Lição 07 - É fundamental cultivarmos uma vida de oração

 


 Lição 07 – 15 de agosto de 2021 – Editora BETEL

É fundamental cultivarmos uma vida de oração

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Sobre a oração

A oração está entre as mais antigas práticas da humanidade, o que faz dela algo elementar e intuitivo. A oração é a expressão mais íntima da vida cristã, o ponto alto de toda experiência religiosa genuinamente espiritual. De todas as criaturas de Deus, somente os seres humanos oram; a oração é estritamente pessoal. Ela é um dom de Deus para nós, o nosso elo com o Criador. A compreensão da natureza da oração e de sua importância para nos tonarmos representantes efetivos de Cristo é de caráter indispensável para cada servo de Deus.

Podemos afirmar que, ao passo que iniciamos a vida cristã, também começamos a orar. Quando o pecador sente a amorosa chamada de Deus (Pv 23.26), ele aproxima-se de Deus e pede-lhe perdão de seus pecados (Sl 32.5; Jr 33.8), o que constitui sua primeira oração, ele é perdoado, e experimenta a verdadeira conversão (Is 55.3). Neste momento, o Espírito Santo estabelece morada nele (Rm 8.9; 1Co 6.19), o qual passa a sentir o intenso desejo de orar: “…derramarei o Espírito de graça e de súplicas…” (Zc 12.10). A partir de então, o ente divino que habita no crente faz com que ele sinta suas fraquezas e passe a viver uma vida de oração.

O cristão deve entender que a oração, assim como a leitura da Palavra, é algo indispensável ao seu desenvolvimento espiritual. É como a alimentação de uma criança, que determinará sua estatura, sua saúde, atividade mental, etc. Se a criança não tem uma alimentação deficiente, ela terá problemas de raquitismo, baixa imunidade, anemia, etc. Além do desenvolvimento espiritual, devemos orar porque:

1) A oração é um mandamento bíblico (1Cr 16.11; Is 55.6; Am 5.4,6; Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24).

2) É o meio pelo qual recebemos as bênçãos de Deus (Lc 11.5,13; At 1.14).

3) Na oração falamos com Deus, e Ele se faz presente (Dt 4.7).

4) Na oração Deus fala conosco (2Co 12.9,10).

5) Recebemos ajuda divina (Hb 4.16).

6) Alcançamos o que pedimos (Mt 7.7,8).

A vida consiste de hábitos, tanto bons quanto maus. Os hábitos mais produtivos são fruto da disciplina, prática e aplicação.

Enquanto a oração não for um hábito bem firmado e não tiver se tornado parte do estilo de vida do crente, sua vida será infrutífera e sem efeito apreciável. Os grandes homens de oração da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração. O rei Davi escreveu: “De tarde e de manhã e ao meio dia orarei; e clamarei; e ele ouvirá a minha voz” (Sl 55.17). A respeito de Daniel foi escrito: “Entrou em sua casa (ora havia em seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como antes costumava fazer” (Dn 6.10). Daniel tinha hábitos de oração tão fixos, que nenhuma circunstância da vida tinha permissão para interrompê-los. Orações regulares era um costume habitual entre os judeus, pois estabeleciam três períodos de oração para todos os dias como nos casos citados de Davi e Daniel. Nos tempos neotestamentários, esses horários eram às nove horas da manhã, às três da tarde e ao pôr do sol. Embora, para alguns a prática tivesse se deteriorado para nada mais do que um ritual (Mt 6.5,16). Para a igreja primitiva, os horários fixos de oração foram seguidos fielmente. Somos informados de que “Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona” (At 3.1), ou seja, às três da tarde. Nosso objetivo com isto, não é estimularmos a fixação destes horários de oração seguidos pelos cristãos de Jerusalém, até porque estes horários fazem parte de um contexto social totalmente diferente do nosso. Porém, cada crente, por iniciativa própria, deve estabelecer um hábito pessoal de oração, de acordo com sua realidade (1Ts 5.17).

O próprio Jesus quando estava perto da sua crucificação foi até o monte Getsêmani e rogou a Deus que passasse aquele momento que estava por vir, mais que, todavia, não fosse feita a vontade dele mais a de Deus. É na oração que nós somos libertos dos nossos temores e conhecemos a vontade de Deus para nossa vida. Se desejamos tomar uma decisão é melhor passarmos algumas horas de joelhos e depois nos levantarmos com a certeza que é da vontade de Deus ou não e fazer a coisa certa do que escolher errado e depois sofrer as consequências do erro.

A oração é algo pessoal, intimo entre o ser humano e Deus, mas infelizmente somos tentados a manter uma aparência diante dos homens principalmente quando a oração é feita em público.

Podemos observar: em público, as pessoas falam palavras bonitas e fazem orações impactantes, mas para Deus o que mais importa é a oração em secreto. O próprio Jesus ensinou aos seus discípulos a não serem como os hipócritas que gostam de chamar a atenção para si fazendo orações belíssimas usando de vãs repetições, mas a entrarem em seu quarto onde ninguém os vê e orarem e se prostrarem diante de Deus de todo o coração, se derramando diante d’Ele, conforme Mt 6.5-6.

A oração é algo espontâneo não é algo aprendido e que deve ser repetido em todos os cultos ou momentos de oração. Como está nossa vida de oração com Deus? Nós mantemos o costume de orar diariamente? Observemos como está a nossa vida de oração em secreto e vamos perceber como está a nossa vida espiritual. Sejamos sinceros conosco mesmos e procuremos perceber se a frieza espiritual está no pregador, no ministério de louvor, ou em nós mesmos! A oração aquece o coração, pois é através da oração que chegamos perto de Deus.

Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 3º Trimestre de 2021, ano 31 nº 120 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – Triunfando sobre as batalhas e adversidades da vida – Aplicando os princípios bíblicos para prevalecer nas aflições do tempo presente – Bispo Samuel Cássio Ferreira.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora CPAD – 2005 – Comentário Bíblico Beacon.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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