Lição 7, O Ministério de Eliseu

Lições Bíblicas - 3º Trimestre de 2021 - CPAD - Para adultos

Tema: O Plano de DEUS para Israel em meio à Infidelidade da Nação, As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel
Comentário: Pr. Claiton Pommerening
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Henrique
 
 
 
 
Lição 7, O Ministério de Eliseu
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TEXTO ÁUREO
“E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do SENHOR, para que consultemos ao SENHOR por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias.” (2 Rs 3.11)
 
 
VERDADE PRÁTICA
DEUS usou, e ainda usa, seus servos para realizar milagres. Basta ter fé e confiança no Senhor, que Ele opera maravilhas.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 28.8,9 Aquele que obedece a DEUS será abençoado e desfrutará da provisão divina
Terça - Jo 21.25 JESUS operou muitos milagres na vida daqueles que criam nEle
Quarta - At 19.11,12 Assim como DEUS fez milagres através de Eliseu, também faz no tempo da graça
Quinta - Sl 77.11,12 O Salmista nos aconselha a meditar sobre os prodígios e maravilhas que DEUS faz
Sexta - Fp 4.19 DEUS supre as necessidades de seus filhos
Sábado - Mt 6.26,33 DEUS deseja prover para os seus mais do que o alimento

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Reis 3.5,9-11,14-18; 4.1-7,38-41
2 Reis 3
5 - Sucedeu, porém, que, morrendo Acabe, se revoltou o rei dos moabitas contra o rei de Israel.
9 - E partiu o rei de Israel, e o rei de Judá, e o rei de Edom; e andaram rodeando com uma marcha de sete dias, e o exército e o gado que os seguia não tinham água. 10 - Então, disse o rei de Israel: Ah! Que o SENHOR chamou a estes três reis, para os entregar nas mãos dos moabitas. 11 - E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do SENHOR, para que consultemos ao SENHOR por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias.
14 - E disse Eliseu: Vive o SENHOR dos Exércitos, em cuja presença estou, que, se eu não respeitasse a presença de Josafá, rei de Judá, não olharia para ti nem te veria. 15 - Ora, pois, trazei-me um tangedor. E sucedeu que, tangendo o tangedor, veio sobre ele a mão do SENHOR. 16 - E disse: Assim diz o SENHOR: Fazei neste vale muitas covas. 17 - Porque assim diz o SENHOR: Não vereis vento e não vereis chuva; todavia, este vale se encherá de tanta água, que bebereis vós e o vosso gado e os vossos animais. 18 -E ainda isto é pouco aos olhos do SENHOR; também entregará ele os moabitas nas vossas mãos.
2 Reis 4
1 - E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos. 2 - E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. 3 - Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos. 4 - Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio. 5 - Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia. 6 - E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou. 7 - Então, veio ela e o fez saber ao homem de DEUS; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.
38 - E voltando Eliseu a Gilgal, havia fome naquela terra; e os filhos dos profetas estavam assentados na sua presença; e disse ao seu moço: Põe a panela grande ao lume e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas. 39 - Então, um saiu ao campo a apanhar ervas, e achou uma parra brava, e colheu dela a sua capa cheia de coloquíntidas; e veio e as cortou na panela do caldo; porque as não conheciam.
40 - Assim, tiraram de comer para os homens. E sucedeu que, comendo eles daquele caldo, clamaram e disseram: Homem de DEUS, há morte na panela. Não puderam comer. 41 - Porém ele disse: Trazei, pois, farinha. E deitou-a na panela e disse: Tirai de comer para o povo. Então, não havia mal nenhum na panela.
 
 
Comentários BEP - CPAD
3.15 TANGENDO O TANGEDOR. Tratava-se de um harpista. A música da harpa ajudou a afastar toda distração e incredulidade do ambiente em torno de Eliseu, predispondo seu espírito a receber a revelação da parte do Senhor.
4.1 UMA MULHER... DOS FILHOS DOS PROFETAS. Os atos milagrosos de Eliseu, registrados no cap. 4, apresentam verdades espirituais surpreendentes. A narrativa da viúva com seus dois
filhos revela que Deus cuida dos seus fiéis quando estão em necessidade e aflição. A viúva com os filhos representam o povo de Deus quando estão em abandono e opressão. Tanto no AT como no NT, a compaixão pelos necessitados e o cuidado por eles são evidência da fé genuína em Deus e da verdadeira piedade (Êx 22.22-24; Dt 10.18; 14.29; Jó 29.12; Tg 1.27).
4.38-44 HAVIA FOME NAQUELA TERRA. Essas duas narrativas sobre os "filhos dos profetas" ilustram a verdade de que "os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar a sua alma da morte e para os conservar vivos na fome" (Sl 33.18,19). Quem permanece fiel à Palavra de Deus, permanece sob os cuidados especiais do Senhor (cf. Mc 16.18).
4.39 A APANHAR ERVAS. Bem diferente da vida abastada dos ricos, o modo de vida dos "filhos dos profetas" (ver 1 Rs 20.35 nota) era simples, compreendendo serviço fiel e abnegação (2 Co 4.7-12; 6.4-10).


Resumo da Lição 7, O Ministério de Eliseu
I – ELISEU SALVA TRÊS REIS E SEUS EXÉRCITOS
1. Reis bons e maus.
2. Três reis vão à guerra contra os moabitas.
3. A predição de Eliseu se cumpriu.
II – ELISEU AUMENTA O AZEITE DA VIÚVA
1. A situação das viúvas em Israel.
2. Uma única botija de azeite foi suficiente para DEUS operar o milagre.
3. Fé, obediência e família unida.
III – A MORTE QUE HAVIA NA PANELA
1. A escola de profetas.
2. A morte na panela.
 
 
 
 
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
2 Reis 3:5-9
O Caráter de Jorão, Rei de Israel, e a Guerra Contra Moabe

Naquela época, as riquezas dos reis se apresentavam mais em gado do que em moeda, e eles pensavam não estar abaixo deles conhecer o estado das próprias ovelhas e do gado, porque, como Salomão observa, as riquezas não duram para sempre (Pv 27.23,24). Então, os impostos não eram pagos tanto em dinheiro, mas em artigos do país, o que era uma comodidade para o súdito, fosse uma vantagem para o príncipe ou não. A revolta de Moabe foi uma grande perda para Israel, mas Acazias permaneceu indolente e despreocupado. Mas uma câmara superior em sua casa mostrou-se tão fatal para ele quanto os lugares altos do campo podiam ser (1.2), e o fato de haver caído das grades colocou no seu trono um homem de temperamento mais ativo, que não perderia o domínio sobre Moabe sem fazer ao menos uma tentativa de preservá-lo.
 
