ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 9

 



OS ELEMENTOS DO LUGAR SANTO
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Versículo do dia
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Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama santuário". Hb 9.2
 
Verdade aplicada
O Lugar Santo era um lugar de serviço e adoração.

Objetivos da lição
Descrever a mobília do Lugar Santo;
- Entender a mensagem espiritual destes móveis;
- Resgatar a importância da liturgia do culto.

Momento de oração
Que venhamos cultivar uma vida de adoração e submissão à vontade de do eterno Deus.

LEITURA SEMANAL
Segunda Jo 6.35 - Jesus é o pão da vida.
Terça Êx 27.20-21 - O azeite para o candeeiro.
Quarta Êx 37.10-11 - A mesa era de madeira revestida de ouro.
Quinta Êx 30.1-2 - O altar do incenso.
Sexta  Jo 8.12 - Jesus é a luz do mundo.
Sábado Êx 37.17 - O castiçal era de ouro puro.

Introdução 
O Lugar Santo está além do primeiro véu, que o delimitava do pátio. O Pátio era um espaço mais público, porém o Lugar Santo era acessado pelo sacerdote para ministrar incenso, trocar os pães aos sábados e manter a chama do candelabro acesa. 

PONTO-CHAVE :
"Os elementos do Lugar Santo mostram a suficiência de Cristo em nossas vidas."

1 - A mesa dos pães da proposição
Também chamado de pães da presença (1 Sm 21.6). A Mesa era uma das peças que estava no Lugar Santo, pois os pães representavam as doze tribos de Israel e também a conduta ilibada de Cristo em Sua vida e ministério.

1.1. Conhecendo a mesa dos pães
Pelo relato das Escrituras, a mesa era de madeira de acácia e também revestida de ouro; colocada de frente para o castiçal, ficando à direita do Lugar Santo. Sobre a mesa eram colocados 2 pratos para 12 pães redondos, portanto em duas fileiras de seis, conforme registrado em Levítico 24.5-9. Jesus está na representação dos pães, como aquele que alimenta e sustenta Seu povo, Ele é o pão da vida, conforme lemos no Evangelho de João 6.35. Outra verdade que percebemos é que 0o sacerdote se alimentava daquele pão, mostrando-nos que, como ministros de Deus, necessitamos, constantemente, estar diante da presença de Deus, ser alimentados por Ele, e, assim, alimentar o Seu rebanho. A mesa nos remete a ideia de comunhão e intimidade.  
 
1.2. Um vislumbre da nação de Israel e a Igreja
Quando analisamos os pormenores da mesa da proposição, vemos doze pães, representando as tribos de Israel, que também se fazia representar no éfode do sumo sacerdote, como alguém que cuidava e intercedia pela nação. Jesus é Aquele que protege o Seu povo. Em Levítico 24.5 diz que, em sua composição, usava-se flor de farinha de trigo, que era a parte mais fina desse produto. Podemos dizer com isso que Jesus é a principal essência de nossa vida, sem Ele não passamos de pó e cinza. O que Deus era para a nação de Israel, Jesus tornou para a Sua Igreja. A presença de Jesus no meio de Seu povo é a certeza de que somos um povo forte e destemido.

Refletindo
"Em Cristo podemos acessar o Lugar Santo e celebrarmos a obra realizada por Jesus Cristo". João Matias

2 - O Candelabro de ouro
O Candelabro era totalmente feito de ouro. Na Torah, seu nome aparece como "menorah", dando a ideia de castiçal, candeeiro ou candelabro. Seu papel era manter o Lugar Santo iluminado para que os sacerdotes pudessem ministrar no recinto.
 
2.1. Características do Candelabro
No relato bíblico, vemos que o candelabro seria de ouro batido, feito em uma só peça e do peso de um talento (Êx 25.31- 40). O ouro do candelabro aponta para a divindade de Jesus, bem explorada por João ao escrever seu Evangelho, onde Jesus usa com veemência a expressão "Eu Sou". Outro detalhe do Candelabro é que da coluna central saiam seis braços, três de cada lado, seis lâmpadas alimentadas com azeite, a sétima lâmpada era a da coluna central. Vale lembrar que lâmpada aqui é a mecha de um pano embebido no azeite em cada orifício dos braços do candelabro. Geralmente, luz nas Escrituras representa a natureza e o caráter de Deus. Dentro desta ótica, vemos o Castiçal como símbolo da Palavra de Deus, bem como Jesus como Verbo e parte integrante da divindade que veio brilhar nas regiões de trevas espirituais.
 
