Lições Bíblicas - 3º Trimestre de 2021 - CPAD - Para adultosTema: O Plano de DEUS para Israel em meio à Infidelidade da Nação, As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel
Comentário: Pr. Claiton Pommerening
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Henrique TEXTO ÁUREO
“Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará.” (Os 6.1) VERDADE PRÁTICA
DEUS sempre adverte seu povo sobre os perigos da idolatria e suas terríveis consequências. Lição 10, O Cativeiro de Israel, Reino do Norte LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jó 5.18 Infinitamente maior é a cura que DEUS traz do que a dor da desobediência
Terça - 1 Sm 2.6 O Senhor é quem tem poder para dar a vida e tirá-la
Quarta - Jr 30.17 A cura e o restabelecimento da saúde física e espiritual estão em DEUS
Quinta - Sl 89.14 Justiça e Misericórdia são atributos do Reino de DEUS
Sexta - Ef 2.4,5 A vida de CRISTO é o maior exemplo da misericórdia e amor de DEUS
Sábado - Mt 6.24 Ninguém pode seguir a dois senhores, DEUS é o único a quem devemos servir
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Reis 17.1-14,17-20,29
1 - No ano duodécimo de Acaz, rei de Judá, começou a reinar Oseias, filho de Elá, e reinou sobre Israel, em Samaria, nove anos. 2 - E fez o que era mal aos olhos do SENHOR; contudo, não como os reis de Israel que foram antes dele. 3 - Contra ele subiu Salmaneser, rei da Assíria; e Oseias ficou sendo servo dele e dava-lhe presentes. 4 - Porém o rei da Assíria achou em Oseias conspiração, porque enviara mensageiros a Sô, rei do Egito, e não pagava presentes ao rei da Assíria cada ano, como dantes; então, o rei da Assíria o encerrou e aprisionou na casa do cárcere. 5 - Porque o rei da Assíria subiu por toda a terra, e veio até Samaria, e a cercou três anos. 6 - No ano nono de Oseias, o rei da Assíria tomou a Samaria, e transportou a Israel para a Assíria, e fê-los habitar em Hala e em Habor, junto ao rio Gozã, e nas cidades dos medos. 7 - E sucedeu assim por os filhos de Israel pecarem contra o SENHOR, seu DEUS, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses. 8 - E andaram nos estatutos das nações que o SENHOR lançara fora de diante dos filhos de Israel e nos costumes dos reis de Israel. 9 - E os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não eram retas, contra o SENHOR, seu DEUS; e edificaram altos em todas as suas cidades, desde a torre dos atalaias até à cidade forte. 10 - E levantaram estátuas e imagens do bosque, em todos os altos outeiros e debaixo de todas as árvores verdes. 11 - E queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações que o SENHOR transportara de diante deles; e fizeram coisas ruins, para provocarem à ira o SENHOR.
12 - E serviram os ídolos, dos quais o SENHOR lhes dissera: Não fareis estas coisas. 13 - E o SENHOR protestou a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a Lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas.
14 - Porém não deram ouvidos; antes, endureceram a sua cerviz, como a cerviz de seus pais, que não creram no SENHOR, seu DEUS.17 - Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mal aos olhos do SENHOR, para o provocarem à ira. 18 - Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e os tirou de diante da sua face; nada mais ficou, senão a tribo de Judá. 19 - Até Judá não guardou os mandamentos do SENHOR, seu DEUS; antes, andaram nos estatutos que Israel fizera. 20 - Pelo que o SENHOR rejeitou a toda semente de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da sua presença.
29 - Porém cada nação fez os seus deuses, e os puseram nas casas dos altos que os samaritanos fizeram, cada nação nas suas cidades, nas quais habitavam.
Comentários BEP - CPAD17.6 O REI DA ASSÍRIA... TRANSPORTOU A ISRAEL PARA A ASSÍRIA. Em 722 a.C., depois de 210 anos de idolatria, de rebeldia espiritual e de corrupção moral, DEUS decretou a queda final e o exílio de Israel (i.e., as dez tribos do Reino do Norte). O avanço implacável do mal entre o povo de DEUS, chegara ao ponto culminante irreversível. Transbordara sua medida de iniqüidade. O recurso único de DEUS foi aplicar um julgamento, que dissolveu a nação; restou apenas um remanescente crente e fiel para presenciar o cumprimento das promessas de DEUS (cf. Rm 9.27).
17.7 OS FILHOS DE ISRAEL PECARAM CONTRA O SENHOR, SEU DEUS. Nos versículos 7-41, o ESPÍRITO SANTO cita as razões teológicas e morais por que DEUS levou a efeito a ruína do seu povo redimido segundo o concerto e o removeu de diante da sua face (v. 18). (1) Os israelitas esqueceram-se do amor e da graça de DEUS, manifestos na sua redenção do Egito (v. 7). (2) Serviam aos deuses dos povos pagãos em derredor, imaginando que obteriam sucesso, bem-estar e orientação (vv. 7,12,17; ver Cl 3.5). (3) Adotaram os costumes e modos de vida do mundo ímpio (vv. 8-11,15-17). (4) Rejeitaram os profetas de DEUS com sua mensagem de retidão (vv. 13-15; cf. At 7.51). (5) Rebelaram-se abertamente contra a revelação escrita de DEUS e seu concerto (vv. 13-16). (6) Entregaram-se ao espiritismo e a todos os tipos de imoralidade (vv. 9.15-17). Essa mensagem adverte a todo o povo de DEUS do novo concerto (1 Co 10.1-12). DEUS removerá do seu reino todos aqueles (tanto indivíduos como igrejas) que deixarem de permanecer fielmente na sua Palavra e no seu amor. Os resultados de abandonar a DEUS são o castigo, a ruína, o sofrimento e a rejeição final (cf. Ap 2.5; 3.15,16).
17.8 ANDARAM NOS ESTATUTOS DAS NAÇÕES. Israel aceitou, com facilidade, os modos e padrões de vida dos povos que não conheciam a DEUS. Embora a separação entre Israel e as demais nações fosse uma das exigências fundamentais de DEUS para o seu povo (Lv 18.3,30; Dt 12.29-31; 18.9-14), Israel, muito pelo contrário, foi adotando os costumes pagãos daquelas nações em derredor. Conformar-se com o modo mundano de viver é um dos grandes perigos que o povo de DEUS enfrenta em cada geração e cultura (Rm 12.2).
17.13 OS PROFETAS. Israel rejeitou os profetas de DEUS, os quais censuravam energicamente o pecado e demandavam arrependimento e obediência à palavra do Senhor (cf. Jz 6.8-10; 1 Rs 13.1-3; 14.6-16; cf. At 7.51-53). Rejeitaram os ministérios de Elias, de Eliseu, de Amós, de Oséias e doutros profetas. A recusa em ouvir e obedecer à Palavra de DEUS, aliada ao repúdio à mensagem profética contra o pecado e o mal são sinais inconfundíveis de apostasia (ver 2 Tm 4.3,4).
17.16 E SE PROSTRARAM PERANTE TODO O EXÉRCITO DO CÉU. Os israelitas adoravam as divindades astrais e outros deuses, porque criam que eles lhes proporcionariam uma vida melhor, i.e., mais prosperidade, abundância, saúde, prazer, bem-estar e segurança (ver Jz 2.13). Por essa razão, Paulo chama a "avareza" de idolatria (ver Cl 3.5); JESUS declara que buscar prosperidade e riqueza como o alvo principal da vida, e ao mesmo tempo, servir a DEUS são coisas incompatíveis (Mt 6.24; Ef 5.5).
17.18 A TRIBO DE JUDÁ. O Reino do Sul consistia em a tribo de Judá, parte das tribos de Benjamim e de Simeão, e alguns membros das dez tribos de Israel que tinham migrado para o Reino do Sul a fim de adorarem a DEUS em Jerusalém (ver 2 Cr 19.4; 30.1,10,11,25,26; 34.5-7; 35.17,18). Dessa maneira, o povo de Judá tornou-se aquele através do qual continuou o concerto que DEUS fizera com o povo hebreu. Note que descendentes das tribos de Israel estavam presentes na Palestina nos tempos do NT (At 26.7; cf. Lc 2.36; Fp 3.5; Tg 1.1).
17.24 E TOMARAM A SAMARIA EM HERANÇA. O rei da Assíria trouxe cativos estrangeiros para habitarem "nas cidades da Samaria" (i.e., a totalidade do Reino do Norte), a fim de destruir qualquer nacionalismo que ainda restasse. Casamentos mistos entre os israelitas deixados e os estrangeiros trazidos à terra de Israel, resultaram no povo chamado "samaritano". O resultado foi uma mistura de tradições religiosas e culturais estrangeiras com os costumes e a fé dos hebreus (vv. 29-33). Já nos tempos do NT, no entanto, muitos samaritanos tinham deixado seus modos pagãos e tinham nutrido uma fé baseada exclusivamente no Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia). JESUS testemunhou a uma mulher samaritana, quando falou da imperfeição das tradições samaritanas (Jo 4.4-26). Posteriormente, muitos samaritanos tornaram-se crentes em CRISTO através do ministério de Filipe (At 8.5-25).
