Lição 6, Paulo no Poder do ESPÍRITO


Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2021 - CPAD - Para adultos
Tema: O Apóstolo Paulo - Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a igreja de CRISTO
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Henrique
 
 
 
 
Lição 6, Paulo no Poder do ESPÍRITO
 
 
TEXTO ÁUREO
“E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam.” (At 19.6)
 
 
VERDADE PRÁTICA
Uma vez movidos no poder do ESPÍRITO, podemos ser bem-sucedidos na missão de pregar o Evangelho a toda a criatura.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 2.38 A atualidade do "dom do ESPÍRITO SANTO"
Terça - At 9.17 Uma experiência do ESPÍRITO após a decisão por CRISTO
Quarta - At 2.1-4; 10.44-47 A experiência do Pentecostes se repete na história
Quinta - At 19.11,12 O Evangelho chegou a Éfeso no poder do ESPÍRITO
Sexta - 1 Co 12.3 Só podemos dizer que JESUS é o Senhor pelo ESPÍRITO SANTO
Sábado - At 19.20 O poder do ESPÍRITO faz a Palavra de DEUS crescer

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 19.1-7
1 - E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, 2 - disse-lhes: Recebestes vós já o Espirito SANTO quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja ESPÍRITO SANTO. 3 - Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João. 4 - Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em JESUS CRISTO. 5 - E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor JESUS. 6 - E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam. 7 - Estes eram, ao todo, uns doze varões.
 
COMENTÁRIOS BEP - CPAD
19.1 ÉFESO... ALGUNS DISCÍPULOS. Estes discípulos de Éfeso eram cristãos, ou discípulos de João Batista? Ambas as hipóteses são possíveis. (1) Alguns acham que eram cristãos. (a) Lucas os chama discípulos (v. 1), palavra esta que ele comumente aplica aos cristãos. Se Lucas quisesse indicar que eram apenas discípulos de João Batista, e não de CRISTO, teria dito isto mais claramente. (b) Paulo se dirige a eles como a crentes (v. 2). O verbo crer é empregado cerca de vinte vezes em Atos sem nenhum objeto direto. Em todos os demais casos, o contexto indica que o sentido é crer em CRISTO de modo salvífico. (2) Outros argumentam que os discípulos de Éfeso eram discípulos de João Batista que ainda esperavam a chegada do Messias. Depois de terem ouvido a respeito de JESUS da parte de Paulo, creram nEle como o CRISTO predito nas Escrituras, e nasceram de novo pelo ESPÍRITO (vv. 4,5). (3) Em qualquer das hipóteses, fica claro que foi somente depois de crerem, de serem batizados e receberem a imposição das mãos, é que foram cheios do ESPÍRITO SANTO (vv. 5,6).


OBJETIVO GERAL - Conscientizar de que é preciso viver na plenitude do ESPÍRITO para fazer a obra de DEUS.
 

Resumo da Lição 6, Paulo no Poder do ESPÍRITO
I – PREGANDO A CRISTO NO PODER DO ESPÍRITO
1. Paulo, movido pelo poder do ESPÍRITO.
2. O caminho de pregação.
3. Paulo e as duas viagens missionárias.
II – O ARGUMENTO DE PAULO SOBRE A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO
1. Paulo aclara o ensino sobre a plenitude do ESPÍRITO.
2. É preciso crer para receber o ESPÍRITO SANTO.
3. Paulo cuida para esclarecer Apolo (At 18.21-28).
III – A FONTE DO ENSINO DE PAULO SOBRE O ESPÍRITO SANTO AOS EFÉSIOS
1. As Escrituras como fonte de revelação sobre o ESPÍRITO SANTO.
2. O Pentecostes como fonte de revelação do ESPÍRITO SANTO.
3. Paulo ensina acerca do ESPÍRITO SANTO aos efésios (At 19.1-6).
 
 
 
 
Comentários do Pr. Henrique
Metade do evangelho fala de sinais, prodígios e maravilhas. O ministério de JESUS, Pedro, Estêvão, Filipe e Paulo foram confirmados por DEUS através de sinais, prodígios e maravilhas (ou milagres).
Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22.
de sorte que transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e em camilhas, para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles. Atos 5:15
E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Atos 6:8
E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. Atos 8:6,7 
Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12.
A presença e ação do ESPOÍRITO SANTO deve ser constante na igreja de hoje. Nunca houve tanta necessidade de operações do ESPÍRITO SANTO (multiplicaçao de ações demoníacas, multiplicação de doenças e enfermidades, multiplicação de falsos mestres).
De novo temos o erro na lição de dizer que Paulo passou 3 anos na Arábia, o que não é verdade.
 
