Uma missão de busca que já dura décadas levou pesquisadores a um cemitério perdido, onde centenas de homens judeus foram presos e executados pelos nazistas, em agosto de 1941.
Os restos mortais de cerca de 1.400 judeus assassinados pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, foram encontrados em uma vala comum na cidade de Luninets, na Bielo-Rússia.
“Durante décadas, procuramos o local de sepultamento dos homens e só na semana passada começaram os trabalhos de escavação onde os ossos foram encontrados”, disse Ilana Sela, que liderou a busca após a sepultura junto com seu falecido pai, Shlomo Alfiner, que cresceu na cidade.
Sapatos que foram encontrados na vala, junto aos restos mortais.
(Foto: Bielorrússia 1/Ynet News)
Assassinatos de judeus
Sabe-se que os 1.400 homens, cujos restos mortais foram encontrados em Luninets, foram assassinados em agosto de 1941 por 300 algozes do Batalhão de Polícia nazista 306, cujo trabalho era realizar execuções em massa nas áreas ocupadas pelos alemães na União Soviética.
As escavações foram realizadas por membros da Unidade Forense do Ministério da Defesa do país, que até agora abriram duas das sete tumbas do local e exumaram os restos mortais de cerca de 150 pessoas enterradas ali, bem como dezenas de itens pessoais, incluindo pentes, sapatos, óculos e até dentaduras.
Até sua libertação em julho de 1944, mais de 16 mil civis foram assassinados pelo regime nazista no distrito de Luninets, localizado na região de Brest, na Bielo-Rússia. De acordo com relatos históricos, pelo menos 600 vítimas foram queimadas vivas, cerca de 200 das quais eram crianças.
Em 2019, as autoridades bielorrussas enterraram os restos mortais de mais de 1.200 vítimas judias do Holocausto, cujos restos mortais foram desenterrados na região de Brest também por construtores que encontraram a vala comum da era nazista durante as obras.
Fonte: Guiame via http://www.pointrhema.com.br