 
2 Reis 3:6-19
Os Aliados de Jorão e a Consulta ao Profeta Eliseu

Tão logo Jorão pegou o cetro em sua mão, tomou da espada para submeter Moabe. As coroas trazem grandes preocupações e riscos para as cabeças que as usam. Tanto na honra quanto na guerra. Aqui, nós temos:
I
O acerto dessa expedição entre Jorão, rei de Israel, e Josafá, rei de Judá. Jorão mobilizou um exército (v. 6), e ele tinha tal opinião do piedoso rei de Judá que:
1. O procurou para que fosse seu aliado: Irás tu comigo à guerra contra os moabitas? E obteve a sua colaboração. Josafá disse: Subirei e serei como tu (v. 7). Judá e Israel, embora infelizmente divididos um do outro, ainda podem se unir contra Moabe, um inimigo comum. Josafá não os reprova pela revolta que fizeram à casa de Davi, nem faz como um artigo da sua aliança que voltem a se submeter a ela, embora tivesse um bom motivo para insistir nisso, mas trata com Israel como se fosse um reino irmão. Aqueles que nunca conseguem encontrar em seus corações o perdoar e esquecer uma velha injúria, e se unir àqueles que anteriormente violaram seus direitos, não são amigos de sua própria paz e força. Quod initio non valuit, tractu temporis invalescit — Aquele que originalmente foi destituído de autoridade, com o passar do tempo a adquire.
2. Ele o consultou como seu confidente (v. 8). Ele pediu conselho a Josafá, que era mais sábio e experiente do que ele, a respeito de que caminho eles deveriam tomar no ataque ao país de Moabe. E ele aconselhou que eles não deviam marchar contra Moabe pelo caminho mais próximo, cruzando o Jordão, mas darem a volta pelo caminho do deserto de Edom, para que pudessem levar o rei de Edom (que era tributário de Josafá) e suas forças com eles. Se dois for melhor do que um, muito mais o será o cordão de três dobras, que não se quebra tão depressa. Josafá poderia ter pago caro por haver se juntado a Acabe, mas se aliou ao seu filho, e essa expedição, de forma semelhante, poderia ser fatal para ele. Não se ganha nada ao se estar unido com incrédulos.
II
As grandes dificuldades a que o exército dos confederados foi submetido nessa expedição. Antes de verem o rosto de um inimigo, todos eles correram o risco de perecerem por falta de água (v. 9). Isso devia ter sido considerado antes de arriscarem uma marcha pelo deserto, o mesmo (ou perto dele) onde os seus ancestrais sofreram a falta de água (Nm 20.2). Deus tolera o seu povo quando, pela sua própria imprudência, traz aflição para si mesmo, para que a sabedoria, o poder e a bondade da sua providência possam ser glorificados no socorro que Ele lhes trouxer. Em Israel a água tem grande valor. É bebida para todos os animais do campo (Sl 104.11). A falta dela rapidamente abate e arruína reis e exércitos. O rei de Israel lamentou com tristeza a angústia presente e o iminente perigo em que ele os colocou de caírem nas mãos dos seus inimigos, os moabitas, para quem, quando enfraquecidos de sede, seriam uma presa fácil (v. 10). Fora ele quem chamara a estes três reis. Mas atribui isso à Providência de DEUS e o acusa de crueldade: O Senhor os chamou. Assim, a estultícia do homem perverterá o seu caminho, e então o seu coração se irará contra o Senhor (Pv 19.3).
III
O bom gesto de Josafá de pedir o conselho de Deus nesse aperto (v. 11). O lugar onde estavam agora só podia fazê-los recordar as maravilhas que seus pais lhes haviam contado, as águas que brotaram da rocha para o abastecimento oportuno de Israel. Podemos supor que a lembrança disso encorajou Josafá a perguntar: Não há aqui algum profeta do Senhor, como Moisés? Ele estava mais preocupado porque foi por causa do seu conselho que eles empreenderam essa volta pelo deserto (v. 8). Era bom que Josafá consultasse o Senhor agora, mas teria sido muito melhor se o tivesse feito mais cedo, antes de se engajar nessa guerra, ou tomar esse curso. Assim, a aflição podia ter sido evitada. Os bons homens às vezes são remissos e esquecidos e negligenciam seus deveres até que a necessidade e a aflição os levem a eles.
IV
Eliseu recomendado como uma pessoa adequada para eles consultarem (v. 11). E aqui podemos nos admirar:
1. Que Eliseu seguisse o acampamento, principalmente em uma marcha tão tediosa como essa, como um voluntário, não solicitado e nem percebido, e em nenhum posto de honra. Não no papel de sacerdote da guerra (Dt 20.2) ou de presidente do conselho de guerra, mas em tal obscuridade que nenhum dos reis sabia que tinham tal jóia nos tesouros do seu acampamento, nem tão bom amigo em sua comitiva. Podemos supor que foi por direção especial do céu que Eliseu compareceu à guerra, como carros de Israel e seus cavaleiros. Assim Deus antecede o seu povo com as bênçãos da sua bondade e provê seus oráculos para aqueles que não os provêem por si mesmos. Seria sempre mal para nós se Deus não tivesse mais cuidado de nós, da alma e do corpo, do que temos de nós mesmos.
2. Que um servo do rei de Israel soubesse que ele estava ali quando o próprio rei não sabia. Provavelmente era um servo como Obadias fora para o seu pai Acabe, alguém que temia ao Senhor. A tal pessoa Eliseu se revelou, não aos reis. O relatório que o servo dá de Eliseu é que era ele que deitava água sobre as mãos de Elias, isto é, fora seu servo e particularmente o atendia quando lavava as suas mãos. Que aquele que será grande aprenda a servir. Que aquele que crescerá tanto comece humilde.
CREIO QUE ELISEU ESTAVA HABITANDO POR ALI PERTO (OBS. Pr. Henrique)
V
O pedido que os reis dirigiram a Eliseu. Eles desceram a ele até onde ele estava (v. 12). Josafá tinha tanta consideração por um profeta com o qual estava a palavra do Senhor que ele se dignava a visitá-lo em pessoa e não fazê-lo através de um mensageiro. Os outros dois eram movidos pelo aperto em que estavam a procurar o profeta. Aquele que havia se humilhado agora estava exaltado, e pareceu grande, quando os três reis vieram bater à sua porta e pedir a sua ajuda (ver Ap 3.9).
VI
A hospitalidade que Eliseu lhes concedeu.
1. Ele foi muito franco com o rei pecador de Israel (v. 13): “Que tenho eu contigo? Como podes tu esperar uma resposta de paz vinda de mim? Vai aos profetas de teu pai e aos profetas de tua mãe, a quem tens apoiado e mantido em tua prosperidade, e que eles te ajudem agora em tua aflição”. Eliseu não estava enganado, como estava Josafá, pela reforma parcial e hipócrita que Jorão fizera. Eliseu sabia que, embora ele tivesse tirado a estátua de Baal, os profetas de Baal ainda lhe eram caros, e talvez alguns deles estivessem agora no seu acampamento. “Vai”, diz ele, “vai a eles, clama aos deuses que escolheste (Jz 10.14). O mundo e a carne têm te governado, que eles te ajudem. Por que Deus deve ser interrogado por ti?” (Ez 14.3).
2. Eliseu lhe diz pessoalmente, sentindo santa indignação pela sua maldade, que dificilmente teria disposição em olhar para ele ou vê-lo (v. 14). Jorão deve ser respeitado como um rei, mas como um homem pecador ele é uma pessoa vil, e deve ser desprezado (Sl 15.4). Eliseu, como um súdito, o honrará, mas como um profeta, o fará saber da sua iniqüidade. Pois era adequado àqueles que tinham tal comissão extraordinária (embora não fosse para as pessoas comuns) dizerem a um rei: Oh! Ímpio! (Jó 34.18). Jorão tem tanto domínio de si próprio a ponto de aceitar esse comportamento sincero pacientemente. De fato, ele se considera indigno, mas não permite que outros reis sejam arruinados por sua causa.
3. Eliseu mostrou um grande respeito ao piedoso rei de Judá, Josafá, respeitou sua presença, e, por sua causa, consultaria ao Senhor por todos eles. É bom estar com aqueles que têm o amor de Deus e o amor do seu profeta. Os ímpios freqüentemente passam melhor com a amizade ou sociedade daqueles que são piedosos.
4. Ele se dispôs a receber instruções de Deus. Sua mente ficou relativamente irritada e perturbada ao ver Jorão. Eliseu mandou chamar um músico para entrra numa atmosfera de adoração a DEUS (v. 15), um músico devoto, alguém acostumado a tocar harpa e a cantar salmos. Invocou assim a presença de DEUS. Estando Eliseu com seu espírito unido a DEUS pela adoração, veio sobre ele a mão do Senhor, e a sua visita lhe deu maior honra do que a daqueles três reis.
5. Por meio dele, Deus lhes assegurou que o resultado da presente aflição seria confortador e glorioso.
(1) Eles seriam rapidamente supridos com água (vv. 16,17). Para testar a fé e a obediência deles, ele lhes ordena que façam neste vale muitas covas para receberem água. Aqueles que esperam pelas bênçãos de Deus devem preparar lugar para elas, cavar covas para que as chuvas as encham, como fizeram no vale de Baca, de maneira que fizeram daquele uma fonte (Sl 84.6). Para aumentar-lhes o espanto, Eliseu lhes diz que terão água suficiente e que, todavia, não verão nem vento e nem chuva. Elias, pela oração, obteve água das nuvens, mas Eliseu a fez sair ninguém sabe de onde. A fonte dessas águas será tão secreta como a nascente do Nilo. Deus não está atado a causas secundárias. Geralmente, é com chuva abundante que Deus conforta a sua herança (Sl 68.9), mas aqui isso se realiza sem chuva, pelo menos sem chuva naquele lugar. É provável que algumas das fontes profundas brotaram nessa ocasião. E para aumentar o milagre, apenas aquele vale (ao que parece) se encheu de água e nenhum outro lugar mais.
(2) Aquele abastecimento seria um sinal da vitória (v. 18): “E ainda isto é pouco aos olhos do Senhor. Vós não sereis apenas salvos de perecerem, mas retornareis em triunfo”. Como Deus dá livremente ao indigno, assim Ele concede ricamente, como a Si mesmo, mais do que podemos pedir ou pensar. Suas concessões excedem nossos pedidos e expectativas. Aqueles que buscam sinceramente pelo orvalho da graça de Deus o terão, e por ele serão feitos mais do que vencedores. É prometido que eles serão senhores do país rebelde e lhes é permitido devastá-lo e arruiná-lo (v. 19). A lei os proibia de derrubar as árvores frutíferas para serem empregadas no cerco (Dt 20.19), mas não quando o objetivo era, com justiça, subjugar pela fome um país que tinha perdido o direito a seus frutos por negar tributo a quem tributo era devido.
Só esses milagres de DEUS ja seriam suficientes para fazer converter o rei de Israel, mas não foi o que aconteceu.
 