 
Paulo em Éfeso - Atos 19:1-7 - Comentário Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Éfeso era uma cidade de grande destaque na Ásia, famosa por abrigar um templo dedicado a Diana, uma das maravilhas do mundo: Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo [...] chegou a Éfeso para pregar o evangelho (v. 1). Enquanto Apolo estava regando Corinto, Paulo estava plantando em Éfeso. O apóstolo não ficou com ciúmes do ministro Apolo por ele entrar em seu campo e estar edificando sobre seus fundamentos. Pelo contrário, exultou com essa notícia e prosseguiu com a maior alegria e satisfação em seu novo campo de trabalho que fora preparado para ele em Éfeso, porque conhecia a capacidade ministerial neotestamentária de Apolo, que agora estava em Corinto e prosseguia com a boa obra naquela cidade. Embora houvesse aqueles que fizeram de Apolo chefe de um partido contra Paulo (1 Co 1.12), este não guardava ressentimento contra aquele, nem de qualquer modo repugnava o afeto que as pessoas tinham por ele. Tendo passado pela província da Galácia e da Frígia, depois de ter passado por todas as regiões superiores, Ponto e Bitínia, que se situavam no norte, por fim o apóstolo chegou a Éfeso, onde havia deixado Áqüila e Priscila, e lá se reuniu a eles. Logo que chegou, ele encontrou alguns discípulos que professavam a fé em CRISTO como o verdadeiro Messias, mas que ainda estavam como que no primeiro ano da escola de CRISTO, sob o ensino do seu professor-assistente, João Batista. Estes eram, ao todo, uns doze varões (v. 7), que tinham quase o mesmo entendimento espiritual que Apolo possuía quando chegou a Éfeso (pois ele conhecia somente o batismo de João, Atos 18.25). Pode ser que eles não tiveram a oportunidade de conhecer pessoalmente Áqüila e Priscila, ou não fazia muito tempo que estavam em Éfeso, ou não tinham a mente aberta para receber os ensinamentos como Apolo tinha, pois, do contrário, eles saberiam mais pontualmente o caminho de DEUS, como Apolo soube (Atos 18.26). Observe aqui:
I
Paulo catequizou esses poucos discípulos efésios. Ele ficou sabendo, provavelmente por Áqüila e Priscila, que eram crentes, tinham aceitado JESUS e entregado a Ele os seus nomes. Agora o apóstolo os submete a um exame.
1. Esses discípulos creram no Filho de DEUS, mas Paulo pergunta se eles haviam recebido o ESPÍRITO SANTO (v. 2), se haviam crido no ESPÍRITO, cuja operação na mente dos homens, para convicção, conversão e consolação, foi revelada algum tempo depois da doutrina de JESUS ser o CRISTO, se conheciam e tinham aceitado esta revelação. E isso não era tudo. Depois da ascensão de JESUS, os apóstolos e outros discípulos receberam dons extraordinários do ESPÍRITO SANTO, e esses recebimentos eram repetidos ocasionalmente. Tinham eles participado desses dons? “Recebestes vós já o ESPÍRITO SANTO quando crestes? (v. 2). Vós já recebestes em vós mesmos o selo da verdade da doutrina de CRISTO?” Hoje, não devemos esperar tais dons extraordinários como tiveram então. O cânon do Novo Testamento foi encerrado e ratificado há muito tempo, e dependemos dele como a mais segura palavra de profecia. Mas há o penhor do ESPÍRITO dado a todos os crentes, que é para eles o antegozo (2 Co 1.22; 5.5; Ef 1.13,14). Agora cabe a todos nós que professamos a fé cristã avaliar seriamente se recebemos ou não o ESPÍRITO SANTO. O ESPÍRITO SANTO é prometido a todos os crentes e é para todos os que o buscam (Lc 11.13). Muitos são enganados neste assunto, pensando que receberam o ESPÍRITO SANTO quando na verdade não foi o que aconteceu. Assim como há pretendentes aos dons do ESPÍRITO SANTO, assim há às suas graças e consolações. Devemos nos examinar com rigor: Recebemos o ESPÍRITO SANTO quando cremos? A árvore se conhece pelos frutos que dá. Estamos produzimos os frutos do ESPÍRITO? Estamos sendo guiados pelo ESPÍRITO? Estamos andando no ESPÍRITO? Estamos sob o governo do ESPÍRITO?
2. Esses discípulos admitiram sua ignorância nesse assunto: “Nós nem ainda ouvimos que haja ESPÍRITO SANTO (v. 2). Essa informação nos é desconhecida. Pelas Escrituras do Antigo Testamento, sabemos – e não duvidamos – que há a promessa do ESPÍRITO SANTO, e que essa promessa se cumprirá em seu devido tempo. Mas, por tanto tempo, estivemos fora do fluxo de informações sobre essa questão que não ficamos sabendo se o ESPÍRITO SANTO já foi dado como espírito de profecia”. Eles sabiam (como observa o Dr. Lightfoot) que, de acordo com a tradição da nação judaica, depois da morte de Esdras, Ageu, Zacarias e Malaquias, o ESPÍRITO SANTO partira de Israel, subira ao céu e, depois, nunca mais ouviram falar que Ele voltara. Pelo modo como falavam, percebe-se que o esperavam, tentavam imaginar por que não ouviram falar da sua volta e estavam prontos a receber essa nova bênção. A luz do evangelho, como a luz da aurora, foi brilhando mais e mais, gradualmente (Pv 4.18). A descoberta de verdades ainda não ouvidas iluminou mais e desencadeou mais informações a pessoas que nunca haviam ouvido falar sobre isso.
3. Paulo investigou como esses discípulos foram batizados, se eles nem tinham ouvido falar sobre o ESPÍRITO SANTO. Se eles tivessem sido batizados pelos ministros de CRISTO, teriam sido informados a respeito do ESPÍRITO SANTO e batizados em seu nome. “Vós não sabeis que JESUS, sendo glorificado, por conseguinte o ESPÍRITO SANTO foi dado? Em que sois batizados, então? (v. 3). Isso é estranho e fora do comum. O quê? Vós sois batizados e ainda não sabeis nada sobre o ESPÍRITO SANTO? Se vós ainda não sabeis nada sobre o ESPÍRITO SANTO, o vosso batismo certamente foi nulo, pois o significado e o selo da lavagem da regeneração é o recebimento do ESPÍRITO SANTO. Desconhecer o ESPÍRITO SANTO é tão incompatível com a confissão sincera do cristianismo quanto é desconhecer JESUS CRISTO”. Aplicando essa verdade a nós, dá a entender que todo aquele que não recebeu e se submeteu ao ESPÍRITO SANTO foi batizado inutilmente e recebeu a graça de DEUS em vão. Essa também é uma avaliação que devemos fazer freqüentemente, não só para a honra de quem nos deu vida nova, mas para o serviço daquele que nos batizou, para que saibamos que resposta dar ao propósito de nosso nascimento e de nosso batismo.