Resumo da Lição 10, O Cativeiro de Israel, Reino do NorteI – SAMARIA É CERCADA PELO REI DA ASSÍRIA
1. Israel sob o reinado de Jeroboão II.
2. A traição do rei Oseias.
3. A advertência dos profetas.
II – OS PECADOS DO POVO E SUA QUEDA
1. O terrível pecado da idolatria.2. Outras causas do cativeiro.III – OS ESTRANGEIROS OCUPAM SAMARIA
1. A mistura de gente e o sincretismo.2. JESUS e os samaritanos. COMENTÁRIOS DIVERSOS CATIVEIRO
A palavra, 'cativeiro” na Bíblia pode se referir ao cativeiro de Israel ou de outras nações (Am 1.5). Desde épocas muito antigas, os exércitos vitoriosos seguiam a prática de separar, entre os seus prisioneiros, aqueles que desejavam para seus escravos ou para suas esposas (Dt 21.10ss). Essa remoção do seu território, quase sempre, significava a destruição da existência de uma nação, e um sentimento de separação do cuidado e da proteção do seu deus local ou nacional; de fato, implicava na derrota daquela divindade (cf. Is 52,2-5; Jr 50.29 (refs2)). Os assírios deram início a uma nova técnica para lidar com os prisioneiros - a deportação. Grandes quantidades de pessoas eram capturadas na guerra, deportadas, e estabelecidas em outra parte do império, Esta prática foi seguida também pela Babilônia, mas foi mudada pelos persas em 536 a.C.
Na história de Israel, o seu povo quase nunca esteve em casa, como um todo, na Palestina. Na verdade, a história de Israel começa com a escravidão no Egito, e embora a essa escravidão não se faça referência como sendo um cativeiro, as pessoas eram escravas, e não eram livres para partir. Há três grandes e principais opressões ao povo de Israel, em solo estrangeiro, mencionadas na Bíblia: no Egito, Na Assíria, e na Babilônia (cf. Is 52.3-6). O cativeiro limitado de alguns israelitas provavelmente começou em uma época tão antiga quanto os reinos de Roboão e Jeroboão I (aprox. 926 a.C.), quando Sisaque, Faraó do Egito, invadiu a Palestina (1 Rs 14.25-28). Tiglate-Pileser III, da Assíria (745-727 a.C.), capturou as cidades de Naftali (2 Rs 15,29) e levou cativos para a Assíria (1 Cr 5.26) os habitantes da tribo de Naftali, os rubenitas, e os gaditas, e a parte leste da tribo de Manassés (aprox. 733 a.C.). Em 722/721 a.C. a cidade de Samaria caiu sob Sargão II da Assíria e os prisioneiros foram levados a Haia (cf. Ob 20), em Habor, junto ao rio Gozã, e às cidades dos medos (2 Rs 17.6; 18.11 (refs2)). A inscrição de Sargão indica que 27.290 israelitas foram deportados. Pelo seu culto a divindades pagãs, eles tinham atraído sobre si a maldição da Aliança, proferida pelo Senhor seu DEUS por tal desobediência (Dt 28.25,32,36,41; 2 Rs 17.7-23 (refs5)).
Com a queda do reino norte sob a Assíria, o destino do povo da Aliança ficou sob a responsabilidade de Judá. Uma vez mais, alguns indivíduos ou pequenos grupos foram levados cativos até que a própria Jerusalém foi destruída em 586 a.C., e muitas pessoas foram deportadas para a Babilônia por Nabucodonosor. Três dos cinco últimos reis de Judá foram levados em cativeiro. Jeoacaz, para o Egito; Joaquim e Zedequias, para a Babilônia. Daniel, Hananias, Misael e Azarias também foram levados para a Babilônia. Jeremias e Baruque foram levados para o Egito contra a sua vontade por alguns dos seus próprios compatriotas. Já havia assentamentos judeus no Egito quando Jeremias chegou. Esses grupos de pessoas tinham vindo como mercenários ou como refugiados das opressões da Assíria e da Babilônia.
Aqueles levados em cativeiro para a Babilônia devem ter passado por tempos muito difíceis. Eles foram humilhados pela memória da destruição de sua adorada Jerusalém. Se fossem fiéis ao seu DEUS, tinham que suportar o escárnio e os insultos dos seus captores (Sl 137). Mas a vida para a maioria dos israelitas nascidos em cativeiro não parece ter sido muito difícil. Quando chegou a oportunidade para os judeus retornarem à Palestina em 536 a.C., somente uma pequena porcentagem voltou. Estima-se que, na época de CRISTO, um milhão de judeus vivia no Egito, outro milhão vivia na Ásia Menor e na Síria, outro milhão vivia na Babilônia, cem mil judeus viviam tia Itália e na Sicília, e outros cem mil viviam no norte da África.
O exílio ou cativeiro de Israel no Egito produziu alguns personagens proféticos notáveis, como Ezequiel e Daniel. Foi um período de grande atividade literária que também deu origem às sinagogas. Foi o verdadeiro centro do entendimento bíblico do julgamento e revelação divinos. Dicionário Bíblico Wycliffe DISPERSÃO DE ISRAEL
Desde a época em que DEUS deu a Palestina a Abraão e a seus descendentes como uma possessão permanente (Gn 13.14-17), a posição da nação de Israel tem sido determinada por sua relação com esta terra. Os habitantes daquela terra estavam no lugar da bênção. Os de fora da terra estavam no “cativeiro” (gola, Ed 1,11; 2.1 (refs2)), ou na “dispersão” (diáspora, Jo 7.35). Os primeiros falam de sua relação com a Palestina; e, os demais, de sua relação com os povos entre os quais eles foram cativos. Tiago (1.1) e Pedro (1 Pe 1.1) escreveram aos convertidos que estavam entre os judeus dispersos.
A primeira ausência da nação da terra foi predita em Gênesis 15.13, onde o Senhor informou a Abraão sobre o destino de seus descendentes. Uma promessa de restauração veio logo em seguida (Gn 15,14). Esta profecia foi cumprida através da permanência da nação no Egito.
Na época do retorno do cativeiro egípcio, DEUS revelou a Moisés, e através dele à nação, que a dispersão seria seu método de castigá-los pela desobediência e apostasia. Isto é claramente declarado em Deuteronômio 28.15,25; 30.1-4 (refs3). Assim, a nação foi advertida de que a incredulidade e a desobediência seriam julgadas com a expulsão da terra da promessa. Os profetas enviados tanto para o reino do norte quanto para o do sul os advertiram quanto a tal expulsão (Os 9.3; Jr8.3;Ez4,13 (refs3))e declararam claramente a causa de tal juízo (Jr 16.11-15), isto é, que a nação havia seguido e servido a outros deuses, e que havia abandonado o DEUS verdadeiro e se recusado a obedecer as suas leis. O reino do norte (Israel) foi levado para o cativeiro pelo rei da Assíria, que fixou os deportados em Haia, e em Habor, junto ao rio Gozã, e nas cidades dos medos (2 Rs 17.6). Esta deportação começou em 722 a.C,, quando os assírios conquistaram Samaria. A acusação contra Israel, listando as causas do exílio, é dada em 2 Reis 17.7-20. Apesar das advertências feitas pelos profetas ao reino de Judá à luz do que havia acontecido ao seu vizinho do norte, o reino do sul continuou na desobediência e apostasia, e, em 586 a.C., foi levado cativo para a Babilônia por Nabucodonosor (2 Rs 24.14; 25.6,11 (refs3)). A razão para esta dispersão foi claramente declarada. Ela consistiu na rejeição que demonstraram para com as advertências aos profetas, e sua continuidade na idolatria (2 Cr 36.13-16).
Seguiram-se outras deportações e recolocações menos importantes dos judeus. Ptolomeu I do Egito (322־ 285 a.C.), na época de sua invasão da Palestina e da captura de Jerusalém, transportou muitos judeus para Alexandria, que mais tarde tomou-se um importante centro judaico. De acordo com Josefo, Antíoco da Síria (223- 187 a.C.) transportou cerca de 2.000 famílias da Babilônia, e as relocou na Frigia e Lídia (cf. as localidades em 1 Pe 1.1). Pompeu, após capturar Jerusalém em 63 a.C., levou muitos judeus para Roma para serem vendidos como escravos, Estes últimos, porém, ganharam novamente a liberdade e os direitos civis. Após a destruição de Jerusalém em 70 d.C,, por Tito, houve uma outra dispersão.
Além destas deportações involuntárias, muitos judeus deixaram a Palestina voluntariamente em busca de interesses comerciais. Isto os levou a importantes centros econômicos do mundo, e, assim, a maioria das grandes cidades tinha uma colônia judaica. Por esta razão, não é surpresa ler em Atos 2.9-12 que os judeus vieram - de todas as partes ao mundo da época — a Jerusalém para a Festa do Pentecostes. Embora os deportados tivessem se ajustado à língua e à cultura da sociedade na qual haviam se fixado, eles mantiveram os laços com a Palestina e com o judaísmo através (1) de suas peregrinações às três festas anuais, (2) pelo pagamento do imposto do templo [de meio siclo] enquanto o templo existisse, e (3) pela submissão aos decretos do Sinédrio enquanto este funcionasse.
Durante o primeiro século da era cristã, estima-se que um milhão de judeus residiam na Mesopotâmia, outro milhão em Antioquia de Orontes e por toda a atual Turquia, um milhão no Egito concentrando-se em torno de Alexandria, cem mil na Itália, cem mil no norte da África, e dois milhões e meio na Palestina. Filo, o Judeu (20 a.C.- 40 d.C.) listou dezenas de países onde os judeus foram dispersos (Legatio Ad Caium 36).
Enquanto estavam dispersos, os judeus acomodaram-se frequentemente em arredores confortáveis (Jr 29.4-7), e tornaram-se uma parte valiosa da comunidade de negócios. As circunstâncias eram tão agradáveis na Babilônia que, quando foi concedida permissão para retomarem a Jerusalém e reconstruir o templo, apenas um pequeno remanescente desejou incumbir-se dos rigores da obra. Na época do cativeiro babilônico, o número de judeus fora da Palestina ultrapassava grandemente aqueles que permaneciam naquela terra.
