Era 1985 quando um professor virou-se para seus alunos e disse "chegará um dia que todos carregarão computadores para todos os lugares que forem; a classe reagiu com riso de deboche, imaginando que os computadores seriam peças pesadas e enormes carregadas nas costas. Então, em 9 de fevereiro de 2007, Steve Jobs anunciou pela primeira vez o celular da Apple, explicando os itens que o dispositivo possuía, mostrando sua usabilidade, segurança e design arrojado. O mundo logo soube que a era da comunicação havia dado um salto irreversível rumo à nova era da comunicação.
Todos os aplicativos de celulares são incrivelmente úteis, tanto para entretenimento como para fins educacionais. Exatamente por tudo isso, é uma força atraente que escraviza muitos usuários. Temos podcasts, livros de biblioteca; serve para assistir filmes, televisão, seguir novidades lançadas no YouTube, trocar ideias em perfis hospedados no Facebook e outras redes sociais. Diverte aos que apreciam jogos eletrônicos. É uma máquina fotográfica, gravador de voz, pode ser usado para compartilhar imagem e som e como relógio despertador. É usado para fazer compras. Motoristas o usam como navegador GPS.
O celular ajuda a nos conectar com alguém que está longe e também nos deixa longe da pessoa que está ao nosso lado. Entramos na era onde capturar momentos usando celulares é mais importante do que realmente viver esses momentos com pessoas ao lado. Há quem esteja viciado a ponto de perder o tempo em que poderia estar passando interagindo com a família. E é tão triste ver casais em um restaurante esperando por sua refeição, cabeça para baixo, ambos em seus aparelhos sem nenhuma conversa acontecendo. Seu uso jamais deveria substituir interações presenciais.
O surgimento do celular aconteceu como uma grande novidade, tornou-se indispensável na sociedade. Muitos "ganham a vida" online neste mundo moderno usando-o. Mas enquanto para uns é ferramenta de produtividade e conectividade, para outros é só um vício. Veja algumas estratégias para estar livre do vício:
1. Reservar um dia na semana. Esta é a abordagem mais comum. Crie o hábito de ficar sem seu celular por 24 horas, escolha um dia por semana, talvez um sábado ou domingo. Reserve o dia para relacionar-se presencialmente com as pessoas, ler, passear. Faço disso um hábito.2. Experimentar o afastamento de aplicativos por trinta dias. O descontrole de uso acontece sem pensar, silenciosamente, nem parece que está acontecendo. Quando isso tende a assumir cada vez mais o tempo livre, a estratégia de ignorar completamente aplicativos tem sido a maneira mais útil de quebrar o hábito do uso descontrolado. Ignore todos os aplicativos, inclusive mapas e fotos. Use o celular apenas para fazer e receber ligações, enviar e receber mensagens de texto. Alinhe-se às atividades mais importantes na vida.3. Não deixar o aparelho na cabeceira da cama. Quer saber a melhor maneira de adormecer melhor? Mantenha-se longe do telefone no momento de recolher-se para dormir. Sequer faça ou atenda ligações no seu aposento. Inclusive não carregue a bateria no recinto. Muitos dos efeitos negativos, por exemplo o sono ruim e a comunicação dificultada, podem ser eliminados mantendo seu celular fora do quarto.4. Guardar o celular ao chegar em casa. Muitos usam a tecnologia do smartphone como ferramenta de trabalho. Para manter a vida em equilíbrio saudável com seu celular, mantenha-o dentro de uma gaveta quando estiver fora do expediente. Quanto maior o tempo que mantê-lo engavetado, melhores serão os relacionamentos familiares, especialmente se houver crianças e pessoas necessitando de atenção especial.5. Alterar as configurações do telefone. Entre as ideias para reduzir o uso do celular exageradamente, existem truques simplesmente alterando as configurações. As ideias sugeridas mais comuns: desligar as notificações; definir tela para preto e branco; remover aplicativos baseados em distrações da sua tela inicial; definir uma senha mais longa; usar o modo avião; acionar "não perturbe".Desligar as notificações é algo que todos deveriam fazer, independentemente do uso habitual do celular. Só porque alguém no mundo quer mandar uma mensagem, enviar e-mail ou marcar você em uma postagem no Facebook não significa que seja preciso a sua atenção imediata.6. Colocar um lenço ao redor do seu telefone. Esta é uma das maneiras de fazer com que o usuário compulsivo reflita quando a compulsão o levar a pegar o aparelho. Toda vez que o usuário precisar atender e fazer chamadas, a cobertura produzirá um exercício mental, se perguntará "qual é a minha intenção?" O lenço não tem a finalidade de bloquear o uso, apenas interferir na força do hábito, provocar a reflexão a cada momento que manusear o aparelho.
A luta contra o vício desta tecnologia é real. Existem estatísticas assustadoras: o usuário típico do celular toca seu telefone 2.617 vezes por dia. A maioria das pessoas, em média, passa 3 horas e 15 minutos em seus telefones todos os dias. Metade de todas as captações telefônicas acontecem dentro de 3 minutos entre a vez anterior. Impacta negativamente a memória de curto prazo e a capacidade de resolver problemas. Afeta negativamente os padrões de sono. Resulta em angústia e menor recuperação emocional em crianças pequenas. Gera da obesidade.
Conclusão
Hoje em dia estamos dependentes de nossos celulares para quase tudo. A natureza viciante dos dispositivos móveis, faz com que haja uma grande batalha interna para aproveitar os benefícios dos smartphones sem ser vítima de seu design intencionalmente sedutor. Sempre será necessário saber transitar entre o virtual e o presencial, aprender a acessar moderadamente aplicativos para não ser sugado para o vórtice do smartphone, antes que o aparelho frite o cérebro sem que haja chance de recuperação. Não há dúvida que muitos aplicativos que encontramos nos celulares se consistem em um conjunto de ferramentas úteis para melhorar a qualidade de vida, são instrumentos de trabalho importantes, meios de encontrar com facilidade benefícios à saúde, são auxílios à boa prática da paternidade e maternidade. Ajuda em momentos de lazer. E é neste sentido, moderadamente, que devem ser usados.
Consulta: via https://belverede.blogspot.com