4. Esses discípulos confessam que foram batizados no batismo de João – eis to Ioannou baptisma (v. 3), ou seja, como entendo, eles foram batizados no nome de João e não pelo próprio João (ele estava muito longe de tal pensamento), mas por alguns dos seus discípulos fracos e bem-intencionados. Eles, inadvertidamente, mantiveram o nome de João como líder de um partido, retendo o espírito e a noção de outros discípulos que ficaram com ciúme do aumento do interesse das pessoas por JESUS CRISTO e apresentaram a João queixa disso (Jo 3.26). Um ou mais destes discípulos, que foram muito edificados pelo batismo de João de arrependimento, para o perdão dos pecados (Lc 3.3), não pensando que o Reino dos Céus do qual ele falara se encontrar próximo estava mesmo tão comprovadamente próximo, promulgaram aquela noção, se acomodaram ao que já possuíam e consideraram que não havia nada melhor que persuadir outros a fazer também o mesmo. Assim, por ignorância, num zelo cego pela doutrina de João, eles batizaram, aqui e ali, um ou outro em nome de João, ou, como foi narrado aqui, no batismo de João, não olhando além de si mesmos, nem dando mais nenhuma orientação aos que eles batizavam.
5. Paulo explica a esses discípulos a verdadeira intenção e significado do batismo de João, aplicando-o principalmente a JESUS CRISTO. Dessa forma, ele corrige o erro das pessoas que os batizaram no batismo de João e que não os orientaram a procurar mais nada, senão a se acomodarem com isso. Esses que foram deixados na ignorância ou conduzidos ao erro por ineficiência da educação que tiveram não devem ser desprezados nem rejeitados pelos que são mais bem informados e ortodoxos, mas devem ser compassivamente instruídos e mais bem ensinados, como tais discípulos foram por Paulo. (1) O apóstolo reconhece que o batismo de João foi uma coisa muito boa enquanto vigorou: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento (v. 4). Por meio desse batismo, ele exigiu que as pessoas se arrependessem dos seus muitos pecados, os confessassem e deles se convertessem. E levar alguém até esse ponto é alcançar grande vitória. Mas: (2) O apóstolo mostra para esses discípulos que o batismo de João tinha referência mais ampla. João nunca designou que as pessoas que batizava deveriam se acomodar a esse nível, pois – explica Paulo – ele disse ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em JESUS CRISTO (v. 4), que o batismo de arrependimento tinha o desígnio único de preparar o caminho do Senhor e dispor as pessoas a receber alegremente JESUS CRISTO, sobre quem ele pôs grandes expectativas e a quem se dirigiu: Eis o Cordeiro de DEUS (Jo 1.39). “João foi um grande e bom homem, mas ele foi apenas o arauto – JESUS CRISTO é o Príncipe. O batismo de João foi a varanda para vós passardes, não a casa para vós repousardes. Portanto, foi totalmente errado vós serdes batizados no batismo de João.”
6. Quando Paulo mostrou a esses discípulos o erro em que estavam, eles aceitaram de bom grado a nova revelação e foram batizados em nome do Senhor JESUS (v. 5). Quanto a Apolo, de quem se disse que conhecia somente o batismo de João (Atos 18.25), ele entendeu corretamente o significado desse rito quando batizado, embora conhecesse somente esse batismo. Contudo, quando compreendeu mais pontualmente o caminho do Senhor (Atos 18.26), ele não foi batizado de novo, assim como os primeiros discípulos de JESUS, que foram batizados com o batismo de João e sabiam que isso se referia à proximidade da vinda do Messias (e, tendo isso em vista, se submeteram ao rito), não foram batizados de novo. Mas para estes discípulos que foram batizados tendo em vista João e nada mais, como se ele fosse o salvador deles, isso consistia num erro fundamental e tão fatal quanto houvessem sido batizados em nome de Paulo (1 Co 1.13). Logo, quando vieram a entender melhor as coisas, eles desejaram e foram batizados em nome do Senhor JESUS, não pelo próprio Paulo, como temos razão para pensar, mas por alguns dos que o auxiliavam. Conclui-se, então, que não havia uma correspondência entre o batismo de João e o batismo de JESUS, ou que, em essência, eles não eram o mesmo. Muito menos se conclui que os que foram batizados em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO (que é a forma designada do batismo de JESUS, Mt 28.19), possam ser batizados de novo no mesmo nome, pois os que foram batizados em nome do Senhor JESUS nunca tinha sido batizados dessa maneira anteriormente.
II
Como Paulo conferiu os dons extraordinários do ESPÍRITO SANTO a esses discípulos efésios (v. 6). 1. Paulo orou solenemente para que DEUS desse a esses discípulos esses dons. É o que significa a expressão impondo-lhes Paulo as mãos (v. 6), um gesto que os patriarcas usavam para abençoar e sobretudo para transmitir a grande custódia da promessa, como em Gênesis 48.14. Sendo o ESPÍRITO a grande promessa do Novo Testamento, os apóstolos o transmitiam pela imposição de mãos: “O Senhor te abençoe com aquela bênção, a bênção das bênçãos” (Is 44.3). 2. DEUS concedeu a bênção pela qual Paulo orou: Veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO (v. 6) de maneira inesperada e poderosa, e eles falavam línguas e profetizavam como falaram os apóstolos e os primeiros convertidos gentios (Atos 10.44). Este fato servia de introdução do evangelho em Éfeso e incutia na mente das pessoas a expectativa de grandes coisas que viriam. Alguns estudiosos pensam que o propósito era qualificar estes doze homens para a obra do ministério e que esses doze foram os anciãos de Éfeso, a quem Paulo entregou o cuidado e governo daquela igreja. Eles receberam o ESPÍRITO de profecia para que pudessem entender os mistérios do Reino de DEUS e então receberam o dom de línguas para que pregassem a toda nação e língua. Que mudança maravilhosa ocorreu de repente nestes homens! Ainda há pouco eles nem mesmo tinham ouvido que houvesse o ESPÍRITO SANTO; mas agora estão cheios do ESPÍRITO SANTO, pois o ESPÍRITO, como o vento, assopra onde quer e quando quer (Jo 3.8).
 