 
2 Reis 4:1-7
Eliseu Multiplica o Azeite da Viúva Pobre

Os milagres de Eliseu foram para uso necessário. Esse aqui registrado foi um ato de verdadeira caridade. Tais foram os milagres de Cristo, não apenas grandes maravilhas, mas grandes favores àqueles em favor de quem eles foram realizados. Deus engrandece a sua bondade com o seu poder.
I
Eliseu prontamente recebe a reclamação de uma pobre viúva. ELA ERA A VIÚVA DE UM DOS FILHOS DOS PROFETAS (MUITOS PROFETAS MORRERAM A MANDO DA RAINHA JEZABEL). Por isso, a quem ela devia recorrer, senão a ele que era um pai para os filhos dos profetas e que se preocupava com o bem-estar de suas famílias? Parece que os profetas tinham viúvas tanto quanto os sacerdotes, embora a profecia não fosse legada como o sacerdócio. O casamento é honrável em tudo, não sendo incompatível com a maioria das ocupações sagradas. Agora, pela queixa dessa pobre mulher (v. 1), podemos entender:
1. Que o seu marido, sendo um dos filhos dos profetas, era bem conhecido de Eliseu. Os ministros de elevados dons e posições devem se fazer familiares daqueles que de qualquer forma lhes são inferiores, e conhecer o seu caráter e situação.
2. Que ele tinha a reputação de ser um homem piedoso. Eliseu sabia ser ele um dos que temiam ao Senhor, ou teria sido indigno da honra e inadequado para o trabalho de profeta. Ele foi alguém que guardou a sua integridade no tempo da apostasia geral, um dos sete mil que não tinham se curvado diante de Baal.
3. Que ele estava morto, embora tivesse sido um bom homem, um bom APRENDIZ DE PROFETA POR SER FILHO DE UM PROFETA.
4. Que ele morreu pobre, e com dívidas, mais do que merecia. Ele não contraiu suas dívidas esbanjando, e na luxúria, e vida descomedida, pois ele foi alguém que temia o Senhor e por essa razão, não se atrevia a permitir-se tais condutas: mais ainda, a religião obriga os homens a não viverem além do que têm, nem gastar mais do que Deus lhes dá, não, nem em despesas de outro modo legítimas. Pois, com isso, inevitavelmente, eles se desqualificam, finalmente, para dar a cada o que é seu, e assim mostram-se culpados de um ato contínuo de injustiça por todo o tempo. Mas pode ser a sorte daqueles que temem a Deus estar em débito, e falidos, por causa de angustiosas economias, perdas no mar, ou dívidas impagáveis, ou por causa de sua imprudência, pois os filhos da luz nem sempre são tão prudentes como os filhos deste mundo. Talvez esse profeta empobrecesse por causa da perseguição: quando Jezabel governou, os profetas tiveram muita dificuldade em viver, principalmente se eles tinham famílias.
NÃO HAVIA ASSISTÊNCIA A VIÚVAS NAQUELA ÉPOCA EMBORA FOSSE MANDAMENTO DE DEUS SUSTENTAR AS VIÚVAS (NA CERTA O GOVERNO CUIDAVA DAS VIÚVAS DOS FALSOS PROFETAS QUE ELIAS MATOU).
5. Que os credores foram severos com ela. Ela tinha dois filhos que eram o apoio do seu estado de viuvez, e o trabalho deles é calculado como bem ativo em suas mãos. Que por isso eles deviam ir e se tornar escravos por sete anos (Êx 21.2) para quitar seu débito. Aqueles que deixam suas famílias sob uma carga desproporcional à sua situação não sabem que tribulação legam. Nessa aflição, a pobre viúva vai a Eliseu, dependendo da promessa de que a semente do justo não será desamparada. A descendência do justo pode esperar socorro da providência de Deus e auxílio da parte de seus profetas.
II
Ele alivia eficazmente a aflição dessa pobre viúva, e a coloca em condição de pagar sua dívida e sustentar a si mesma e a sua família. Ele não disse: aquenta-te e farta-te, mas lhe prestou ajuda verdadeira. Ele não lhe deu um pouco de mantimento para o seu abastecimento apenas para aquele momento, mas a habilitou neste mundo para vender seu óleo, e pôs um estoque em suas mãos para ela começar uma nova vida em prosperidade. Isso foi feito por milagre, mas é uma indicação para nós de qual é o melhor método de caridade, e a maior bondade que alguém pode fazer para os pobres, que é, se possível, ajudá-los de uma forma que aumente o pouco que eles têm por meio de sua própria criatividade e engenhosidade.
1. Ele a orientou no que fazer, pensou no seu caso. Que te hei de eu fazer? Os filhos dos profetas eram pobres e pouco significaria fazer-lhe uma coleta entre eles. Mas o Deus dos santos profetas é capaz de suprir todas as suas necessidades. E, se ela tiver um pouco confiado à sua administração, a sua necessidade deve ser suprida pela bênção dele e o aumento daquele pouco. Por isso Eliseu perguntou o que ela tinha e que poderia ser usado para fazer dinheiro, e descobriu que ela não tinha nada, senão uma botija de óleo, MUITO PROVAVELMENTE ÓLEO DE UNÇAÕ QUE OS PROFETAS POSSUÍAM PARA UNGIR DOENTES E REIS (v. 2). Se ela tivesse algum prato ou mobília, lhe teria ordenado desfazer-se dele, para possibilitar que fosse justa com os seus credores. Não podemos considerar qualquer coisa verdadeiramente, nem confortavelmente, nossa, a não ser quando todas as nossas dívidas estão pagas. Se ela não tivesse essa botija de óleo, o poder divino poderia ter lhe abastecido. Mas, tendo essa, ele operará sobre a botija, e assim nos ensina a fazer o melhor com o que temos. O profeta, conhecendo-a como alguém que tinha crédito entre seus vizinhos, lhe ordena que tome emprestados deles vasos vazios, NÃO POUCOS (v. 3), pois, parece, ela tinha vendido o seu próprio para atender os seus credores. Ele a orienta a fechar a porta ficando só ela e seus filhos dentro de casa enquanto enche todos aqueles vasos com aquele