Uma outra característica da dispersão não deve ser ignorada. Embora a dispersão fosse um juízo sobre Israel e Judá, pela incredulidade e apostasia, ela foi uma bênção para os gentios. De acordo com Êxodo 19.6, a nação foi separada por DEUS para ser um reino de sacerdotes, isto é, eles deveriam ser mediadores entre DEUS e os gentios. Eles deveriam disseminar a revelação do verdadeiro DEUS, que lhes fora confiada. A bênção de DEUS sobre a semente de Abraão deveria alcançar todos os homens (Gn 12.3). Contudo, a nação não cumpriu a responsabilidade que lhe fora confiada. A lei, que separava Israel dos gentios, foi usada para esconder a verdade que DEUS havia revelado a Israel, e que deveria ser anunciada aos gentios. No entanto, apesar da dispersão, o conhecimento de DEUS foi levado, involuntariamente, para as nações. Uma expectativa mundial de um Messias-Redentor surgiu quando a dispersão trouxe o conhecimento das promessas de DEUS aos gentios. Escritores como Tácito, Suetônio e Virgílio anteciparam um Abençoador que apareceria na Judéia. Sem dúvida, os magos foram à Judéia em busca do Rei dos judeus por causa da estrela, e também pelo conhecimento adquirido através da nação dispersa (Mt 2.1-12).
A dispersão de Israel também teve seus efeitos na pregação do Evangelho na era do NT. O apóstolo Paulo, ao divulgar o Evangelho pelo mundo romano, sempre começava seu ministério em uma nova cidade na sinagoga dos judeus, pois se sentia obrigado a anunciar as Boas Novas primeiro aos judeus, informando-os que o Messias de Israel tinha vindo. Em qualquer comunidade, os judeus dispersos eram os primeiros a ouvir o Evangelho. Somente após a rejeição de sua mensagem por parte destes, é que Paulo voltava- se para os gentios (como em At 18.6).
Em Mateus 12.31-37, CRISTO advertiu a nação quanto aos terríveis resultados de seguirem os líderes que o rejeitaram como o Messias, e concluiu com uma advertência de juízo (Mt 12.41-45). Ele profetizou uma dispersão futura para a nação, predizendo a desolação vindoura de Jerusalém (Mt 23.37-39), que se cumpriu em 70 d.C., e prometendo que a cidade seria ocupada pelos gentios até o seu segundo advento (Lc 21.24). No sermão no Monte das Oliveiras, CRISTO profetizou a então futura destruição de Jerusalém (Mt 24.15-21). Esta é uma reafirmação da profecia de Zacarias 13.8-14.2, onde o profeta predisse uma invasão durante o período da Tribulação no qual Jerusalém seria destruída e muitos dos habitantes seriam mortos ou dispersos.
Esta dispersão escatológica é o castigo final de DEUS à nação antes do milênio. No início da Tribulação, o chefe do Império Romano fará uma aliança com a nação de Israel, garantindo segurança na terra da Palestina (Dn 9.27), A nação irá ocupar a terra, confiando nesta aliança política para defendê-la. Ela irá ainda além e reconhecerá que este governante é o seu Messias e DEUS, e o adorará (Ap 13.11-18). DEUS fará com que as nações gentílicas voltem-se contra Jerusalém para destruí-la e para espalhar os seus habitantes, assim como já puniu Israel anteriormente, por sua apostasia.
As previsões da dispersão contêm também uma promessa de restauração da terra. Foi ao manter a promessa de Deuteronômio 30.3- 5 que a nação retomou da dispersão babilônica. Como cumprimento de uma promessa em Deuteronômio 30.1-10, e daquela encontrada em Amós 9.14,15 (refs2), Israel será restaurada no segundo advento de CRISTO e novamente colocada em sua terra. Finalmente, a resposta para a dispersão de Israel é sua completa conversão (Is 66.6-9; Jr 31.31-34 (refs2)) e sua restauração à Palestina sob o governo de seu Messias (Is 54.1-17; 60.1-6; 62.1-12 (refs3)), o que ocorrerá na segunda vinda de CRISTO. Dicionário Bíblico Wycliffe 2 Reis 17:1-6
Breve Relato da Invasão de Israel pelos Assírios - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Aqui nós temos o reinado e a ruína de Oséias, o último dos reis de Israel, a respeito de quem observamos:
I
Que, embora ele forçasse seu caminho até a coroa usando de traição e assassinato (como lemos em 15.30), não a possuiu senão sete ou oito anos depois. Pois foi no quarto ano de Acaz que ele matou Peca, mas ele mesmo não começou a reinar antes do décimo segundo ano de Acaz (v. 1). Não é dito se foi pelo rei da Assíria, ou pelo rei de Judá, ou por alguém de seu próprio povo, mas parece que, por muito tempo, ele foi mantido fora do trono que almejava. Com razão suas más ações foram dessa forma castigadas, e a palavra do profeta dessa forma se cumpriu: Certamente, agora, dirão: Não temos rei, porque não tememos o SENHOR (Os 10.3).
II
Que, embora ele fosse mau, não foi tanto quanto os reis de Israel que lhe antecederam (v. 2), e não tão dedicado aos bezerros como eles tinham sido. Um deles (o que estava em Dã), dizem os judeus, tinha sido, antes disso, levado pelo rei da Assíria na expedição registrada em 15.29 (ao qual talvez o profeta se refira: O teu bezerro, ó Samaria, foi rejeitado, Oséias 8.5), o que o fez colocar menos confiança no outro. E Alguns dizem que esse Oséias tirou a restrição que os reis anteriores tinham colocado sobre seus súditos, proibindo-os de subirem a Jerusalém para adorarem, o que ele permitiu àqueles que estavam dispostos a fazer isso. Mas o que pensaremos a respeito dessa dispensação de providência, que a destruição do reino de Israel viria no reinado de um dos melhores de seus reis? Ó DEUS, os teus juízos são um grande abismo. DEUS mostrava com isso que ao trazer essa ruína sobre eles planejava punir:
1. Não apenas os pecados daquela geração, mas das que viveram em épocas anteriores, e considerar a iniqüidade de seus pais, os quais tinham estado por longo tempo enchendo a medida e acumulando ira para esse dia da ira.
2. Não apenas os pecados dos reis, mas os pecados das pessoas. Se Oséias não foi tão mau como os reis anteriores, as pessoas eram tão más quanto as que as precederam, e isso era um agravo de sua maldade, e apressou a sua ruína, visto que seu rei não lhes deu um exemplo tão mau como tinham feito os reis anteriores, nem os impediu de se emendarem. Ele lhes deu permissão para fazerem o certo, mas eles procederam tão mal como sempre, o que colocou a culpa de seus pecados e a ruína completamente sobre eles.
III
Que a destruição veio gradualmente. Por algum tempo, eles foram tributários antes de serem feitos cativos pelo rei da Assíria (v. 3), e, se aquele julgamento menor tivesse sido bem sucedido em torná-los humildes e reformá-los, o maior teria sido evitado.
IV
Que eles o trouxeram sobre si mesmos pelo curso indireto que tomaram ao tirarem o jugo do rei da Assíria (v. 4). Se o rei e o povo de Israel tivessem se dirigido a DEUS, feito sua paz com Ele e suas orações a Ele, eles poderiam ter recuperado a sua liberdade, tranqüilidade e honra. Mas eles retiveram o seu tributo e confiaram no rei do Egito para ajudá-los em sua revolta, a qual, se tivesse tido resultado, teria sido o de apenas mudar o seu opressor. Mas o Egito tornou-se para eles o esteio de um caniço quebrado. Isso provocou o rei da Assíria a agir contra eles com maior severidade. Os homens não conseguem nada ao se debaterem na rede, antes se embaraçam mais.
V
Que foi uma destruição completa que veio sobre eles.
1. O rei de Israel tornou-se um prisioneiro. Ele foi preso e amarrado, provavelmente sendo pego de surpresa, antes de Samaria ser sitiada.
2. A terra de Israel tornou-se uma presa. O exército do rei da Assíria subiu por toda a terra, fazendo-se senhor dela (v. 5), e tratou as pessoas mais como traidoras que deviam ser punidas com a espada da justiça do que inimigos regulares.
3. A cidade real de Israel foi sitiada e finalmente tomada. Ela resistiu três anos depois que o país foi conquistado, e sem dúvida, naquele tempo suportou-se muita angústia que não está especificamente registrada. Mas a brevidade da história, e o fato de o relato ser superficial, penso, insinua que eles foram abandonados por DEUS e Ele agora não ligou para a aflição de Israel, como algumas vezes tinha feito.