 
Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman
Observem que Paulo fêz milagres especiais em Éfeso. Isto foi concedido a Paulo por ter sido Éfeso o centro principal de idolatria na Asia. Era uma fortaleza dos poderes das trevas. Por esta causa, DEUS conferiu ao Seu servo um poder adicional para triunfar sôbre Satanás. Alguns exorcistas profissionais (os que tinham a profissão de expulsar demônios), procuraram usar ês­se nome através do qual Paulo tinha efetuado milagres. Sofreram severamente pela sua temeridade. O seu castigo ensinou aos efésios que o nome de JESUS era um nome poderoso e sagrado, que não podia dêle se abusar (19:17). Muitos fiéis ficaram impressionados com êste acontecimento e confessaram alguns dos seus pecados, especialmente o de ocupar-se de ciências ocultas (vers. 18, 19): Seguiu-se um grande avivamento (v. 20). Reparem que a visão missionária de Paulo está se ampliando. Deve pregar em Roma (v. 21). Os versículos 23 a 41 registram um acontecimento que comprova, duma maneira concreta, o êxito de Pauio em Éfeso. Deu um golpe tão forte nesta grande fortaleza de Satanás, que a adoração de Diana estava diminuindo. Isto alarmou aquêles que faziam ídolos, que então levantaram um tumulto contra Paulo.
Durante a sua estada em Éfeso, Paulo escreveu a primeira epístola aos Coríntios
 