único. O  ILAGRE É PARA ELA E SEUS FILHOS E NÃO PARA OS VIZINHOS. Ela devia fechar a porta para evitar interrupções dos credores e de outros enquanto estava trabalhando, para que eles não pudessem parecer jactar-se orgulhosamente desse suprimento miraculoso e para que tivessem oportunidade de orar e louvar a Deus nessa ocasião extraordinária. Observe: (1) O óleo multiplicou-se tanto ao ser despejado como a farinha da outra viúva ao ser usada. O meio de aumentar o que temos é usá-lo. Àquele que assim tem será dado. Não é acumular os talentos, mas negociá-los, que os duplica. (2) Ele devia ser despejado por ela mesma, não por Eliseu, nem por qualquer um dos filhos dos profetas, para insinuar que é vinculado com nossos próprios esforços cuidadosos e diligentes que podemos esperar que a bênção de Deus nos enriqueça neste mundo e no outro. O que temos aumentará do modo mais excelente em nossas próprias mãos.
2. Ela fez isso conforme a orientação. Ela não disse ao profeta que ele pretendia fazê-la de tola. Mas acreditando firmemente na bondade e no poder divino, e em pura obediência ao profeta, ela tomou emprestados muitos vasos grandes de seus vizinhos e os encheu de óleo. Um de seus filhos esteve ocupado em trazer os vasos vazios e o outro, em, cuidadosamente, pôr de lado os que estavam cheios, enquanto estavam todos maravilhados ao verem a botija que tinham, como uma fonte de água viva, sempre fluindo, e ainda sempre cheia. Eles não viram a fonte que o abastecia, mas acreditaram que ela estava naquele em quem estão todas as nossas fontes. A metáfora de Jó era agora comprovada ao pé da letra: Da rocha me corriam ribeiros de azeite (Jó 29.6). Talvez isso tenha ocorrido na tribo de Aser, parte de cuja bênção era que ele devia banhar em azeite o seu pé (Dt 33.24).
3. O óleo continuou a fluir enquanto ela tinha vasos para recebê-lo. Quando todos os vasos estavam cheios o óleo acabou (v. 6), pois não convinha que esse líquido precioso transbordasse e fosse derramado como água sobre a terra, a qual não pode ser reunida novamente. Note: nós nunca estamos em dificuldades em Deus, em seu poder e generosidade, e nas riquezas da sua graça. Toda nossa dificuldade está em nós mesmos. É a nossa fé que falha, não a sua promessa. Ele dá mais do que pedimos: houvesse mais vasos, haveria mais em Deus para enchê-los — o suficiente para todos, o suficiente para cada um. Estaria essa botija de óleo vazia caso houvesse quaisquer vasos para serem cheios a partir dela? E nós temeremos com receio que o óleo dourado que flui da genuína raiz e a gordura da boa oliveira falhem, enquanto houver lâmpadas para serem abastecidas com ele? (Zc 4.12).
4. O profeta a orientou no que fazer com o óleo que ela tinha (v. 7). Ela não devia guardá-lo para uso pessoal, para fazer o seu rosto brilhar. Aqueles a quem a Providência fez pobres devem estar satisfeitos com as pobres acomodações para si mesmos (isso é saber como desejar), e não devem pensar, quando obtiverem um pouco daquilo que é melhor do que o costumeiro, em alimentar o seu próprio luxo: não, (1) Ela devia vender o óleo para aqueles que eram ricos, e então teria condições usá-lo para sua própria família. Podemos supor que, sendo produzido por milagre, o óleo era da melhor qualidade, como o vinho (Jo 2.10), de maneira que ela pôde cobrar um bom preço e ter um bom mercado para ele. Provavelmente, os mercadores o comprassem para exportar, pois o óleo era um dos artigos que Israel comercializava (Ez 27.17). (2) Ela devia pagar sua dívida com o dinheiro que recebeu pelo seu óleo. Embora seus credores fossem muito rigorosos com ela, eles ainda não deviam com isso perder o débito que ela tinha com eles. Sua primeira preocupação, agora que ela tem a possibilidade para fazer dessa maneira, devia ser pagar a dívida, mesmo que antes ela faça alguma provisão para seus filhos. É uma das leis fundamentais de nossa religião que cumpramos todos os deveres, paguemos todas as dívidas justas, que demos a cada um aquilo que é de direito, embora sobre muito pouco para nós mesmos. E isso não por constrangimento, mas de boa vontade e sem relutar. Não apenas por causa da ira, para evitar ser processado, mas também por causa da consciência. Aqueles que possuem uma mente honesta não podem comer com prazer o seu pão diário a menos que seja o seu próprio pão. (3) O resto, ALÉM DO ÓLEO QUE SOBRARIA após o pagamento das dívidas, o dinheiro recebido com pela venda de parte do azeite com o qual eles deviam ter condições de conseguir um meio de vida honesto. Sem dúvida ela fez como o homem de Deus orientou. E por isso: [1] Aqueles que são pobres e que estão em miséria devem ser encorajados a confiar em Deus para serem abastecidos segundo o que for legítimo. Verdadeiramente serás alimentado, embora não com um banquete. É verdade que agora nós não podemos esperar por milagres, mas podemos esperar por misericórdias, se nós esperarmos em Deus e o buscarmos. Que as viúvas especificamente, e as viúvas dos profetas de forma especial, dependam dele para preservar vivas a elas e aos seus filhos órfãos de pais, pois para eles, Deus será um marido e um pai. [2] Que aqueles a quem Deus tem abençoado com plenitude usem isso para a glória de Deus e sob a direção da sua palavra: Que ajam corretamente com essa plenitude, como fez essa viúva, e sirvam a Deus alegremente no seu uso, e, como Eliseu, estejam prontos para praticar o bem àqueles que deles precisam, que sejam olhos para os cegos e pés para o aleijado.
 