4. O povo de Israel foi levado cativo para a Assíria (v. 6). A maioria do povo, aqueles que tinham algum destaque, foi forçada a ir para o país do conquistador, para serem escravos e pedintes ali. (1) Assim ele quis exercer domínio sobre eles, e mostrar que estavam inteiramente ao seu dispor. (2) Ao privá-los de suas possessões e propriedades, legítimas e particulares e expô-los a todas as durezas e vergonha de uma remoção para um país estrangeiro, sob o poder de um exército arrogante, ele os castigou por sua rebelião e seu esforço em tirar o jugo dele. (3) Assim ele evitou efetivamente todas as tentativas futuras de rebelião e assegurou o país deles para si mesmo. (4) Assim ele conseguiu o benefício do serviço deles no próprio país dele, como o Faraó havia feito com os pais deles. E assim esse povo indigno se perdeu como foi encontrado, e terminou como começou, em servidão e sob opressão. (5) Dessa forma, ele abriu espaço para aqueles de seu próprio país que tinham poucas terras e pouco que fazer em casa, para se estabelecerem em uma boa terra, uma terra que manava leite e mel. Em todos esses vários caminhos ele se serviu com esse cativeiro das dez tribos. Aqui nós somos informados em que lugares de seu reino ele os fixou — em Hala e Habor, em lugares, podemos supor, distantes um do outro, para que eles não mantivessem correspondência, se reunissem novamente e criassem problemas. Nós temos razão para pensar que ali, depois de algum tempo que estavam assim misturados entre as nações, eles se perderam e não houve mais memória do nome de Israel. Aqueles que se esqueceram de DEUS foram eles mesmos esquecidos. Aqueles que pensaram em ser como as nações, foram sepultados no meio delas. E aqueles que não serviam a DEUS em sua própria terra tiveram de servir seus inimigos em uma terra estranha. É provável que foram os homens de honra e propriedades que foram levados cativos e que muitos da parte mais miserável do povo foram deixados para trás, muitos de todas as tribos, que, ou foram para Judá ou se submeteram à colonização assíria e sua posteridade foi a dos galileus ou samaritanos. Mas assim terminou Israel como uma nação. Agora ele se tornou Lo-ammi — não meu povo, e Lo-ruhamah — desfavorecida. Agora Canaã os cuspiu. Quando nós lemos da entrada sob a liderança de Oséias (Josué), o filho de Num, quem teria pensado que uma coisa como essa seria sua saída sob Oséias, o filho de Elá? Assim, a glória que teve Roma com Augusto afundou, muitos séculos depois, com Augústulo. A Providência assim ordenou o declínio da honra das dez tribos para que a honra de Judá (a tribo real) e Levi (a tribo santa), que ainda sobraram, pudesse brilhar mais forte. Mas nós encontramos um número selado de todas as tribos (Ap 7), exceto Dã. Tiago escreve para as doze tribos dispersas (Tg 1.1) e Paulo fala das doze tribos, servindo a DEUS continuamente, noite e dia (At 26.7). De maneira que embora jamais leiamos a respeito daqueles que foram levados cativos, nem tenhamos nenhum motivo para dar crédito à hipótese de alguns (de que as tribos ainda existem como um corpo distinto em algum canto remoto do mundo), um remanescente delas escapou, para manter o nome de Israel, até que viesse a ser esgotado pela Igreja do Evangelho, o Israel espiritual, no qual ele sempre continuará (Gl 6.16). 2 Reis 17:7-23
Causas da Invasão e Advertência aos Outros - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Embora a destruição do reino das dez tribos fosse relatada apenas brevemente, ela é largamente comentada nesses versículos por nosso historiador, e os motivos que levaram a ela são apontados, não sendo tomados de causas secundárias — a fraqueza de Israel, a sua direção nada política, e a força e a crescente grandeza do monarca assírio (essas coisas são omitidas) — mas apenas da Primeira Causa. Observe:
1. Foi o Senhor quem os tirou de diante da sua face. Quem quer que tenha sido o instrumento, Ele foi o autor dessa calamidade. Veio como desolação do Todo-poderoso. O assírio era apenas a vara da sua ira (Is 10.5). Pois o Senhor rejeitou a toda semente de Israel, do contrário seus inimigos não poderiam tê-lo apanhado (v. 20). Quem entregou Jacó por despojo e Israel, aos roubadores? Porventura, não foi o SENHOR? (Is 42.24). Nós perdemos o benefício dos castigos nacionais se não olharmos a mão de DEUS neles, e o cumprimento da Escritura, pois isso também se observa aqui: O Senhor tirou Israel do seu favor e para fora da sua terra, como falara pelo ministério de todos os seus servos, os profetas. Passarão os céus e a terra, mas nem um til da palavra de DEUS cairá por terra. Quando a palavra de DEUS e sua obra forem comparadas, será verá que elas não apenas concordam, mas que esclarecem uma a outra. Mas por que DEUS arruinaria um povo que foi criado e constituído, como Israel foi, por milagres e oráculos? Por que ele desfaria aquilo que Ele mesmo tinha feito com um sacrifício tão grande? Foi puramente um ato de soberania? Não, foi um ato de justiça necessária. Pois:
2. Eles o provocaram a fazer isso pela impiedade deles. Foi realizado por DEUS? Mais ainda, foi realizado por eles mesmos. Por seu caminho e suas práticas eles conseguiram tudo isso para si mesmos, e foi sua própria maldade que os corrigiu. Isso o historiador sagrado mostra aqui detalhadamente, para que fique claro que DEUS não fez nenhum mal a eles, e para que outros fiquem sabendo e temam. Vinde e vede o que foi que provocou todo esse dano, que quebrou o poder deles e atirou a glória deles ao pó. Foi o pecado. Foi ele que, e nada mais, fez separação entre eles e DEUS. Isso é aqui muito comoventemente esclarecido como a causa de todas as desolações de Israel.
Ele mostra:
I
O que DEUS tinha feito por Israel, para levá-lo a servi-lo.
1. Ele lhes deu a sua liberdade (v. 7): Os fizera subir de debaixo da mão do Faraó, que os oprimia, afirmou a sua liberdade (Israel é meu filho) e realizou a sua liberdade com mão forte. Assim, eles estavam obrigados, pelo dever e pela gratidão, a serem seus servos, pois Ele tinha soltado seus laços. Nem Ele, que os resgatou da mão do rei do Egito se contradiria a ponto de entregá-los nas mãos do rei da Assíria, como fez, se eles não tivessem, pela sua iniqüidade, traído a sua liberdade e se vendido.
2. Ele lhes deu a lei que possuíam, e foi Ele próprio o rei deles. Eles foram colocados imediatamente sob um governo divino. Eles não poderiam alegar ignorância do bem e do mal, do pecado e do dever, pois DEUS os tinha especificamente exortado contra aquelas muitas coisas das quais Ele os acusa (v. 15): Que não fizessem como os pagãos. E eles não poderiam ter nenhuma dúvida a respeito de sua obrigação de observar as leis que são aqui acusados de rejeitar, pois elas eram os mandamentos e os estatutos do Senhor seu DEUS (v. 13), de maneira que não foi deixado nenhum espaço para dúvida se eles deviam guardá-las ou não. Ele não fez assim a nenhuma outra nação (Sl 147.19,20).
3. Ele lhes deu a terra que possuíam, pois lançara fora as nações de diante dos filhos de Israel (v. 8), para lhes dar o espaço. E a expulsão delas por causa de suas idolatrias foi uma advertência tão clara quanto poderia ser dada para Israel não fazer como elas.
II
O que eles fizeram contra DEUS, apesar desses compromissos que Ele colocou sobre eles.
1. Em geral: Eles pecaram contra o Senhor, seu DEUS (v. 7), fizeram coisas que não eram retas (v. 9), mas secretamente. Tão ligados eles estiveram às suas práticas más que quando eles não podiam praticá-las publicamente, por vergonha ou por temor, as praticavam secretamente — uma evidência do seu ateísmo, que eles pensavam que o que era feito secretamente estava oculto aos olhos do próprio DEUS e não seria cobrado. Novamente, eles realizaram coisas iníquas em tal contradição à lei divina que parecia que elas eram feitas para provocarem a ira do Senhor (v. 11), desprezando a autoridade dele e desafiando a sua Justiça. Eles rejeitaram os estatutos e a aliança de DEUS (v. 15), não estavam ligados seja por seu comando ou pelo consentimento que eles mesmos tinham dado à aliança, mas lançaram fora as obrigações de ambos, e por isso DEUS justamente os rejeitou (v. 20). Veja Oséias 4.6. Eles deixaram todos os mandamentos do Senhor, seu DEUS (v. 16), deixaram o caminho, deixaram a obra, no qual aqueles mandamentos os ordenavam e dirigiam. Mais ainda, no fim, eles venderam-se para fazer o que era mal aos olhos do Senhor, isto é, eles se dedicaram completamente ao pecado, como escravos ao serviço daqueles a quem são vendidos, e, por sua persistência obstinada no pecado, endureceram de tal forma seus próprios corações para que finalmente se tornasse moralmente impossível para eles recuperar-se, como alguém que, tendo se vendido, esqueceu seu passado de liberdade.