 
 
Comentário Bíblico - Devocional (NT), Bíblia TheWord
“Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a DEUS e à palavra da sua graça; a ele, que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados” (Atos 20.32).
Dizer adeus se torna mais fácil quando sabemos que DEUS estará com nossos entes queridos.
Contexto
Éfeso. A cidade de Éfeso tinha sido um grande centro comercial, além do centro asiático do culto religioso a Ártemis (Diana). Ao longo dos séculos, as áreas arborizadas foram desmatadas, e o porto de Éfeso gradualmente se encheu de sedimentos. Na época de Paulo, a economia de Éfeso dependia muito do templo de Ártemis, que era considerado uma das maravilhas do mundo antigo. O ministério de Paulo foi tão eficaz que os comerciantes que dependiam da venda de medalhas religiosas viram seu negócio desmoronar dramaticamente. O resultado foi uma intensa hostilidade contra Paulo e sua mensagem.
Visão Geral
Em Éfeso, Paulo falou sobre CRISTO aos discípulos de João Batista (19.1-7). O seu ministério de dois anos foi apoiado por milagres (w. 8-16), e rendeu tantos convertidos (w. 17-22) que ameaçou o comércio que estava sediado no templo, dos artesãos de prata efésios que se revoltaram (w. 23-41). Paulo revisitou as suas igrejas na Macedônia (20.1-6). Em Trôade, Êutico morreu, e foi ressuscitado (w. 7-11). Paulo parou perto de Éfeso, e se despediu, pela última vez, dos anciãos daquela igreja (w. 12-38).
Entendendo o Texto
“O batismo de João” (Atos 19:1-7). Décadas depois da morte de JESUS, havia judeus no Império Romano que sabiam de João Batista e aceitavam a sua mensagem, mas não tinham ouvido falar de JESUS. Não havia meios de comunicação em massa: a informação era transmitida oralmente. Os 12 judeus que Paulo encontrou quando chegou a Éfeso tinham sido batizados por João anos antes, provavelmente em uma peregrinação a uma das grandes festas religiosas em Jerusalém. O seu comprometimento era real, no entanto, e quando ouviram falar de JESUS, creram no evangelho.
Esse é o terceiro caso “incomum” no livro de Atos de recebimento do ESPÍRITO SANTO. Aqui, como em Samaria, aconteceu pela imposição de mãos. E aqui, como na casa de Cornélio, a vinda do ESPÍRITO foi marcada pelo falar em línguas. Por que aqui? Talvez pela mesma razão por que o ministério de Paulo em Éfeso foi marcado por inúmeros milagres “incomuns”. Éfeso era um centro de atividade sobrenatural maligna. DEUS, por intermédio de Pau-10, demonstraria a verdadeira sobrenaturalidade. De vez em quando, o incomum marca a nossa experiência cristã. Mas não devemos esperar sinais sobrenaturais todos os dias. Se eles acontecessem todos os dias, não seriam incomuns. E logo estaríamos vivendo pela visão, e não pela fé.
“Na escola de um certo Tirano”(Atos 19:8-10). Muitos comentaristas acreditam que Tirano alugava a sua sala de conferências para professores itinerantes, para palestras públicas. As palestras e discussões diárias de Paulo alcançavam “todos os que habitavam na Ásia, tanto judeus como gregos” (v. 10).
Paulo sempre encontrava uma maneira de alcançar o povo. Nós também podemos. Recém-converti-do, comecei um estudo bíblico, à hora do almoço, na minha base da Marinha. Dois funcionários civis participavam, mas nenhum dos meus colegas da Marinha. Assim, comecei a afixar um “versículo do dia” no quadro de avisos, ao lado da cafeteira do escritório. Se olharmos à nossa volta, DEUS sempre nos mostrará alguma maneira para compartilharmos a nossa fé.
“DEUS, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias” (Atos 19.11-20). A prática de magia era comum no século I, em especial no centro de cultos de Éfeso. O objetivo da magia era manipular supostos poderes sobrenaturais para proteger o indivíduo, ou obter alguma vantagem sobre outra pessoa. É significativo que os milagres “extraordinários” de Paulo fossem realizados ali, e não, digamos, em Atenas.
DEUS com frequência decide satisfazer os seres humanos onde eles se encontram. Na intelectual Atenas, Paulo fez uma defesa filosófica da fé. Em Éfeso, onde reinavam a prática de magia e a superstição, foram realizados milagres. Em qualquer terreno onde Satanás decida guerrear, a sua derrota é certa.
 
