ouvintes. Sua convicção tornava a pregação convincente a tal ponto de dois de seus discípulos tornarem-se discípulos de Jesus assim que foi apresentado.
1. O pregador do evangelho deve fazer discípulos: A graça de Deus recebida através de Jesus nos alcança de alguma forma. Deste modo, seremos impulsionados a proclamá-la a quem quer que seja, como fez João Batista.
2. O proclamador das boas-novas deve inflamar outros a continuar proclamando: João Batista tinha discípulos, pelo menos dois segundo o texto em pauta, que os direcionou a Jesus.
3. O evangelista deve começar uma onda do evangelho que esteja sempre avançando: A evangelização deve ser como rio de águas correntes, não como lagoa. O crente que diz ser convertido, mas se parece mais a lagoa estagnada vive o contrário do que Cristo apresentou em João 7:37-38.
II. FILHO ESPIRITUAL: ANDRÉ – João 2:37-42
André era discípulo de João Batista antes de tornar-se discípulo de Jesus. Fiel ao seu discipulador, André prontamente passou a seguir a Jesus cuja pregação era Seu alvo. Como bom aprendiz, André passou a fazer discípulo. Achando seu irmão Simão, o levou a Jesus após testemunhar de seu encontro com Ele.
1. O receptor do evangelho deve gerar outros discípulos: O discipulador não deve ser um fim em si mesmo, mas um meio para levar pessoas a Jesus. Como André, o cristão íntegro é missionário em tempo integral, em sua cidade, família, trabalho, lazer, vizinhança e círculo de amizade.
2. O filho espiritual deve ansiar pela procriação e gerar filhos e netos espirituais: O evangelho, quando corrompido, foca no eu, no ego, na pessoa egoísta e orgulhosa. O evangelho genuíno tira o foco do homem e o conduz a Jesus; assim fazia João Batista, André e Simão Pedro.
3. O receptor do evangelho deve gerar discípulos que geram outros discípulos: Evangelizar é processo de transformar condenados pecadores inveterados em filhos de Deus, do ponto de vista espiritual. Pelo olhar humano, o pai espiritual representado por João Batista deve gerar filhos espirituais, representado por André – o qual deve continuar o processo e gerar netos para seu pai espiritual – isso é discipulado!
III. NETO ESPIRITUAL: PEDRO – João 1:40-42
Simão teve o nome alterado quando encontrou Jesus, Aquele que transforma vidas. Jesus mudou seu nome para Cefas (Pedro). Cefas é filho espiritual de André, seu irmão carnal e, neto espiritual de João Batista, que apresentou Jesus a André. Tal testemunho vivo, dinâmico e crescente deveria acontecer assim que alguém se converte. Pedro foi prolífero evangelista, levando muitos indivíduos como discípulos a Cristo.
1. A corrente do discipulado não deve parar no recém convertido: Só encontramos real significado no cristianismo quando compreendemos e assimilamos a razão pela qual existimos. Viver focado em si mesmo, ou com propósito em qualquer glória que não seja a glória de Cristo, não passa de vanglória. Assim, a graça recebida do evangelho só terá sentido real se for compartilhada com o próximo – eis o estilo de vida de quem teve convertido o seu “eu” pervertido.
2. O filho espiritual deve discipular outra pessoa para continuar o que começou pelo pai espiritual: Através do discipulado cristão, Deus restaura pecadores “inúteis” direcionando-os ao nobre propósito de ser bênção aos que estão nas trevas, distantes da fonte da vida e da luz de Jesus. A vida cristã é dinâmica, um processo discipulador constante.
3. O neto espiritual deve continuar promovendo o evangelho através do discipulado: Quando se evangeliza através do discipulado assim como fez João Batista, André e Pedro, o cristão desfruta do privilégio de ser braços de Jesus para abraçar o mundo inteiro, conduzindo as pessoas para junto do Salvador, o Mestre dos mestres.
CONCLUSÃO:
1. Todo cristão tem pai espiritual: Deus certamente colocou um cristão para te conduzir a Cristo. Precisamos dar continuidade ao progresso do evangelismo, o qual certamente depende da promoção por parte dos alcançados pelo evangelho.
2. Todo cristão deve gerar filhos espirituais: Deus não quer cristãos estéreis, mas frutíferos, que gerem filhos para a eternidade. Todo pai espiritual deve ensinar seu filho na fé a discipular alguém para Jesus. Portanto, “todo cristão ou é um missionário ou é um impostor” (Charlles H. Spurgeon).
3. Todo cristão deve amar a missão e empolgar-se com a reprodução de discípulos: Todo pai espiritual quer ver o neto, o filho de seu filho espiritual. Todo avô espiritual quer ver o crescimento da família espiritual. Para tal, todo convertido a Cristo deve saber que “todo verdadeiro discípulo nasce no reino como missionário” (Ellen G. White).
APELO:
1. Como João Batista, viva para testemunhar de Cristo às multidões. Ou,
2. Como André, não fique com o evangelho só para si, testemunhe de Cristo ás pessoas próximas. E, então,
3. Como Simão Pedro, leve à diante o progresso do evangelho.
Pr. Heber Toth Armí