2. Em particular. Embora sem dúvida eles fossem culpados de muitas imoralidades e tivessem violado todos os mandamentos da segunda tábua, nada está especificado aqui a não ser a sua idolatria. Esse foi o pecado que mais facilmente os envolveu. Esse foi, de todos os pecados, o que mais provocou a DEUS: Foi o adultério espiritual que quebrou a aliança de casamento e serviu de entrada para todas as outras impiedades. Por essa razão é mencionado freqüentemente aqui como o pecado que os arruinou. (1) Eles temeram outros deuses (v. 7), isto é, os adoraram e ofereceram suas homenagens a eles, como se temessem o descontentamento deles. (2) Eles andaram nos estatutos das nações, os quais eram contrários aos estatutos de DEUS (v. 8), fizeram como as nações (v. 11), e seguiram as nações que estavam em roda deles (v. 15), assim prostituindo a honra de sua peculiaridade e frustrando o plano de DEUS a respeito deles, pelo qual deviam distinguir-se das nações. Aqueles que foram ensinados por DEUS devem ir à escola das nações — aqueles que foram reservados para DEUS devem tomar suas medidas das nações que foram abandonadas por Ele? (3) Eles andaram nos estatutos dos idólatras reis de Israel (v. 8), em todos os pecados de Jeroboão (v. 22). Quando seus reis assumiram o poder de alterar e acrescentar às divinas instituições, submeteram-se a eles, e pensaram que a ordem de seus reis os apoiaria em desobediência à ordem de seu DEUS. (4) Eles edificaram para si mesmos altos em todas as suas cidades (v. 9). Se em algum lugar havia apenas a torre do vigia (uma cidade de interior que não tivesse muros, mas apenas uma torre para proteger o vigia em tempo de perigo), ou apenas uma choupana para pastores, devia ser honrado com um lugar alto, e com um altar. Se houvesse uma cidade murada, ela devia ser, além disso, fortificada com um lugar alto. Tendo abandonado o santo lugar de DEUS, eles não conheciam limite no número dos lugares altos, nos quais cada homem seguia sua própria fantasia e dirigia sua devoção ao deus que lhe agradasse. Coisas sagradas foram dessa forma profanadas e tornadas comuns, quando seus altares se tornaram como montões de pedras nos regos dos campos (Os 12.11). (5) Eles levantaram estátuas e imagens do bosque — Asherim (até imagens de madeira, assim pensam alguns que o termo, que traduzimos por bosque, deve ser traduzido), ou Ashtaroth (assim outros) — diretamente contrários ao segundo mandamento (v. 10). Eles serviram a ídolos (v. 12), as obras de suas próprias mãos e criaturas de sua própria fantasia, embora DEUS os tivesse advertido de modo específico a que não fizessem isso. (6) Eles queimaram ali incenso em todos os altos, em honra de deuses estrangeiros, pois isso foi para a desonra do DEUS verdadeiro (v. 11). (7) Eles seguiram a vaidade. Os ídolos são chamados assim porque eles não podiam fazer nem o bem nem o mal, mas eram as coisas mais insignificantes que podiam existir. Aqueles que os adoravam assemelhavam-se a eles e dessa forma se tornavam vaidade e sem valor (v. 16), vaidade em suas devoções, que eram bestiais e ridículas, e assim tornavam-se vãos em toda a sua convivência. (8) Além das imagens fundidas, aqueles dois bezerros, eles se prostraram diante de todo o exército do céu — o sol, a lua e as estrelas: Pois isso não se refere às hostes celestiais de anjos. Eles não tinham se elevado até então acima das coisas sensíveis a ponto de pensar nos anjos. E, além disso, eles serviram a Baal, o herói deificado dos gentios (v. 16). (9) Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas, em sinal da dedicação que faziam deles a seus ídolos. (10) Eles usavam adivinhações e encantamentos, para que pudessem receber orientações dos deuses a quem eles prestavam sua devoção.
III
Que meios DEUS usou com eles para fazê-los sair da suas idolatrias, e com quão poucos resultados. Ele testificou contra eles, mostrou-lhes seus pecados e os advertiu das conseqüências fatais que acarretariam, por meio de todos os profetas e todos os videntes (pois assim os profetas tinham sido anteriormente chamados), e insistiu para se converterem de seus maus caminhos (v. 13). Nós temos lido da existência de profetas, mais ou menos, em cada reinado. Embora eles tivessem abandonado a família de sacerdotes de DEUS, Ele não os deixou sem uma sucessão de profetas, que fizeram sua ocupação ensiná-los o bom conhecimento do Senhor, mas tudo foi em vão (v. 14). Eles não ouviam, antes, se tornaram inflexíveis, persistindo em suas idolatrias, e foram como seus pais, que não curvaram seus pescoços para o jugo de DEUS, porque não creram nele, não receberam suas verdades, nem se aventuraram em suas promessas: isso parece se referir a seus pais no deserto. O mesmo pecado que manteve os pais fora de Canaã expulsou os filhos, e esse pecado foi a incredulidade.
IV
Como DEUS os puniu por seus pecados. Ele se indignou contra eles (v. 18). Pois, no que se refere ao seu culto, Ele é um DEUS zeloso, e não se ressente com nada mais profundamente do que dar aquela honra que é devida apenas a Ele a qualquer criatura. Ele os afligiu (v. 20) e os deu nas mãos dos despojadores, nos dias dos juízes e de Saul, e posteriormente, nos dias da maioria de seus reis, para ver se eles acordariam em função dos castigos divinos, para considerar e emendar seu caminho. Mas, quando todas essas correções não foram bem sucedidas em expulsar a tolice, DEUS primeiramente rasgou a Israel da casa de Davi, sob a qual ele poderia ter sido feliz. Como Judá foi com isso enfraquecido, assim Israel foi, com isso, corrompido. Pois eles fizeram rei a um homem que apartou Israel de seguir o Senhor e os fez pecar um grande pecado (v. 21). Esse foi um julgamento nacional, e a punição de suas idolatrias anteriores. E, finalmente, Ele os tirou de diante da sua face (vv. 18,23), sem lhes dar nenhuma esperança de um retorno do seu cativeiro.
Finalmente, aqui há uma queixa contra Judá no meio de tudo (v. 19): Até Judá não guardou os mandamentos do Senhor; embora eles não fossem tão completamente maus como Israel, mas eles andaram nos estatutos que Israel fizera. E isso agravou o pecado de Israel, porque eles transmitiram sua infecção para Judá (ver Ez 23.11). Aqueles que introduzem o pecado em um país ou família introduzem nele uma praga, e terão que responder por todo dano que se seguir. 2 Reis 17:24-41
Registro das Nações e suas Religiões que Sucederam os Israelitas na Posse da sua Terra - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Nunca uma terra foi perdida, dizemos, por falta de herdeiro. Quando os filhos de Israel foram desapossados e expulsos de Canaã, o rei da Assíria logo transplantou para lá o excedente de seu próprio país, os que ele podia ceder, os quais seriam servos dele e senhores dos israelitas que restaram. E aqui nós temos um relato desses novos habitantes, cuja história é relatada para que possamos nos despedir de Samaria e também dos israelitas que foram levados cativos para a Assíria.
I
A respeito dos assírios que foram introduzidos na terra de Israel, nós somos informados aqui:
1. Que eles possuíram Samaria e habitaram nas suas cidades (v. 24). É comum que as terras mudem de donos, mas é triste que a terra santa se torne uma terra pagã novamente. Veja que obra o pecado faz.
2. Que à sua primeira chegada, DEUS mandou entre eles leões. Provavelmente eles fossem insuficientes para povoarem o país, o que fez com que as feras do campo se multiplicassem contra eles (Êx 23.29). Mas, além da causa natural, houve uma manifesta mão de DEUS nisso, o qual é Senhor dos exércitos, de todas as criaturas, e pode usar para seus propósitos o que quiser, pequenos ou grandes, piolhos ou leões. DEUS lhes ordenou essas severas boas-vindas para reprimir o orgulho e a insolência deles, e para fazê-los saber que, embora tivessem conquistado a Israel, o DEUS de Israel tinha poder suficiente para lidar com eles — que Ele poderia ter evitado o estabelecimento deles aqui, recrutando leões para a proteção de Israel, e que Ele o permitiu, não pela retidão deles, mas pela maldade de seu próprio povo — e que eles estavam agora sob a sua visitação. Eles tinham vivido sem DEUS em sua própria terra, e não foram incomodados por leões. Mas, se eles fizerem isso nessa terra, será para seu próprio risco.
3. Que eles enviaram uma queixa de sua aflição ao rei seu senhor, demonstrando, é provável, a perda que a nova colônia deles tinha sofrido por causa dos leões e o contínuo medo que sentiam deles, e declarando que consideravam que isso era um castigo sobre eles por não adorarem ao DEUS do país, o que não poderiam fazer por não saberem como (v. 26). O DEUS de Israel era o DEUS de todo o mundo, mas, de forma ignorante, eles o chamaram de o DEUS da terra, entendendo-se dessa forma, dentro de seu alcance, e preocupados em estar em boas relações com Ele. Aqui, eles envergonharam os israelitas, que não estavam tão prontos para ouvir a voz dos julgamentos de DEUS como eles estavam, e que não serviram ao DEUS da terra, embora Ele fosse o DEUS de seus pais e o seu grande benfeitor, e embora eles estivessem bem instruídos na maneira de adorá-lo. Os assírios imploraram para serem ensinados naquilo que os israelitas odiaram serem ensinados.
4. Que o rei da Assíria cuidou para que eles fossem ensinados no costume do DEUS da terra (vv. 27,28), não por causa de qualquer simpatia para com aquele DEUS, mas para salvar seus súditos dos leões. Com essa mensagem, ele enviou de volta um dos sacerdotes a quem ele tinha levado cativo. Um profeta lhes teria feito mais bem, pois esse era apenas um dos sacerdotes dos bezerros e, por isso, escolheu habitar em Betel por causa da antiga familiaridade com o lugar, e, embora ele pudesse ensiná-los a que fizessem algo melhor do que tinham feito, provavelmente não lhes ensinaria a fazerem-no bem, a menos que o tivesse ensinado a seu próprio povo. Porém, ele veio e habitou entre eles, para ensiná-los como deviam temer ao Senhor. Se ele os ensinou com base no livro da lei, ou apenas verbalmente, é incerto.