 
Comentarios da Biblia Diario Vivir (ESP)
19.1 Efeso era a capital e o centro comercial principal da província romana da Ásia (parte da Turquia hoje). Centro de transporte marítimo e terrestre, ao mesmo tempo da Antioquía em Síria e Alejandría no Egito, era uma das grandes cidades no Mediterrâneo. Paulo permaneceu pouco mais de dois anos no Efeso. De ali escreveu sua primeira carta aos Corintios para enfocar diferentes problemas que enfrentavam. Mais tarde, durante sua prisão em Roma, Paulo escreveu uma carta à igreja no Efeso (a epístola aos Efesios).

AQUILA, PRISCILA
Algumas casais sabem como obter o máximo de sua vida. complementam-se um ao outro, utilizam as virtudes do outro e formam uma equipe efetiva. Seus esforços unidos impactam a quem está a seu redor. Aquila e Priscila eram desse tipo de casal. Nunca lhes menciona separados na Bíblia. No matrimônio e no ministério, estiveram sempre juntos.
Priscila e Aquila se encontraram com o Paulo em Corinto, enquanto o apóstolo realizava sua segunda viagem missionária. Acabavam de expulsar os de Roma pelo decreto do imperador Claudio contra os judeus. Seu lar era tão mutável como as lojas que faziam para manter-se. Abriram seu lar ao Paulo, quem colaborou com eles na fabricação de lojas. Paulo lhes abriu seu coração, lhes ensinando sua riqueza de sabedoria espiritual.
Priscila e Aquila fizeram de sua educação espiritual o melhor. Escutaram com atenção os sermões e os avaliavam. Quando ouviram o Apolos falar, impressionou-lhes sua habilidade na oratória, mas chegaram à conclusão de que o conteúdo de sua mensagem não era completa. Em lugar de ter uma confrontação aberta, o casal convidou privadamente ao Apolos a seu lar e lhe instruíram o que precisava saber. Até então, Apolos sabia o que João o Batista disse em sua mensagem a respeito de CRISTO. Priscila e Aquila lhe falaram da vida do JESUS, sua morte e ressurreição, e a realidade da presença de DEUS no ESPÍRITO. Apolos continuou pregando podendo, mas agora com a história completa.
Priscila e Aquila seguiram usando seu lar como um lugar agradável de preparação e louvor. De retorno a Roma, muitos anos depois, auspiciaram uma das Iglesias de lares que se desenvolveram.
Em uma época em que o enfoque está principalmente no que acontece entre marido e esposa, Aquila e Priscila são um exemplo do que pode ocorrer mediante a esposa e o marido. Sua unidade eficaz fala da relação entre um e outro. Sua hospitalidade abriu a porta de salvação a muitos. O lar cristão é ainda uma das melhores ferramentas para difundir o evangelho. Acham seus convidados a CRISTO em seu lar?
Pontos fortes e lucros :
-- Equipe sobressalente de algemo/esposa que ministró na igreja primitiva
-- Mantinham-se fazendo lojas enquanto serviam a CRISTO
-- Amigos próximos do Paulo
-- Explicaram ao Apolos a mensagem completa de CRISTO
Lições de suas vidas :
-- Os casais podem ter um ministério eficaz
-- O lar é uma ferramenta valiosa para a evangelização
-- Cada crente necessita que o instruam bem na fé, sem importar o papel que desempenhe na igreja
Dados gerais :
-- Onde: Procedentes de Roma, transladaram-se a Corinto, logo ao Efeso
-- Ocupação: Fabricantes de lojas
-- Contemporâneos: Imperador Claudio, Paulo, Timoteo, Apolos
Versículos chave :
"Saúdem a Priscila e a Aquila, meus colaboradores em CRISTO JESUS, que expuseram sua vida por mim; aos quais não só eu dou obrigado, mas também também todas as Iglesias dos gentis" (Rom 16:3-4).
Sua história se narra em Feitos 18. Também se mencionam em Rom 16:3-5; 1Co 16:19; 2Ti 4:19.
19.2-4 O batismo do João foi um sinal de arrependimento de pecados somente, não um indício de nova vida em CRISTO. Como Apolos (18.24-26), estes crentes efesios necessitavam mais informação quanto à mensagem e o ministério do Jesucristo. Pela fé acreditavam no JESUS como o Messías, mas não entendiam o significado da morte e ressurreição de CRISTO nem a obra do ESPÍRITO SANTO. Ser cristão envolve mudança de atitude (arrependimento) e voltar-se para CRISTO (fé). Estes crentes estavam incompletos.
Segundo o livro de Feitos, os crentes receberam o ESPÍRITO SANTO de diversas formas. Pelo general, o ESPÍRITO SANTO enchia a uma pessoa assim que professava sua fé em CRISTO. Neste caso, entretanto, DEUS permitiu que fora depois porque o conhecimento destes discípulos era incompleto. DEUS confirmou a estes crentes, que em um início não sabiam do ESPÍRITO SANTO, que também formavam parte da igreja. A plenitude do ESPÍRITO SANTO lhes confirmou como crentes.
O Pentecostés foi o derramamento formal do ESPÍRITO SANTO à Igreja. Outros derramamentos no livro de Feitos foram a forma de DEUS para acrescentar novos membros à igreja. O sinal da verdadeira igreja não é simplesmente a boa doutrina, as boas ações, a não ser a obra do ESPÍRITO SANTO.
Paulo EMPREENDE UMA TERCEIRA VIAGEM : Assim que Paulo teve a oportunidade, empreendeu sua terceira viagem, inquietado talvez por algum mal-entendido entre as Iglesias fundadas. Pressuroso foi ao norte, logo ao oeste, voltando pelas cidades que antes visitou. Nesta oportunidade, entretanto, seguiu em forma mais direta a rota oeste para o Efeso.
19.6 Quando Paulo impôs suas mãos sobre estes discípulos, estes receberam o ESPÍRITO SANTO da mesma forma que os discípulos no Pentecostés. Isto também aconteceu quando o ESPÍRITO SANTO veio aos gentis (não judeus, veja-se 10.45-47).
 
