ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 7/3º Trim 2021

 



O ALTAR DE HOLOCAUSTO
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Versículo do dia
"
Fez também o Altar do Holocausto de madeira de cetim; cinco côvados era seu comprimento, e de cinco côvados a sua largura, quadrado; e de três côvados a sua altura". Êx 38.1
 
Verdade aplicada
No Altar de Holocausto a morte determinava a remissão de pecados.

Objetivos da lição
Conceituar Altar de Holocausto;
Compreender o valor do sacrifício no culto levítico;
Conectar o Altar de Holocausto com a cruz.

Momento de oração
Oremos para que venhamos ser mais gratos pelo sacrifício de Cristo na cruz do Calvário.

LEITURA DIÁRIA
Segunda Hb 9.22 - Sem sangue não existe remissão de pecado.
Terça Jo 1.29 - Jesus, o Cordeiro de Deus.
Quarta Is 53.7 - Jesus como Cordeiro mudo não abriu a sua boca.
Quinta Ap 5.9 - Através do sacrifício de Jesus fomos resgatados.
Sexta  1Pe 1.18-19 - Fomos comprados pelo sangue de Jesus.
Sábado Sl 49.7-8 - O resgate de nossa alma custou alto preço.

Introdução
O Altar de Holocausto, também conhecido como Altar da Transferência ou Altar de Bronze, era o lugar onde se ofereciam diversos tipos de sacrifícios a Deus; conscientizando o povo sobre a necessidade de ter o seu pecado perdoado.

PONTO-CHAVE :
"Jesus foi o sacrifício perfeito na obra de redenção".

1 - Conceituando o Altar de Holocausto
A definição da palavra "altar", é literalmente "lugar de sacrifícios"; e a expressão "holos", derivado do grego é "inteiro"; portanto, concluímos que no Altar de Holocausto é onde a oferta deveria ser queimada por inteiro.
 
1.1. Altar de Bronze ou Altar de Transferência
O Altar de Holocausto também é conhecido como Altar de Bronze, pois seu revestimento era de bronze, e não de ouro como os demais utensílios (Êx 27.2). O Bronze aqui é um símbolo do poder e juízo contra o pecado, portanto um lugar de julgamento. Outro nome deste Altar é Altar de Transferência, pois ali o culpado colocava a mão sobre a cabeça do animal e este morria pelo seu erro (Êx 4.27-35). Fica evidente aqui a grande obra que Cristo realizou na cruz do Calvário, pois, além de ter resolvido a questão da remissão do pecado, que exigia derramamento de sangue, Sua morte foi substitutiva, ou seja, morreu no lugar da humanidade. Paulo chega a dizer que Cristo se fez maldito por nós ao ser crucificado (Gl 3.13).
 
1.2. As pontas do Altar e sua utilização
É interessante notar quando o texto em apreciação diz que existiam quatro chifres nas pontas do altar, também cobertos de cobre (Êx 38.2). No altar, além de servirem como adorno, também eram usados para amarrar os animais durante o sacrifício. No decorrer da Bíblia vemos que estes chifres eram usados como refúgio por pecados (1 Reis 1.50-53). Adonias encontrou misericórdia. Deus, através do profeta Amós, disse que quebraria os chifres do Altar, pois o povo pecava e corri para o lugar de misericórdia (Am 3.14). Os chifres também falam de poder e grandeza, significando o poder e a autoridade de Jesus.

Refletindo
"O Altar de Holocausto de Jesus foi a cruz do Calvário onde Sua vida foi oferecida por toda a humanidade". Pr. Odilon Xavier

2 - Características do Altar de Holocausto
No pensamento hebraico, altar era lugar de morte. Deus deu para Moisés as medidas do Altar e a maneira como deveria ser feito, pois a simbologia do Altar teria um significado muito grande na revelação de Jesus Cristo.
 
2.1. As dimensões do Altar de Holocausto
Quando vemos a descrição divina para Moisés acerca do Tabernáculo (Êx 27.1), percebemos claramente que ele teria três côvados de altura. Podemos dizer que três é o número da Trindade divina. Assim, o plano de salvação, o Filho consumou a obra redentora e o Espírito Santo age no convencimento do homem acerca do pecado, da justiça e do juízo. Outro detalhe que merece ser notado está no fato do Altar ser quadrado, fazendo uma alusão clara à vida e obra de Cristo, que seriam abordadas em quatro visões diferentes, bem como a expansão missionária seria nos quatro cantos da terra. A mensagem é para todos (At 1.8), e o sacrifício é universal (1Jo 2.2).
 