 
2 Reis 4:38-44
O Profeta Tirou a Morte da Panela e Alimenta Cem Homens

Aqui nós temos Eliseu em seu lugar, em seu elemento, entre os filhos dos profetas, ensinando-os, e, como um pai, provendo alimento para eles. E era uma felicidade que tivessem alguém sobre eles que naturalmente cuidava de sua situação, sob quem eles eram bem alimentados e ensinados. Houve escassez na terra por causa da maldade daqueles que nela habitavam, a mesma sobre a qual lemos em 8.1. Ela durou sete anos, foi justamente tão longa quanto aquela do tempo de Elias. Havia uma fome de pão, mas não de ouvir a palavra de Deus, pois Eliseu tinha os filhos dos profetas sentados diante dele para ouvirem sua sabedoria, os quais eram ensinados para poderem ensinar a outros. Aqui nós temos dois exemplos do cuidado que ele tomou a respeito da refeição deles. Cristo alimentou duas vezes aqueles a quem pregou. Eliseu estava mais preocupado agora por causa da escassez, para que os filhos dos profetas não se envergonhassem nesse tempo difícil, mas, que até nos dias de fome se fartassem (Sl 37.19).
I
Ele fez comida prejudicial se tornar segura e sadia.
1. No dia de aula, devendo todos os filhos dos profetas comparecer, ele ordenou a seus servos que providenciassem comida para os corpos deles enquanto ele estava repartindo com eles o pão da vida para as suas almas. Não é dito se havia qualquer carne para eles. Ele apenas ordena que fervessem para eles uma panela de ervas (v. 39). Os filhos dos profetas deviam ser exemplos de temperança e mortificação, não desejosos de iguarias, mas satisfeitos com comida simples. Se eles não têm refeições saborosas nem doces, mais ainda, se uma refeição de panela for todo o jantar, que eles se lembrem que esse grande profeta não se hospedou melhor nem a seus hóspedes.
2. Um de seus servidores, que fora enviado para colher ervas (as quais, parece, deviam substituir a carne na panela), por engano trouxe aquela que era nociva, ou pelo menos muito repugnante, e a cortou na panela: ela era chamada de parra brava (v. 39). Alguns pensam que fosse coloquintida, uma erva extremamente catártica, e, se não atenuada, perigosa. Parece que os filhos dos profetas eram mais habilidosos no que se relacionava à divindade do que na filosofia natural, e liam seus rolos da Palavra de DEUS mais do que seus livros sobre ervas. Se alguma fruta da terra for danosa, nós devemos considerá-la como efeito da maldição (espinhos e cardos também te produzirá), pois a bênção original fez tudo bom.
3. Os hóspedes queixaram-se com Eliseu da insalubridade da comida. A natureza deu ao homem o paladar, não apenas para que a comida saudável possa ser prazerosa, mas para que a que não é saudável possa ser descoberta antes de ir para o estômago. O paladar prova as comidas (Jó 12.11). Em breve, essa panela se descobriu perigosa pelo paladar, de maneira que eles clamaram: há morte na panela (v. 40). Freqüentemente a mesa se torna em laço, e aquilo que devia ser para o nosso bem-estar se mostra uma armadilha, o que é um bom motivo por que não devemos nos alimentar sem temor. Quando nós estamos recebendo os suportes e os confortos da vida, devemos manter uma expectativa da morte e um temor do pecado.
4. Eliseu imediatamente curou o gosto ruim e impediu as conseqüências do mal desta panela insalubre. Como antes ele tinha curado as águas amargas com sal, agora cura as ervas amargas com farinha (v. 41). É provável que houvesse farinha nela antes, mas que fora colocada por mãos comuns, apenas para engrossar o alimento da panela. Essa era a mesma coisa, mas lançada pela mão de Eliseu e com o objetivo de curar a comida, ficando claro que a mudança não ocorreu devido à farinha (que era apenas o sinal, não o meio), mas ao poder divino. Agora tudo estava bem, não apenas inexistia a morte, mas não havia nenhum mal na panela. Nós devemos reconhecer a bondade de Deus em fazer nossa comida saudável e nutritiva. Eu sou o Senhor, que te sara. Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
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COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )
 Jorão de Israel (3:1-27)

A história deste monarca do norte, filho de Acabe, difere, em muito dos outros seus antecessores. Penetra aqui na série de milagres operados por Eliseu, como um apêndice à história da guerra contra Messa de Moabe, um dos grandes milagres operados por Eliseu. O texto sagrado nos diz que Jorão começou a reinar em Samária no décimo oitavo ano do governo de Jeosafá, de Judá, e reinou apenas doze anos. Em tudo seguiu a política de seu pai e de sua mãe, mas com algumas atenuantes, pois tirou a malfadada coluna, o poste-ídolo, que tanto interessava a todos os monarcas desviados da verdade. Afora isso, continuou nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate. Esta referência é característica de todo o resto da história. Jeroboão ficou como símbolo da degradação religiosa, em nome dos interesses do seu reino que pouco durou. O resto da história deste monarca está ligado à guerra contra Moabe e compreende outro milagre de Eliseu, a estudarmos nessa capacidade.


1) A guerra de Hoabe. A chamada pedra moabita dá-nos a versão moabita deste incidente, muito contestado antes da descoberta desta pedra, se bem seus dizeres, em linhas gerais, concordem com os de II Reis 3:4-27. A discrepância consiste em que Messa, rei dos moabitas, se refere a Onri como o rei desta batalha; Onri deu o nome à casa de Acabe, de modo que era conhecida na Assíria e outros lugares como "a casa de Onri". Isto nem chega a ser discrepância. As tropas de Jorão com as de Jeosafá, agora com uns bons 60 anos de idade, se ajuntaram e partiram pelo caminho de Edom, estrada áspera e seca. Faltava água para o gado e para o exército. Era a derrota certa e fatal, sendo isso mesmo o que o rei de Moabe esperava. Entretanto havia um profeta por perto. Jeosafá perguntou se não haveria por ali um profeta a quem consultar ao Senhor, e Jorão lhe disse que Eliseu estava ali. Eliseu aconselha ao rei de Israel consultar os seus deuses, os profetas de seu pai e de sua mãe. Por amor de Jeosafá, Eliseu concordou em procurar o Senhor (v. 14). Então veio o Espírito do Senhor sobre Eliseu, e prometeu que, no dia seguinte, todo vale e todos os Poços se encheriam, sem chuva e sem trovoada. O resto da profecia (18-20) é mais do que lhe havia sido pedido. Eliseu pediu um tocador (tangedor) para, por meio da música, receber o Espírito de Deus e profetizar. Não adianta gastar palavras para contradizer a crítica deste proceder, pois a cada povo os seus costumes. Eliseu profetizou que o rio seco e todos os poços cavados se encheriam, e isso se realizou. E acrescentou: Deus entregaria Moabe nas mãos de Jorão e Jeosafá; promete ainda uma ruína total de Moabe, enchendo de pedras os poços e os campos, poços de onde o povo se abastecia.

De madrugada levantando-se o povo moabita viu as águas tintas de sangue e supôs que os exércitos invasores se tinham destruído reciprocamente. "Agora, pois, à presa moabitas! gritou o rei. Chegados ao arraial dos israelitas, estes se levantaram e destruíram os moabitas e arrasaram a terra, as cidades, tudo. No auge do desespero, o rei de Moabe sacrificou o seu filho herdeiro ao seu deus, sobre os muros da cidade, o que causou grande indignação aos israelitas. Foi este o terceiro milagre de Eliseu.

Vale a pena ler e anotar uma breve descrição dada a seguir, sobre a famosa pedra moabita, onde Messa, rei de Moabe, relata a sua libertação do jugo israelita. Quando se deu esta libertação, não se sabe, como se afirma mais adiante. Deve ter ocorrido no período de decadência que dominou os últimos anos do Reino do Norte. Não foi pequena a celeuma levantada por este achado, porque as crônicas correntes silenciavam sobre o assunto. Todavia, não se pode negar o valor histórico de tal pedra moabita.


2) A pedra moabita. Em 1868, um missionário por nome F. A. Klein, em férias pela Palestina, levado mais por curiosidade do que por espírito científico, que não tinha, chegou até as planuras de Moabe, território nosso bem conhecido. Naturalmente muita coisa curiosa o distraía e animava a prosseguir, até que chegou a Dibom, no curso médio do rio Arnom. Ali a sua atenção foi despertada para uma pedra talhada, de aspecto interessante, meio coberta pela areia do deserto. Apeou-se da sua montaria, limpou a pedra com o lenço do bolso e verificou nela uma escrita que não pôde ler, mas imaginou deveria ser uma lápide comemorativa de algum feito histórico. A escrita estava em hebraico antigo. Depois de limpa a pedra de um metro de altura, apareceu a escrita constituída de 34 linhas. Enquanto ele examinava a pedra, logo surgiram diversos árabes ansiosos por tirar partido de qualquer coisa que interessasse a estrangeiros. Com ameaças terríficas, eles se propunham a espancá-lo, na esperança, de tirarem maior proveito do estrangeiro, pois eles mesmos não conheciam o significado daquela pedra. O missionário não entendia a escrita, nem o que lhe pediam os nativo. Mas supôs, e com razão, que queriam muito dinheiro. O missionário alemão partiu para sua terra para conseguir dinheiro a fim de pagar aos árabes. Entrementes a notícia do achado chegou a Jerusalém e o francês Clermont Ganneau se dirigiu para o local, porém encontrou a mesma dificuldade com os árabes. Sob o olhar duro dos árabes conseguiu fazer um molde da pedra e copiar o texto, depois apresentado ao governo francês, que logo se interessou pela compra do precioso achado. Os árabes se convenceram de que a pedra continha qualquer coisa muito preciosa e despedaçaram-na com tiros de pólvora seca. Quando Clermont chegou ao local com uma caravana e muito dinheiro para dar aos árabes, só encontrou o lugar, porque os pedaços da pedra foram carregados para lugares distantes. À custa de muito esforço conseguiu comprar os pedaços da pedra e recompor o monumento, que se encontra no Museu do Louvre, em Paris. Depois de recomposta a pedra e feita a escrita verificou-se ser o documento escrito mais antigo que se conhecia da Palestina, do ano 840 a.C.