2.2. O azeite para o Candelabro
Em Êxodo 27.20 - 21, Deus estabelece que o povo de Israel deveria trazer azeite puro para que houvesse luz continuamente; e Arão e seus filhos tinham que manter o fogo aceso, sendo responsáveis por remover os morrões. Todo o Candelabro seria inutilizado se não tivesse o azeite para as lâmpadas. Percebemos também que o azeite para os demais braços saia do trono principal. Aprendemos aqui que a nossa vida depende do tronco principal, que é Jesus Cristo, por isto precisamos estar conectados a Ele com Ele. Jesus foi categórico ao dizer que Ele é a videira verdadeira e nós as veras, Paulo, numa visão mais profética, diz que os gentios foram enxertados na oliveira; sendo participantes da raiz e da seiva da oliveira (Rm 11.17).

3 - O Altar de Incenso
Era a última peça do Lugar Santo, e ficava diante do véu da separação. Feito de ouro e madeira; simbolizando as duas naturezas em Cristo. Em sua aplicabilidade espiritual, podemos dizer que fala da vida de oração e adoração do crente.
 
3.1. A representatividade do Altar de Incenso
Este Altar é também conhecido como Altar de Ouro, e tinha como objetivo queimar incenso ao Senhor. O sacerdote queimava incenso perante o Senhor; apresentando as súplicas do povo. Incenso, na Bíblia, tem uma conexão muito grande com oração e louvor. Jesus, como sacerdote, ofereceu a si mesmo pelos pecados da humanidade. Paulo externa na carta aos Romanos que o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Assim sendo, percebemos que este Altar é uma tipificação do ministério de Jesus intercedendo pelo Seu povo. Precisamos aprender com Jesus e exercitar o ministério da intercessão, mormente na obra missionária pelos países que estão dentro da janela 10/40, onde existe uma resistência muito grande quanto a pregação do Evangelho.
 
3.2. A Fórmula do Incenso
O próprio Deus revela para Moisés quais seriam os materiais usados na confecção do Incenso e que, de modo nenhum, poderia ser usado para fins próprios ou pessoais, mas exclusivamente, na obra de Deus (Êx 30.34 - 38). A composição envolvia os seguintes ingredientes, a saber: estoraque, ônica e gálbano. Deus nos capacitou com dons do Seu Espírito Santo, talento e conhecimento para o benefício da Sua obra, portanto não podemos usar estes dons e talentos de maneira indevida ou para interesses pessoais. Que Deus nos guarde, diante de um ambiente materialista, de praticarmos a simonia, que se caracteriza pela venda de bênçãos espirituais. Que venhamos nos esconder em Sua presença.


Subsídio para o educador
Subsídio Bíblico e Histórico
Quanto aos ingredientes do incensos, vemos que a estoraque era uma substância que saía de uma árvore muito comum nos montes de Gileade. Não era necessário fazer incisões na árvore para a extração da resina, mas saía de forma natural como gotas, mostrando-nos que a oração e o louvor devem ser de maneira espontânea.
 Outro ingrediente usado na confecção aromática do incenso é a onincha. Ao que tudo indica, era um perfume extraído de um molusco marinho, que vive no fundo dos mares ocidentais. Outra verdade espiritual revelada neste ingrediente é que nossa oração e adoração devem sair das instâncias mais profundas de nosso ser, por isso a oração é um derramar de alma diante de Deus, enquanto a adoração e admiração de Seu caráter.
 Por fim, encontramos o gálbano. Este ingrediente pode ser encontrado nas raízes de um arbusto em países orientais, principalmente na Síria e Arábia. O nome desta árvore é gálbano e a selva era extraída triturando as suas folhas. Novamente, percebemos que a oração que atrai a atenção de Deus eclode de um coração contrito e quebrantado.

CONCLUSÃO
O Lugar Santo representa um nível maior de intimidade e conhecimento de Deus na vida de Seus santos, cabe a nós desenvolver a nossa vida espiritual.

Complementando
No lugar Santo, o sacerdote oferecia trabalho diário ao Senhor. A palavra hebraica .... (avodah) é traduzida por "trabalho", que também é "adoração" e ela aparece mais de cem vezes no AT. Logo, o trabalho é uma forma de adorar quando o colocamos como oferta a Deus, expressando o amor de Cristo e nossas ações.

Eu ensinei que:
Os Elementos do Lugar Santo nos levam a refletir sobre a grandeza da Obra Redentora de Cristo e, ao mesmo tempo, as responsabilidades que temos.
 
Fonte: Revista Betel Conectar  https://marcosandreclubdateologia.blogspot.com