5. Que, sendo assim ensinados, eles criaram uma religião sincretista, adoravam ao DEUS de Israel por temor e a seus próprios ídolos por amor. Ao Senhor temiam, mas a seus deuses serviam (v. 33). Todos eles concordaram em adorar ao DEUS da terra de acordo com o costume, observar as festas e os ritos de sacrifício judaicos, mas cada nação fez, paralelamente, seus próprios deuses, não apenas para seu uso particular em suas famílias, mas para serem colocados nas casas dos altos (v. 29). Os ídolos de cada país são aqui mencionados (vv. 30,31). Os eruditos estão perdidos no que se refere ao significado de vários desses nomes, e não chegam a um acordo sobre as representações sob as quais esses deuses eram adorados. Se pudermos dar crédito às tradições dos doutores judeus, eles nos dizem que Sucote-Benote era adorado em uma galinha e pintinhos, Nergal em um galo, Asima em um bode sem pêlo, Nibaz em um cão, Tartaque em um asno, Adrameleque em um pavão e Anameleque em um faisão. Nossos próprios eruditos nos dizem que, mais provavelmente, Sucote-Benote (que significa as tendas das filhas) era Vênus. Nergal, sendo adorado pelos cutitas, ou persas, era o fogo. Adrameleque e Anameleque eram apenas nomes diferentes de Moloque. Veja como os idólatras eram vãos em suas imaginações e maravilhe-se com a sua estupidez. Nossa grande ignorância a respeito desses ídolos nos ensina a realização daquela palavra que DEUS tinha falado, que todos esses falsos deuses desapareceriam (Jr 10.11). Todos eles estão sepultados no esquecimento, enquanto que o nome do verdadeiro DEUS continuará para sempre. 6. Diz-se aqui que essa superstição misturada continuou até ao dia de hoje (v. 41), até o tempo quando esse livro foi escrito e muito tempo depois, mais de trezentos anos ao todo, até o tempo de Alexandre o Grande, quando Manassés, irmão de Jado, o sumo sacerdote dos judeus, tendo se casado com a filha de Sambalate, governador dos samaritanos, passou por cima deles, conseguiu permissão de Alexandre para construir um templo no monte Gerizim, atraiu muitos judeus até ele, e convenceu os samaritanos a jogarem fora todos os seus ídolos e adorarem apenas ao DEUS de Israel. Mas a sua adoração era misturada com tanta superstição que nosso Salvador lhes disse que eles não sabiam o que adoravam (Jo 4.22).
II
A respeito dos israelitas que foram levados para a terra da Assíria. O historiador tem oportunidade de falar deles (v. 33), mostrando que seus sucessores na terra fizeram o que eles tinham feito (segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados), eles adoraram ao DEUS de Israel e àqueles outros deuses. Mas o que os cativos fizeram na terra de sua aflição? Eles se emendaram e foram trazidos ao arrependimento pelas suas tribulações? Não, eles seguiram o antigo costume (v. 34). Quando as duas tribos foram posteriormente levadas para a Babilônia, elas foram curadas de sua idolatria e, por essa razão, depois de setenta anos, foram trazidas de volta com alegria. Mas as dez tribos foram endurecidas no forno, e por isso com justiça se perderam nele e foram abandonadas para perecerem. Essa obstinação deles é aqui agravada pela consideração:
1. Da honra que DEUS tinha posto sobre eles, como a semente de Jacó, a quem deu o nome de Israel, e de quem eles assim receberam o nome, mas foram uma vergonha para o bom nome que sobre eles foi invocado.
2. Da aliança que Ele fez com eles, e da responsabilidade que lhes impôs aquela aliança, a qual é aqui plenamente recitada, que eles deviam temer e servir apenas ao Senhor Jeová, o qual os tinha feito subir da terra do Egito (v. 36), para que, tendo recebido seus estatutos e ordenança por escrito, eles tivessem cuidado em observar todos os dias (v. 37), e jamais esquecer aquela aliança que DEUS tinha feito com eles, as promessas e as condições daquela aliança, principalmente aquele grande artigo que é repetido aqui três vezes, porque tinha sido freqüentemente inculcado e reforçado, que eles não deviam temer a outros deuses. Ele lhes tinha dito que, se se mantivessem perto dele, Ele os livraria das mãos de todos os seus inimigos (v. 39). Mas quando eles estavam nas mãos de seus inimigos, e necessitaram de libertação, foram tão estúpidos, e tiveram tão pouco senso de seu próprio interesse, que seguiram o antigo costume (v. 40), serviram ao DEUS verdadeiro e aos falsos deuses, como se não soubessem da diferença. Efraim está entregue aos ídolos; deixai-o. Assim eles fizeram e assim fizeram as nações que os sucederam. Bem pode o apóstolo perguntar: Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado (Rm 3.9). A queda e o julgamento de Israel (17.1-41) - Comentário - NVI (F.F.Bruce)
v. 1. Oséias, filho de Elá, o conspirador de 15.30, reinou nove anos, conduzindo uma política desajeitada e fútil, décimo segundo ano do reinado de Acaz (cf. 15.30) sugere que segundo algumas contas o reinado de Acaz foi datado com início em 745/4 (podendo ter acontecido uma co-regência a partir de 734). v. 2. fez o que o Senhor reprova, mas não como os reis de Israel que o precederam', embora o texto não nos relate em que aspectos ele melhorou. Dã estava além do seu controle, mas não há evidências de que Betel ou Samaria tiveram progresso religioso. v. 3. Salmaneser, rei da Assíria ascendeu ao trono em 727 a.C. Oséias fora seu vassalo e lhe pagara tributo como havia feito em relação a Tiglate-Pileser. Um avivamento da influência egípcia depois de um longo silêncio deu aos israelitas quase afogados uma palha de esperança, mas Sô, rei do Egito (atualmente considerado Osorcon IV) era uma esperança falsa (v. 4). O profeta Oséias (7.11; 12.1) comenta de forma mordaz acerca da tolice de um minúsculo enclave samaritano querer negociar com uma potência. O rei Oséias já não pagava mais o tributo, seguindo o exemplo dado pelas cidades fenícias que esperavam que a substituição do rei assírio interrompesse a pressão para o Ocidente. Salmaneser reagiu de forma punitiva contra Oséias e mandou lançá-lo na prisão, provavelmente depois que ele deixou Samaria para defender a sua causa diante do rei. Os samaritanos, agora sem rei, suportaram isso durante três anos (v. 5) — um tributo à habilidade de Onri na escolha do local e de Acabe em fortificá-lo — mas foram finalmente vencidos e os líderes deportados. Salmaneser morreu durante o cerco; assim, Sargão reivindicou a vitória e diz que deportou 27.290 habitantes, deixando “o restante” com um “governador sobre eles”.v. 7. Tudo isso aconteceu porque os israelitas haviam pecado: esse é um resumo da filosofia da história do autor. Todos os fatores econômicos, sociais e políticos, segundo o autor, são resultado da corrupção cultual (v. 8-12) e da negligência dos decretos e da aliança (v. 15) atrelados à sua preocupação saudável pela justiça social. Mais importante do que a força bélica dos assírios foi o fato de os israelitas não terem vivido de acordo com toda a Lei (v. 13). Salomão havia construído o templo esplêndido de Jerusalém, mas também tinha satisfeito os desejos pagãos das suas mulheres estrangeiras (lRs 11.7,8; o v. 8b talvez seja uma referência a ele, entre outros), hesitando entre duas opiniões. Jeroboão I afirmou que o seu novo culto era uma nova expressão da aliança do Êxodo (lRs 12.28), mas na verdade induziu Israel a deixar de seguir o Senhor (v. 21). Os dois ídolos de metal na forma de bezerros (v. 16) tinham mais em comum com a adoração da natureza do que com o Senhor, o seu DEUS, que os tirara do Egito (v. 7) e deu prosseguimento aos excessos do v. 17 — aqui atribuídos tanto ao Norte quanto ao Sul (todos os exércitos celestiais é uma referência a uma prática assíria, mas é mencionada em Am 5.26 no seu protesto contra o Norte).
Judá (v. 13,18,19) deveria ter aprendido, mas o editor posterior observa (v. 19,20) que mais tarde Judá também recebeu o mesmo castigo.
v. 24. O rei da Assíria seguiu a nova prática de recolonizar as terras conquistadas. Isso gerava a mistura gradativa das raças e a erosão do desejo nacionalista de revolta. Os leões (v. 25,26) são interpretados como juízo porque os novos ocupantes não sabiam o que o DEUS daquela terra exige, de modo que um dos sacerdotes de Samaria foi enviado (ou “alguns sacerdotes”, para concordar com o TM “eles”; v. 27) as orientações para ensinar as exigências do deus da terra. O resultado foi a mistura registrada nos v. 29-41. v. 33. Eles adoravam o Senhor, mas também prestavam culto aos seus próprios deuses: um epitáfio para muitas sociedades de hoje. Assim surgiram os samaritanos, ridicularizados e desprezados pelos judeus (a quem JESUS teve de advertir contra uma confusão paralela; Mt 6.24), mas ardentemente orgulhosos de seu elo com Moisés e sua versão do Pentateuco (v. NB D, p. 1.471-3). Fim do Reino do Norte (17:1-41) - Comentário Mesquita (AT)
Examinaremos uma sucessão de fatos de triste recordação, relacionados com os últimos dias de Israel, para vermos a que fim triste foi levada a parte de uma nação que DEUS resgatou do Egito com tanta esperança e tantos prognósticos bons. Foi como se uma sorte triste e maléfica trabalhasse para destruir tudo o que DEUS mesmo tinha construído. A história é implacável: o Diabo tem nela o seu melhor papel.