 
Os 12 discípulos (19.1-7) - Comentário - NVI (FFBruce)
Paulo nas “regiões altas” (v. 1). V. comentários de 18.23 e 16.6-8. O termo se harmoniza bem com a suposição de que algumas igrejas haviam sido organizadas nas montanhas da Galácia. Gostaríamos tanto de saber mais a respeito desses meses atribulados que Lucas resume em algumas palavras!
O grupo em Efeso (v. 1-7). Os 12 discípulos não poderiam ter estado em contato com Áqüila e Priscila e os “irmãos” em Éfe-so, ou não se teria chegado às condições descritas. Como no caso de Apoio, esses homens tinham ouvido de JESUS, tinham sido batizados com o batismo de arrependimento, mas não haviam sido informados da conclusão em
Jerusalém. Uma corrente separada e antiga de testemunho, provavelmente, provinha da Galiléia. A pergunta de Paulo Vocês receberam o ESPÍRITO SANTO quando creram? mostra que ele esperava que os discípulos recebessem o ESPÍRITO SANTO assim que cressem. A resposta (v. 2) não indica que os discípulos não sabiam nada a respeito do ESPÍRITO SANTO (claramente apresentado no AT e no ensino de João Batista), mas que não tinham ouvido da vinda do ESPÍRITO SANTO por meio do Messias como prometido por João. O significado da “imposição de mãos” corresponde estreitamente ao de 8.17 e, de acordo com o seu significado fundamental de identificação, denota o fechamento de uma brecha entre uma posição incompleta e a autoridade apostólica, assim alinhando-a com ela.
 
 
ESTUDOS BEP - CPAD SOBRE O ESPÍRITO SANTO
O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
At 1.5 “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.”
Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no ESPÍRITO SANTO. A respeito do batismo no ESPÍRITO SANTO, a Palavra de DEUS ensina o seguinte:
O batismo no ESPÍRITO é para todos que professam sua fé em CRISTO; que nasceram de novo, e, assim, receberam o ESPÍRITO SANTO para neles habitar. Um dos alvos principais de CRISTO na sua missão terrena foi batizar seu povo no ESPÍRITO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Ele ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4.5.8).
O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do ESPÍRITO é distinta e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo ESPÍRITO, assim também o batismo no ESPÍRITO complementa a obra regeneradora e santificadora do ESPÍRITO. No mesmo dia em que JESUS ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse: “Recebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22), indicando que a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser “revestidos de poder” pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma experiência subseqüente à regeneração (ver 11.17; 19.6).
Ser batizado no ESPÍRITO significa experimentar a plenitude do ESPÍRITO, (cf. 15; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do ESPÍRITO SANTO antes do dia de Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no ESPÍRITO SANTO”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de CRISTO (1.2-5; Lc 24.49-51, Jo 16.7-14).
O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4; 10.45,46; 19.6).
O batismo no ESPÍRITO SANTO outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de CRISTO e ter eficácia no seu testemunho e pregação (cf. 18; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, na qual a presença, a glória e a operação de JESUS estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).
Outros resultados do genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO são: (a) mensagens proféticas e louvores (2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15); (b) maior sensibilidade contra o pecado que entristece o
ESPÍRITO SANTO, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8; At 1.8); (c) uma vida que glorifica a JESUS CRISTO (Jo 16.13,14; At; (d) visões da parte do ESPÍRITO (2.17); (e) manifestação dos vários dons do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10); (f) maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); (g) maior amor à Palavra de DEUS e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e (h) uma convicção cada vez maior de DEUS como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6).
A Palavra de DEUS cita várias condições prévias para o batismo no ESPÍRITO SANTO. (a) Devemos aceitar pela fé a JESUS CRISTO como Senhor e Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto importa em submeter a DEUS a nossa vontade (“àqueles que lhe obedecem”. Devemos abandonar tudo o que ofende a DEUS, para então podermos ser “vaso para honra, santificado e idôneo para o uso do Senhor” (2Tm 2.21). (b) É preciso querer o batismo. O crente deve ter grande fome e sede pelo batismo no ESPÍRITO SANTO (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3; Mt 5.6; 6.33).
Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17). (d) Devemos esperar convictos que DEUS nos batizará no ESPÍRITO SANTO (Mc 11.24; At
1.4,5).
O batismo no ESPÍRITO SANTO permanece na vida do crente mediante a oração (4.31), o testemunho (4.31, 33), a adoração no ESPÍRITO (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18). Por mais poderosa que seja a experiência inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO sobre o crente, se ela não for expressa numa vida de oração, de testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.
O batismo no ESPÍRITO SANTO ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de DEUS, para, assim, testemunhar com poder e retidão. A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do ESPÍRITO SANTO (ver 4.31; cf. 2.4; 4.8, 31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no ESPÍRITO, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o ESPÍRITO, que deve ser renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).
 