Conforme II Reis 3:5, Moabe rebelou-se contra Israel e não lhe pagava mais os tributos constantes de 100.000 cordeiros e a lã de 100.000 carneiros por ano. O porquê da revolta não é declarado. Talvez se devesse à derrota contra os sírios. Jeosafá, que já entrara na luta a favor de Acabe, recebe um recado de Jorão, filho de Acabe para que o fosse ajudar na luta contra Moabe. Jeosafá respondeu que iria e foi a salvação de Jorão, pois Eliseu entrou no barulho e salvou a situação. o resultado da batalha está relatado em II Reis 3:5-20. Não foi, pois, desta vez que Moabe se libertou e não temos informação de quando isso aconteceu. A vitória do rei do norte não foi tanto por sua causa, mas pela presença do profeta, a quem Deus honrava sempre que era solicitado. O milagre das águas, tomando a cor de sangue, é apreciado muito materialisticamente por Werner Keller, em sua obra - A Bíblia Disse a Verdade.
 
 
A Viúva Endividada (4:1-7)

Morreu o marido e deixou dívidas que a viúva não podia pagar. Seriam levados os dois filhos como escravos em pagamento da dívida. A escravatura era permitida pela lei de Moisés, em casos como este. Ela veio ao profeta Eliseu e contou a sua história. Ele perguntou o que tinha em casa. "Apenas uma botija de azeite", respondeu ela. O milagre da multiplicação dos pães feito por Jesus já tinha sido feito por Eliseu multiplicando o azeite da viúva. É o poder de Deus e nada mais. Se ela tivesse mais vasilhas vazias teria ficado rica, porque a medida de Deus não é pequena. Ela vendeu o azeite, pagou a dívida e ficou com os dois filhos para comerem do resto que sobejou do pagamento.


A Sunamita (4:8-37)

Certo dia passou Eliseu por Suném, pequena vila no planalto de Jizreel, onde morava uma senhora rica mas estéril, para cuja situação não havia riqueza que bastasse. Ela o convidou a comer, e todas as vezes que passava, ali se hospedava. Naturalmente, segundo os costumes da terra, Eliseu condoeu-se da situação da mulher sem filhos; era tão generosa que construíra um quarto para Eliseu e seu moço. Eliseu perguntou-lhe se podia fazer alguma coisa a seu favor, falando ao rei ou ao ministro do exército, porém ela respondeu que se sentia bem no meio do seu povo. O moço de Eliseu foi sagaz, sugerindo que ela não tinha filho e o marido já era velho. Então vem a promessa difícil: "Por este tempo, no ano próximo, abraçarás um filho" (v. 16). Ela não podia crer e pareceu-lhe coisa impossível. Cumpriu-se a promessa, tal qual a que fora feita a Abraão. Nasceu o menino. Que festa!

Tempos depois adoece o menino gritando: "Ai minha cabeça!" De acordo com o marido foi com um moço atrás do profeta, encontrando-o no Monte Carmelo, apenas a alguns quilômetros de Suném. Então disse ela: "Pedi eu a meu senhor algum filho?" (v. 28), como quem diz, você me deu um filho e agora o pede, pois bem pensaria que o profeta é que lhe havia dado o filho.
Eliseu dá ordens a Geazi para correr com o seu cajado na mão, sem saudar ninguém pelo caminho. Em chegando lá, o moço estendeu o cajado em cima do menino, mas este continuava morto. O profeta, veio logo depois, e deve ter ficado desapontado; qualquer um de nós se coloque no seu lugar. Estendeu-se sobre o menino, boca a boca, palma das mãos com palma das mãos, olhos com olhos até que o menino aqueceu, espirrou sete vezes e viveu. A isto chama-se ressurreição de mortos. Então disse o profeta: "Toma o teu filho", (v. 36). O bordão de Eliseu era símbolo da sua autoridade de profeta de Deus, mas não bastou. A colocação do seu corpo sobre o corpo do menino era como a querer dar a sua vida pela dele. Ficamos certos que até os grandes homens de Deus enfrentam problemas. Como achamos essas histórias tão instrutivas e tão encantadoras, revestidas de um tom primitivo, em que o poder de Deus se manifestava de modo maravilhoso!

1. Veja Werner Keller. E a Bíblia Tinha Razão, P. 205.


O Caldo Envenenado (4:38-41)

A fome estava na terra e não era por falta de poder de Deus para mandar chover. O povo devia despertar do seu pecado, antes que a graça de Deus se manifestasse. Eliseu estava novamente em Gilgal, o lugar muito querido. Lá estavam os discípulos dos profetas, assentados ao redor do profeta. Este manda Gezi pôr a panela no fogo e alguém apanhar folhas para fazer um caldo, comida de pobre. Gezi apanhou uma braçada de folhas de coloquíntidas, planta boa para remédio, mas não para alimento. Ao comerem verificaram que estavam envenenados. Com um pouco de farinha posta na panela, o caldo ficou bom. Não estava na farinha a virtude de sarar a sopa, mas o poder de Deus que operava em Eliseu. COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )

 
*RESUMO DE MILAGRES E REVELAÇÕES QUANDO DEUS USA O PROFETA ELISEU*
UM LEGÍTIMO PROFETA DE DEUS PODE SER USADO EM DIVERSOS DONS DO ESPÍRITO SANTO
ELISEU FOI USADO EM PALAVRA DE SABEDORIA, PALAVRA DE CONHECIMENTO, DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS, FÉ, MILAGRES E CURAS
 
 
ABERTURA DO RIO JORDÃO - MILAGRE
O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra; e voltou-se e parou à borda do Jordão. E tomou a capa de Elias, que lhe caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o Senhor, Deus de Elias? Então, feriu as águas, e se dividiram elas para uma e outra banda; e Eliseu passou. Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra. 2 Reis 2:12-15
 
 
SAL NA ÁGUA - MILAGRE
Então, voltaram para ele, tendo ele ficado em Jericó; e disse-lhes: Eu não vos disse que não fôsseis? E os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que boa é a habitação desta cidade, como o meu senhor vê; porém as águas são más, e a terra é estéril. E ele disse: Trazei-me uma salva nova e ponde nela sal. E lha trouxeram. Então, saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e disse: Assim diz o Senhor: Sararei estas águas; não haverá mais nelas morte nem esterilidade. 2 Reis 2:18-21
 
 
URSAS E CRIANÇAS - DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
Então, subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns rapazes pequenos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo, sobe, calvo! E, virando-se ele para trás, os viu e os amaldiçoou no nome do Senhor; então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois daqueles pequenos. 2 Reis 2:23,24
Respeito ao homem de DEUS é exigido
2Rs 2:24 E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou em nome do Senhor. Então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos.