1) Oséias, o último rei. 1
A situação no Levante era nesta quadra tristemente deplorável. Os políticos não se entendiam e os poderes maiores ao redor disputavam a supremacia das nações. Oséias foi elevado ao trono de Samária sob os auspícios da Assíria, mesmo porque nenhuma grande atitude poderia ser tomada em Samária sem ouvir-se o grande senhor da Assíria. Entretanto, Oséias, para se livrar de Salmanasar, sucessor de Tiglate-Pileser, aliou-se a outro rei estrangeiro, nem melhor nem pior, por nome Só, do Egito, tendo deixado de pagar os tributos ao rei da Assíria (17:4). Era uma troca de pouca valia ou mesmo perigosa. O Egito estava muito ao sul e qualquer possível ajuda chegaria tarde demais, porque a Assíria estava ali à mão. Entretanto, estes arranjos eram naturais; qualquer rei vassalo gostaria de sair das mãos do seu senhor. As negociações de Oséias com Só, do Egito, chegaram aos ouvidos de Salmanasar que veio a Samária, jogou Oséias no cárcere, cercou a cidade por três anos, até a sua queda. O que se passou dentro dos muros de Samária está longe de ser posto nesta página. Podemos apenas imaginar uma cidade cercada, de onde ninguém saía nem entrava durante três anos. Enquanto isso, o seu rei estava sob grilhões. Finalmente em 722, Samária rendeu-se, ou caiu, e dela só restavam esqueletos de mortos e vivos esqueléticos. Foi uma resistência heróica, só tendo paralelo em Judá, quando os romanos em 70 sitiaram a cidade e a tomaram para sempre. O melhor relato da história desta malfadada cidade é-nos contada pelo mesmo Salmanasar, quando diz que levou para as regiões da Assíria (27-29) homens e mulheres, reequipou a cidade com cinqüenta carros de sua real guarda, etc. Foi esta a primeira deportação que a história chama a diáspora. O povo do norte, não apenas os samaritanos, foi levado para as regiões de Babilônia e outras áreas, já conquistadas pelos assírios. Quando mais tarde Judá foi deportado pelos babilônios em 586 encontrou seus irmãos do norte estabelecidos nas cidades do Império Assírio. É com profunda mágoa que o escritor evangélico contempla o quadro agora desenhado aos seus olhos de historiador.
1. Depois da morte de Tiglate-Pdeser III, Oséias entrou em confabulações com o Egito para se livrar do domínio assírio, mas Salmanasar V revidou imediatamente e cercou a cidade até que caiu em poder de Sargão II, em 722 a.C.
2) Recapitulação da História.
O autor de Crônicas não se deteve a examinar as conseqüências da queda de Samária. Passou logo ao reino de Ezequias, mas nós não podemos olvidar o que nos diz o autor de Reis em 17:7-23. Vejamos as causas desta grande desgraça que se abateu sobre a maior parte do povo de Israel:
a) Não foram fiéis aos motivos, causa da libertação da mão do rei do Egito (v. 7). DEUS tirou esta gente ingrata da mão de Faraó, para constituir um povo especial e santo. Não corresponderam eles ao ideal, corromperam-se e destruíram a obra de DEUS.
b) Andaram nos estatutos das nações vizinhas. Desde a entrada na terra em 1400 até agora, 722, foram 678 anos de luta para que o povo se convencesse que DEUS só há um, e os ídolos das nações eram laços para eles. Se voltarmos a estudar Josué, Juízes até aqui, que vemos? Uma contínua reincidência no pecado da idolatria (.17:12).
c) DEUS advertiu o povo por meio dos seus profetas e juízes a que evitassem contato com os povos da terra, mas sem efeito. "Não deram ouvidos; antes endureceram a sua cerviz" (v. 14). Foi uma obstinação pertinaz e desafiadora contra DEUS, para cuja situação não se encontra explicação.
d) Rejeitaram os estatutos divinos e se apegaram às imagens dos povos que tinham por missão conquistar (15-16). Por muitas vezes temos feito referências ao cananeísmo, a influência que estas nações exerciam contra o povo recém-introduzido na terra. Eram os aserás, os ídolos-postes, os baalins, os altos, os moloques e toda uma coorte de imagens de fundição que fizeram a desgraça desta gente.
e) Pior que tudo, queimaram seus próprios filhos a Moloque, o deus dos amonitas, deram-se a toda sorte de advinhações (v. 17), como faziam os povos que não tinham conhecido o DEUS verdadeiro. Isto depois de lhes serem enviados profetas como Amós, Oséias e tantos outros, tudo em pura perda.
f) Não apenas Israel, mas Judá estava incurso em grande parte das penalidades dos seus irmãos do norte, pois foi por causa da idolatria de Salomão, que a nação foi dividida, e de cuja divisão não adveio lucro algum. Parece que tudo conspirava contra a obra de DEUS. Nós, que apenas estudamos história e vemos os fatos à sua luz, sentimo-nos escandalizados da falta de bom senso e juízo por parte de reis e políticos, povo graúdo e miúdo, por tanta ignorância das coisas de DEUS. O fim ai está para escarmento dos leitores da Bíblia.
3) Os estrangeiros em Samária.
O problema samaritano chegou até os dias de JESUS. A política dos governantes da Assíria era destruir a nacionalidade e com isso evitar revoluções e insubmissões. Despovoado o Reino do Norte, os reis conquistadores trouxeram para Samária e seus arredores povos de outras áreas conquistadas. Assim haveria uma caldeação de povos sem pátria, sem deuses, sem governos. Um povo amorfo, política e religiosamente. Estas gentes mal alinhadas, cada qual procuraria continuar a sua vida de outros lugares, de onde tinham sido trazidos, tentando praticar inclusive a sua religião. É isso que nos ensina o verso 29: as nações faziam cada uma o seu próprio DEUS. De modo geral, porém, adotaram os costumes e religião da terra. Diz o verso 25: " ... no princípio da sua habitação ali, não temeram ao Senhor; e o Senhor mandou entre eles leões, que mataram alguns deles." Houve queixa ao rei dos assírios de que a presença das feras era porque não conheciam o DEUS da terra. Foi então mandado para lá um dos sacerdotes que habitou em Betel e lhes ensinou a religião do povo do lugar. Resultou disso outro problema, o chamado samaritanismo, a mistura da religião dos povos trazidos para Samária e outras cidades com a religião de Israel.
2. Durante o cerco de Samária Salmanasar V morreu inesperadamente e Sargão Il assumiu o poder e manteve o cerco até a queda da cidade, em 722 a.C.
O Sistema Político Assírio
O sistema político adotado pelos assírios, destruindo as nacionalidades, não deve ser entendido como uma destruição em massa do povo. Nesta época a maioria das nações era governada ou dominada por um pequeno número de famílias, que em Judá se chamam de príncipes e que Moffat traduziu por "nobres". Era esta gente que dominava. Em Roma eram os patrícios; em Judá eram os príncipes; em Israel eram os chefes guerreiros. O que Sargão teria então feito foi destruir estes núcleos dominantes, levando-os para outras terras. Assim estaria suprimida a possibilidade de levantes, porque o vulgo nunca tinha tido oportunidade de opinar nas coisas do Estado e não se preocuparia muito com quem estava dominando, visto como sempre tinham sido dominados (II Reis 24:14, 25:12). O mesmo sistema foi usado mais tarde pelos babilônios, sistema que deu certo, segundo os seus desígnios, deles. Não havendo chefes políticos, o povo facilmente se acomodaria à nova situação. No Estado nortista, já o povo estava acostumado a esse sistema desde os dias de Bene-Hadade I e II, com as suas incursões na Jordânia e nas cidades mais ao norte. A dispersão provocada por Sargão, talvez começada por Salmanasar, seria então um quase ato de rotina. Esta pobre gente não sabia o que era anoitecer e amanhecer em sua casa e em sua vinha. Parece que em Samária a deportação foi pequena (17:6; II Crôn. 30:6). De qualquer modo, esta mistura de gente determinou o aparecimento de uma nacionalidade mista, em que elementos israelitas se haviam misturado com elementos de outras terras, formando-se um amálgama étnico, sem nenhum sentido de nacionalidade. Era justamente isso que os conquistadores desejavam para acabar, de vez, com as revoltas tão freqüentes.
Quando Eadras mais tarde voltou do cativeiro, encontrou os próprios judeus casados com gentias como se a coisa fosse perfeitamente normal. Sacerdotes e levitas foram, ao que parece, os primeiros a contraírem estas núpcias, o que para eles seria coisa muitíssimo natural (veja Esdras 9, 10). Para o puritano Esdras era uma infração terrível da lei de DEUS, pois a ordem antiga tinha sido não ter piedade nem misericórdia dessa gente corrompida, e tais uniões impossibilitariam a construção de um povo puro e separado. O problema na volta do cativeiro, no tocante ao povo de Samária, foi justamente este: separar os judeus dos povos de outras origens. Conhecemos a luta sustentada por Esdras e Neemiaa para evitarem a mistura do seu povo com esta gente, que a princípio desejava até cooperar na construção do templo e, como fosse barrada nesse desejo, intrigou os judeus com os dominantes persas, ao ponto de ser parada a obra nos dias de Assuero, talvez o Cambises ou o falso Smerdis.
Nos dias de JESUS, esta raça misturada ainda existia e estava totalmente separada dos judeus puros. Veja-se o colóquio de JESUS com a mulher de Samária, junto ao poço de Jacó (João 4).