2.2. O fogo deveria queimar continuamente
Em Levíticos 6.12-13, observamos que o fogo deveria arder continuamente sobe o altar; o sacerdote, portanto, deveria colocar lenha nele todas as manhãs. Vale salientar que a chama inicial foi acesa pelo próprio Deus e caberia ao homem a responsabilidade de mantê-la acesa para o sacrifício. Este fogo do Altar de Holocausto era também usado para acender o altar de incenso e as lâmpadas do Castiçal de ouro. Quando a Bíblia diz que Nadabe e Abiú morreram por levar o fogo estranho, isso diz respeito ao fogo que eles levaram para o Altar de Incenso porque não saiu do Altar de Holocausto. Nós, como despenseiros dos mistérios de Deus precisamos cuidar e não deixar que fogo estranho esteja no meio do povo.
 
3 - O Altar de Holocausto e a cruz de Cristo
Sabemos que o Altar de Holocausto apontava para a cruz de Cristo que mostraria ao mundo inteiro que o amor de Deus vai além das culpas, pecados e desvios da humanidade. Diante do pecado, a graça superabundou (Rm 5.20).
 
3.1. A lei exigia morte pelo pecado
Nos rituais estabelecidos por Deus, vemos que, embora para cada pecado tivesse um tipo de oferta para o sacrifício, todos envolviam a morte de animais, pois como descrito pelo escritor aos Hebreus 9.22; sem sangue não existe remissão de pecado. Os derradeiros momentos de Cristo vemos seu sangue sendo derramado, no Getsêmani suou sangue, ao ser açoitado sangue saiu de sua carne, ao colocarem a coroa de espinho, sangue saiu de fonte e  na cruz do Calvário sangue esvaiu de suas feridas para cumprir o que fora vaticinado pelo profeta Isaías 53.5, que através de suas feridas seríamos curados. O sacrifício de Jesus na cruz do calvário nos resgatou para Deus, nos fazendo assentar nas regiões celestiais (Ef 2.4-6).
 
3.2. Jesus é superior aos sacrifícios do AT
O escritor da epístola aos Hebreus, ao escrever sua missiva, mostra a superioridade de Jesus a todo o sacrifício e sacerdócio veterotestamentário. No AT, todos os dias havia morte e derramamento de sangue de animais como expiação pelo pecado do povo. Através de Jesus, vemos que foi necessário apenas um sacrifício, o sacrifício perfeito para que a humanidade tivesse o perdão de seus pecados. Outro fator interessante é que os animais morriam e não tornavam mais a vida. Jesus, além de morrer, ressuscitou ao terceiro para nos fazer a maior promessa, não de uma terra que mana leite e mel, mas sim de uma cidade onde as ruas são de ouro e os muros de cristais (Hb 10.11-12; Ap 21.10-27).

Subsídio Bíblico e Teológico
No livro de Números 4 vemos a função que os levitas deveriam desempenhar; cuidando dos utensílios do Tabernáculo. Nos versos 13 e 14, encontramos que , quando estivessem deslocando-se de um lugar para o outro, carregando o Tabernáculo desmontado, deveriam tirar a cinzas do altar, cobrir com um pano roxo (púrpura), e por cima deles estendiam uma coberta de pele de texugo. O Altar de Holocausto era o único objeto a ser coberto com a cor roxo quando estivesse em locomoção; é interessante notar que a cor roxa é resultado da junção de azul com vermelho; expressando a realeza de Jesus e ao mesmo tempo a humilhação que Ele sofreria na cruz do Calvário ao derramar Seu sangue sendo crucificado. Paulo, ao escrever sobre a cruz, diz que Jesus se fez maldito por nós ao ser pendurado na cruz (Gl 3.13). Em Deuteronômio 21.22-23 diz que é maldito o que morrer pendurado e que seu cadáver deve ser enterrado no mesmo dia, pois é maldito de Deus e não pode contaminar a terra. O fato de ser coberto com pele de texugo, um animal sem beleza, representa que não havia nada de atraente na cruz do Calvário do ponto de vista humano, mas, espiritualmente, dela dependia o futuro da humanidade. Paulo salientou aos romanos que a mensagem da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós é o poder de Deus (1Co 1.18).

CONCLUSÃO
A morte de Jesus era necessária para que a humanidade pudesse ser resgatada de seus pecados.

Complementando
Apreciando os rituais de holocaustos, observamos que os sacrifícios de cordeiros eram realizados pela manhã e ao entardecer (Êx 29.39). Jesus como Cordeiro  de Deus foi sacrificado na cruz justamente na hora nona, ou seja, às três horas da tarde (Mc 15.34-37).

Eu ensinei que:
Sem a morte vicária de Cristo não haveria salvação e nem esperança de vida eterna.
 Fonte: Revista Betel Conectar   https://marcosandreclubdateologia.blogspot.com