Já vi pastor ficar cego de um olho por impedir profeta de exercer seu ministério.
Já vi pastor ficar aleijado por impedir profeta de exercer seu ministério.
Vivemos tempos difíceis em que não se respeita mais o homem de DEUS, mas também vivemos tempos de que nunca se ouviu falar em tantas mortes de pastores.
Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade, Mateus 23:3
 
 
FUTURO REVELADO - ÁGUA SEM CHUVA E SEM ORVALHO E VITÓRIA NA GUERRA - PALAVRA DE SABEDORIA
Ora, pois, trazei-me um tangedor. E sucedeu que, tangendo o tangedor, veio sobre ele a mão do Senhor. E disse: Assim diz o Senhor: Fazei neste vale muitas covas. Porque assim diz o Senhor: Não vereis vento e não vereis chuva; todavia, este vale se encherá de tanta água, que bebereis vós e o vosso gado e os vossos animais. E ainda isto é pouco aos olhos do Senhor; também entregará ele os moabitas nas vossas mãos. 2 Reis 3:15-18
 
 
CARTA DE ELISEU AO REI JEORÃO - PALAVRA DE SABEDORIA
"Então lhe veio um escrito da parte de Elias, o profeta, que dizia: Assim diz o SENHOR Deus de Davi teu pai: Porquanto não andaste nos caminhos de Jeosafá, teu pai, e nos caminhos de Asa, rei de Judá, Mas andaste no caminho dos reis de Israel, e fizeste prostituir a Judá e aos moradores de Jerusalém, segundo a prostituição da casa de Acabe, e também mataste a teus irmãos da casa de teu pai, melhores do que tu; Eis que o SENHOR ferirá com um grande flagelo ao teu povo, aos teus filhos, às tuas mulheres e a todas as tuas fazendas. Tu também terás grande enfermidade por causa de uma doença em tuas entranhas, até que elas saiam, de dia em dia, por causa do mal." 2 Cr 21:12
Esta carta é mencionada fora de contexto cronológico em 2 Crônicas 21:12.
 
 
MULTIPLICAÇÃO DO AZEITE DA VIÚVA - MILAGRE
E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos. Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio. Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia. E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou. Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto. 2 Reis 4:2-7
 
 
FILHO É DADO A MULHER DE SUNÉM - MILAGRE
E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva. E concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe dissera. 2 Reis 4:16,17
 
 
RESSURREIÇÃO DO FILHO DA MULHER DE SUNÉM - FÉ
E subiu, e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu. Depois, voltou, e passeou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele; então, o menino espirrou sete vezes e o menino abriu os olhos. Então, chamou a Geazi e disse: Chama essa sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho. 2 Reis 4:34-36
 
 
PURIFICAÇÃO DA COMIDA DA PANELA - MILAGRE
Assim, tiraram de comer para os homens. E sucedeu que, comendo eles daquele caldo, clamaram e disseram: Homem de Deus, há morte na panela. Não puderam comer. Porém ele disse: Trazei, pois, farinha. E deitou-a na panela e disse: Tirai de comer para o povo. Então, não havia mal nenhum na panela. 2 Reis 4:40,41
 
 
MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES - MILAGRE
E um homem veio de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada e espigas verdes na sua palha, e disse: Dá ao povo, para que coma. Porém seu servo disse: Como hei de eu pôr isso diante de cem homens? E disse ele: Dá-o ao povo, para que coma; porque assim diz o Senhor: Comer-se-á, e sobejará. Então, lhos pôs diante, e comeram, e deixaram sobejos, conforme a palavra do Senhor. 2 Reis 4:42-44
 
 
PURIFICAÇÃO DA LEPRA DE NAAMÃ - CURA
Então, chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissera alguma grande coisa, porventura, não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te e ficarás purificado. Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou, como a carne de um menino, e ficou purificado. 2 Reis 5:13,14
 
 
LEPRA SOBRE GEAZI - MILAGRE
Porém ele lhe disse: Porventura, não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou de sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isso ocasião para tomares prata e para tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e servos, e servas? Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve. 2 Reis 5:26,27
 
 
MACHADO FLUTUA - MILAGRE
E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira. E sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado. E disse o homem de Deus: Onde caiu? E, mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez nadar o ferro. E disse: Levanta-o. Então, ele estendeu a sua mão e o tomou. 2 Reis 6:4-7
 
 
REVELAÇÃO DOS PLANOS OCULTOS DO REI DA SÍRIA PARA MATAR O REI DE ISRAEL - PALAVRA DE CONHECIMENTO OU DA CIÊNCIA
Então, se turbou com este incidente o coração do rei da Síria, e chamou os seus servos, e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? E disse um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir. 2 Reis 6:11,12
 
 
ABRIU OS OLHOS ESPIRITUAIS DE SEU MOÇO - MILAGRE
E orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. 2 Reis 6:17
 
 
CEGUEIRA DO EXÉRCITO DA SÍRIA - MILAGRE
E, como desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu. 2 Reis 6:18
 
 
REVERSÃO DA CEGUEIRA DO EXÉRCITO DA SÍRIA - MILAGRE
E sucedeu que, chegando eles a Samaria, disse Eliseu: Ó Senhor, abre a estes os olhos para que vejam. O Senhor lhes abriu os olhos, para que vissem, e eis que estavam no meio de Samaria. 2 Reis 6:20
 
 
REVELAÇÃO DA ORDEM DO REI PARA O MATAR - PALAVRA DE CONHECIMENTO OU DA CIÊNCIA
Estava, então, Eliseu assentado em sua casa, e também os anciãos estavam assentados com ele. E enviou o rei um homem de diante de si; mas, antes que o mensageiro viesse a ele, disse ele aos anciãos: Vistes como o filho do homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-lhe a porta e empurrai-o para fora com a porta; porventura, não vem o ruído dos pés de seu senhor após ele? E, estando ele ainda falando com eles, eis que o mensageiro descia a ele; e disse o rei: Eis que este mal vem do Senhor; que mais, pois, esperaria do Senhor? 2 Reis 6:32,33
 
 
REVELAÇÃO DO PREÇO DE COMIDA EM SAMARIA NO FUTURO E DA MORTE DE UM CAPITÃO - PALAVRA DE SABEDORIA
Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas medidas de cevada, por um siclo, à porta de Samaria. Porém um capitão, em cuja mão o rei se encostava, respondeu ao homem de Deus e disse: Eis que, ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso? E ele disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém daí não comerás. 2 Reis 7:1,2
 
 
PREVISÃO DE FOME NA TERRA DE ISRAEL POR SETE ANOS - PALAVRA DE SABEDORIA
E falou Eliseu àquela mulher cujo filho vivificara, dizendo: Levanta-te, e vai-te, tu e a tua família, e peregrina onde puderes peregrinar; porque o Senhor chamou a fome, a qual também virá à terra por sete anos. 2 Reis 8:1
 
 
PREVISÃO DA MORTE DO REI DA SÍRIA - PALAVRA DE SABEDORIA
E Eliseu lhe disse: Vai e dize-lhe: Certamente, não sararás. Porque o Senhor me tem mostrado que certamente morrerá. 2 Reis 8:10
 
 
PREVISÃO DAS MALDADES DE HAZAEL CONTRA ISRAEL E DE SEU REINADO SOBRE A SÍRIA - PALAVRA DE SABEDORIA
E afirmou a sua vista e fitou os olhos nele, até se envergonhar; e chorou o homem de Deus. Então, disse Hazael: Por que chora meu senhor? E ele disse: Porque sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas, e os seus jovens matarás à espada, e os seus meninos despedaçarás, e as suas pejadas fenderás. E disse Hazael: Pois que é teu servo, que não é mais do que um cão, para fazer tão grande coisa? E disse Eliseu: O Senhor me tem mostrado que tu hás de ser rei da Síria. 2 Reis 8:11-13
 