Acreditam os críticos que as diferenças entre o Pentateuco Samaritano e o de Moisés devem-se ao esforço de fazer concordar a lei dos samaritanos com a mistura racial, e que tornou os dois pentateucos totalmente diferentes. A critica a este problema não cabe aqui; apenas mencionamos o fato de passagem. Em II Reis 17:24-41 encontram- se a gênese desta política e suas complicações. Os assírios trouxeram de Babilônia os deuses dos povos que para ali tinham sido transplantados. O aparecimento de feras devorando o povo foi entendido como um castigo de DEUS, porque não estavam observando a lei do DEUS da terra. Então o rei da Assíria determinou que um levita ou sacerdote fosse mandado para ensinar ao povo a lei de DEUS, conforme o texto mencionado. Igualmente fizeram deuses para cada povo, de maneira que o culto de alguns samaritanos se misturou com o culto destas divindades, formando-se um sistema religioso que durou séculos. Deuses dos povos de Hamate, Serarvaim, Sucote, Benote, Cuta e de outros povos passaram a ser adorados em Samária e outras cidades no norte, ao lado do culto de Jeová que continuaria a ser praticado por alguns fiéis restantes. A declaração de II Reis 17:34-41 é muito clara quanto a esta mistura de religiões, o que nos leva a considerar uma situação totalmente estranha aos destinos do povo eleito. Isto, todavia, vinha de longe, desde os dias de Jeroboão I.
Com esta determinação oficial, estava destruída toda a possibilidade de manter o resto do povo do norte, perto dos usos e costumes dos judaítas. Daqui em diante, a história tem de ser estudada e interpretada à luz desta nova situação. Em nosso estudo de Crônicas voltaremos a examinar, de passagem, esta situação.
Discute-se a quem cabe a glória da conquista de Samária, se a Salmanasar V ou a Sargão II. De fato, o cerco foi iniciado por Salmanasar, mas, por sua morte e subida ao poder do grande Sargão, a este coube a glória de haver posto fim a um reino considerado rebelde, segundo os princípios dominantes da época.
Quando o apóstolo Paulo e seus companheiros visitaram a Ásia Menor e Europa, encontraram por toda parte grupos de judeus com as suas sinagogas, onde o mesmo apóstolo lhes pregava o evangelho. Estes judeus eram o remanescente dos que foram levados por Sargão II para os territórios por ele conquistados. Durante os anos, estes judeus tornaram-se muito importantes e mesmo ricos, dominando cidades inteiras. Tornaram-se comerciantes e nesta atividade atingiram o mundo de então. Roma era um grande centro judaico, como era o Egito. Em grande parte, a vida no Império Romano era dominada por eles. Não obstante terem sido disperses, não se perderam como aconteceu com os outros povos. Apesar de todo o mal praticado, continuaram sendo o povo de DEUS. A mesma coisa aconteceu quando Jerusalém foi destruída pelos romanos em 70, da nossa era. Foram espalhados pelo mundo, mas não se perderam. Esta é a lição que vale até nossos dias. SUBSÍDOS GERAIS DA Lição 10, O Cativeiro de Israel:Reino do Norte OBJETIVO GERAL
Compreender que nossas transgressões nos afastam de DEUS.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Destacar as injustiças cometidas por Israel;
Ressaltar a insistência de Israel no pecado da idolatria;
Salientar o sincretismo em Samaria.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
DEUS sempre abominou o sincretismo religioso no meio do seu povo; porque nele a verdade de DEUS se mistura com a mentira da idolatria. No sincretismo, partes das crenças e dos rituais de religiões distintas são combinadas em uma só prática.
Escreva no quadro ou prepare um slide com a seguinte proposição: "O que representa o sincretismo religioso nos dias de hoje?" Recomponha sua classe em três ou quatro grupos. Cada grupo deverá relatar um episódio bíblico em que o sincretismo se evidencia, e relacioná-lo à realidade de hoje, em muitos segmentos religiosos. Depois, reúna os grupos e analise com eles todas as respostas.
PONTO CENTRAL - O Senhor disciplinou Israel através de sua misericórdia e justiça. SÍNTESE DO TÓPICO I - Nossa natureza pode produzir perversão e maldade, porém, cabe a nós combater essas atitudes dia a dia e extingui-las de nossas vidas
SÍNTESE DO TÓPICO II - O Senhor não divide a sua glória com ninguém. Quando colocamos algo ou alguém acima de DEUS, o desonramos.SÍNTESE DO TÓPICO III - A mistura entre os povos, suas culturas e religiões podem enfraquecer a fé e a doutrina.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICOTOP1
O professor deve ser capaz de escolher, usar e eventualmente desenvolver métodos de ensino. Há dois componentes nessa tarefa. Primeiro, o docente deve ser capaz de trabalhar de forma independente com os métodos pedagógicos habituais, abrangendo os seguintes componentes: objetivos, conteúdo, recursos, modo de operar, formas de prover acompanhamento, organização de ensino e avaliação. Segundo, também deve conhecer as diversas formas de se conceber um método pedagógico.
Espera-se do professor que:
• Escolha objetivos pedagógicos e didáticos coerentes com a sua identidade, seu trabalho e com o programa de sua Escola Dominical;
• Escolha e maneje com eficácia as diferentes formas de trabalho e atividades didáticas;
• Conheça diferentes tipos de métodos pedagógicos;
• Assegure um bom manejo de classe.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO TOP2
“A Aversão de DEUS à Idolatria. DEUS não tolerará nenhuma forma de idolatria.
(1) Ele advertia frequentemente contra ela no AT. (a) Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à adoração a qualquer deus que não seja o Senhor DEUS de Israel (ver Êx 20.3,4 notas). (b) Esta ordem foi repetida por DEUS noutras ocasiões (e.g., Êx 23.13,24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2 Rs 17.35,37,38). (c) Vinculada à proibição de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Êx 23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).
(2) A história dos israelitas foi, em grande parte, a história da idolatria. DEUS muito se irou com o seu povo por não destruir todos os ídolos na Terra Prometida. Ao contrário, passou a adorar os falsos deuses. Daí DEUS castigar os israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio sobre eles. (a) O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que eles deixaram de conquistar. DEUS permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava ao Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo. (b) A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase dois séculos. Finalmente, a paciência de DEUS esgotou-se e Ele permitiu que os assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2 Rs 17.6-18). (c) O Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a DEUS, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, a idolatria se arraigou na nação de Judá (2 Rs 21.1-11). Como resultado, DEUS disse, através dos profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser destruída (2 Rs 21.10-16). A despeito dessas advertências, a idolatria continuou (e.g., Is 48.4-5; Jr 2.4-30; 16.18-21; Ez 8) e, finalmente, DEUS cumpriu a sua palavra profética por meio do rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo e saqueou a cidade (2 Rs 25).
(3)O Novo Testamento também adverte todos os crentes contra a idolatria. (a) A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece abertamente nas falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas dão lugar à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em DEUS somente. Finalmente, ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que, a um só tempo, poderão servir a DEUS, desfrutar da experiência da salvação e as bênçãos divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do mundo. (b) Daí, o NT nos admoestar a não sermos cobiçosos, avarentos nem imorais” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.447).
CONHEÇA MAIS TOP3
“Houve tirania e inaptidão no governo [...], irresponsabilidade na política fiscal, falta de sabedoria nas relações internacionais e nas alianças várias vezes estabelecidas, lutas de classes, crimes, violência e uma série de outras enfermidades que adoeceram Israel e Judá em todos os seus segmentos. É um milagre que estas nações tenham durado todo aquele tempo. Pode-se concluir com os profetas que isto só foi possível pela misericórdia e amor de DEUS, que lembrava-se de seu pacto, apesar do esquecimento do povo.” Para saber mais leia: História de Israel no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 414
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO TOP3
“Israel é levada cativa. Finalmente, Israel teve de pagar pelos seus pecados. DEUS permitiu que a Assíria derrotasse e dispersasse o povo. Eles foram levados em cativeiro, engolidos pelo poderoso e ímpio Império Assírio. O pecado sempre traz disciplina, e as consequências do pecado são, às vezes, irreversíveis.
O Senhor julgou o povo de Israel, porque ele havia copiado os maus costumes das nações vizinhas, adorando falsos deuses, adotando costumes pagãos, e seguindo seus próprios desejos. Aqueles que criam sua própria religião tendem a viver de maneira egoísta. E viver para si mesmo, como Israel aprendeu, traz sérias consequências da parte de DEUS. Às vezes, seguir a DEUS é difícil e doloroso, mas considere a alternativa. Você pode morrer com DEUS, ou morrer sozinho. Decida ser uma pessoa de DEUS, e fazer o que ele diz, independentemente do custo que isso lhe traga. O que DEUS pensa a seu respeito é infinitamente mais importante do que pensam os que estão à sua volta.
A destruição veio a Israel, tanto por causa de seus pecados públicos como pelos secretos. Os israelitas não apenas toleravam a iniquidade e a idolatria em público, como cometiam pecados ainda piores em particular. Os pecados secretos são aqueles que não desejamos que os outros conheçam, porque são vergonhosos ou incriminadores” (Veja Rm 12.1-2; 1 Jo 2.15-17)” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.830).
PARA REFLETIR - A respeito de “O Cativeiro de Israel: Reino do Norte”, responda:
Em que consistiu a traição do rei Oseias ao reino assírio? Oseias buscou apoio do Egito e interrompeu o pagamento dos tributos ao seu reino assírio.
Em que período ocorreu o cativeiro de Israel? O cativeiro de Israel ocorreu durante o reinado do rei Oseias.
De que forma DEUS mostrou seu amor pelo povo escolhido? DEUS usou a vida conjugal do profeta Oseias como metáfora para ilustrar o que estava acontecendo no relacionamento entre DEUS e Israel.
Quais paradigmas JESUS quebrou com a parábola do Samaritano? Os Paradigmas das falsas, religiosidade e espiritualidade.
Qual foi a maneira drástica, porém, misericordiosa e amorosa, de DEUS retornar seu povo ao conchego do seu amor? DEUS conduziu o povo de Israel ao cativeiro e à dispersão.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 86, p. 41.
fonte http://www.apazdosenhor.org.br