 
REVELAÇÃO DO REINADO DE JEÚ - PALAVRA DE SABEDORIA
Então, o profeta Eliseu chamou um dos filhos dos profetas e lhe disse: Cinge os teus lombos, e toma esta almotolia de azeite na tua mão, e vai-te a Ramote-Gileade. E, chegando lá, vê onde está Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi; e entra, e faze que ele se levante do meio de seus irmãos, e leva-o à câmara interior. E toma a almotolia de azeite, e derrama-o sobre a sua cabeça, e dize: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel. Então, abre a porta, e foge, e não te detenhas. 2 Reis 9:1-3
 
 
PREVISÃO DAS VITÓRIAS E DERROTAS SOBRE OS SÍROS - PALAVRA DE SABEDORIA
E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E tomou um arco e flechas. Então, disse ao rei de Israel: Põe a tua mão sobre o arco. E pôs sobre ele a sua mão; e Eliseu pôs as suas mãos sobre as mãos do rei. E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. Então, disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do livramento do Senhor é a flecha do livramento contra os siros; porque ferirás os siros em Afeca, até os consumir. E disse mais: Toma as flechas. E tomou-as. Então, disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes e cessou. Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os siros. 2 Reis 13:15-19
 
 
 
OSSOS DE ELISEU - RESSURREIÇÃO DE SOLDADO DE ISRAEL - MILAGRE
Depois, morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiam a terra, à entrada do ano. E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés. 2 Reis 13:20,21
 
 
 
SUBSÍDIOS DA Lição 7, O Ministério de Eliseu
 
OBJETIVO GERAL - Destacar alguns dos milagres de Eliseu como confirmação de seu ministério profético.
 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Evidenciar que o Senhor zela por seu povo;
Demonstrar a fé e a confiança da viúva de Sarepta;
Sinalizar o ato de fé de Eliseu.
 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Nesta lição, percebemos, através das ações e comportamentos de Eliseu, o quanto é importante conciliar no cumprimento do ministério divino, bondade e fi rmeza. O sucessor de Elias era enérgico e contundente quando precisava; porém, compassivo e presto com os que sofriam ou necessitavam de ajuda. Peça a seus alunos para relacionarem no quadro ou numa folha de papel os episódios narrados no segundo livro de Reis em que a bondade e a atitude enérgica do profeta são evidenciadas.
 

PONTO CENTRAL - DEUS é poderoso e usa os seus filhos para a realização de milagres.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Não importa se pessoas infiéis existirem no meio das fiéis, o Senhor sempre irá intervir a favor dos que o temem.
SÍNTESE DO TÓPICO II - DEUS não necessita de coisas grandiosas para operar milagres. Muitas vezes, o instrumento do milagre já se encontra em nossas mãos.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O Senhor não necessita de ninguém para realizar milagres, porém, sempre espera de nós uma atitude de fé.
 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Mais uma vez, estimule em seus alunos o estudo das lições bíblicas. Copie no quadro o seguinte esquema:
• Ore ao Senhor dando-lhe graças e suplicando sua direção e iluminação.
• Tenha à mão todo o material de estudo: Bíblia, revista, dicionário bíblico, atlas geográfico, concordância, caderno para apontamentos etc.
• Leia toda a unidade ou seção indicada pelo professor. Procure obter uma visão global da mesma e o propósito do escritor.
• Leia outra vez a mesma unidade. À medida que for estudando, sublinhe palavras, frases e trechos-chave. Faça anotações nas margens do caderno ou revista.
• Feche a revista e tente recompor de memória as divisões principais da unidade de estudo. Não conseguindo, abra a revista e veja.
• Repita o passo acima.
• Sem consultar a revista, responda todas as perguntas do questionário. Em seguida consulte a matéria para ver se as respostas estão completas e corretas
 
CONHEÇA MAIS TOP2
“O azeite, que foi multiplicado por um milagre, fluiu enquanto ela teve vasos vazios onde poderia colocá-lo. Jamais existe escassez em DEUS ou nas riquezas de sua graça; toda a nossa escassez está em nós mesmos. O que falha é a nossa fé e jamais a promessa do Senhor. Ele sempre nos concede mais do que aquilo que lhe pedimos. Se ela tivesse mais vasos, teria recebido ainda muito mais azeite, pois haveria em DEUS o bastante para enchê-los.” Para saber mais leia: Comentário Bíblico Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.300.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“Situação das viúvas no Antigo Testamento. (a) Pobreza e vulnerabilidade (1 Rs 17.8-15 [A viúva de Sarepta]. Na sociedade patriarcal israelita, a condição de viúva era um risco social à mulher, deixando-a vulnerável econômica e socialmente. Em Êxodo 22.21-24, a viúva é classificada juntamente com o órfão e os estrangeiros. Elas são frágeis e vulneráveis, razão pela qual necessitam de proteção legal e profética (Is 1.16-23; Jr 22.3). Além da angústia que acompanhava a viuvez, a perda da proteção legal do esposo colocava a viúva em situação de pobreza e penúria.
Caso o marido deixasse alguma dívida, a viúva era obrigada a assumir os compromissos financeiros do faltoso, o que implicava, às vezes, na venda dos bens, da entrega dos filhos à servidão, e a todo tipo de exploração da parte dos credores” (BENTHO, Esdras Costa & PLÁCIDO, Reginaldo Leandro. Introdução ao Estudo do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.255).

SUBSÍDIO HISTÓRICO TOP3
“Eliseu tornou-se discípulo e aprendeu com seu mestre para, mais tarde, substituí-lo no ministério. Em algum ponto, outros jovens profetas também se associaram a Elias e Eliseu e, quando Elias foi levado para o céu, eles já existiam como uma comunidade de número considerável, cuja base de ação eram as cidades de Betel e Jericó. Não há dúvida de que esses homens viviam em um regime de internato, bem próximo ao sistema monástico. Isto é evidente pelo fato de se multiplicarem em Jericó a ponto de o lugar tornar-se pequeno. Então Eliseu os encorajou a construir alojamentos apropriados (2 Rs 6.1,2).
Antes de Elias ser transladado para o céu, foi considerado em sua comunidade como o grande mestre. A transferência de seu manto para o discípulo Eliseu significava indubitavelmente que este agora substituía o mestre; e prontamente foi reconhecido pelos jovens profetas.
O termo que utilizavam para referir-se aos seus mentores era ‘pai’, o que esclarece não apenas a forma como se sentiam a respeito de seus líderes, mas também a significação da frase ‘filhos de profetas’.
[...] Geralmente se faz uma distinção entre os profetas canônicos que escreveram suas profecias e aqueles que, como Elias e Eliseu, não deixaram nenhum registro (com exceção da breve carta de Elias em 2 Cr 21.12-15). Algumas vezes conclui-se, baseado nos escritos preservados, que os profetas canônicos foram de alguma forma superiores ou mais teológicos que os demais. Mas isso é uma proposição sem base, pois dois dos maiores profetas – Moisés e Samuel – não são contados entre os canônicos [...]” (MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.403,04).

PARA REFLETIR - A respeito de “O Ministério de Eliseu”, responda:
No período do reino dividido, como se fazia a distinção entre reis bons e maus? Distinguia-se os reis bons dos maus pelo modo como eles se relacionavam com DEUS.
Por que Josafá foi considerado um excelente monarca? Porque Josafá promoveu a adoração ao verdadeiro DEUS.
Qual profeta foi chamado para profetizar para três reis? Eliseu.
O que DEUS precisou para operar o milagre na casa da viúva? Uma única botija de azeite.
Com que tipo de pessoas DEUS tem compromisso de operar seus milagres? DEUS tem compromisso com pessoas de fé, mas que também sejam operantes e diligentes.

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 86 p. 39.


 
Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
COMENTÁRIO MESQUITA ( AT )
fonte http://www.apazdosenhor.org.br