 
A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
At 5.3,4 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.”
É essencial que os crentes reconheçam a importância do ESPÍRITO SANTO no plano divino da redenção. Sem a presença do ESPÍRITO SANTO neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o ESPÍRITO SANTO, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o ESPÍRITO SANTO, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do ESPÍRITO SANTO.
A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO. Através da Bíblia, o ESPÍRITO SANTO é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18; Hb 9.14; 1Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O ESPÍRITO SANTO não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com JESUS (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo DEUS vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1.11 a Trindade).
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO. (1) A revelação do ESPÍRITO SANTO no AT. (2) A revelação do ESPÍRITO SANTO no NT. (a) O ESPÍRITO SANTO é o agente da salvação. Nisto Ele convence-nos do pecado (Jo 16.7,8), revela-nos a verdade a respeito de JESUS (Jo 14.16,26), realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de CRISTO (1Co). Na conversão, nós, crendo em CRISTO, recebemos o ESPÍRITO SANTO (Jo 3.3-6; 20.22) e nos tornamos co-participantes da natureza divina (2Pe 1.4). (b) O ESPÍRITO SANTO é o agente da nossa santificação. Na conversão, o ESPÍRITO passa a habitar no crente, que começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.9; 1Co 6.19). Note algumas das coisas que o ESPÍRITO SANTO faz, ao habitar em nós. Ele nos santifica, i.e., purifica, dirige e leva-nos a uma vida santa, libertando-nos da escravidão ao pecado (Rm 8.2-4; Gl 5.16,17; 2Ts 2.13). Ele testifica que somos filhos de DEUS (Rm 8.16), ajuda-nos na adoração a DEUS (At 10.45,46; Rm 8.26,27) e na nossa vida de oração, e intercede por nós quando clamamos a DEUS (Rm 8.26,27). Ele produz em nós as qualidades do caráter de CRISTO, que O glorificam (Gl 5.22,23; 1Pe). Ele é o nosso mestre divino, que nos guia em toda a verdade (Jo 16.13; 14.26; 1Co 2.10-16) e também nos revela JESUS e nos guia em estreita comunhão e união com Ele (Jo 14.16-18; 16.14). Continuamente, Ele nos comunica o amor de DEUS (Rm 5.5) e nos alegra, consola e ajuda (Jo 14.16; 1Ts 1.6). (c) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino para o serviço do Senhor, revestindo os crentes de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do ESPÍRITO SANTO relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do ESPÍRITO. Quando somos batizados no ESPÍRITO, recebemos poder para testemunhar de CRISTO e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (1.8). Recebemos a mesma unção divina que desceu sobre CRISTO (Jo 1.32,33) e sobre os discípulos (2.4; ver 1.5), e que nos capacita a proclamar a Palavra de DEUS (1.8; 4.31) e a operar milagres (2.43; 3.2-8; 5.15; 6.8; 10.38). O plano de DEUS é que todos os cristãos atuais recebam o batismo no ESPÍRITO SANTO (2.39). Para realizar o trabalho do Senhor, o ESPÍRITO SANTO outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de CRISTO (1Co 12—14). Estes dons são uma manifestação do ESPÍRITO através dos santos, visando ao bem de todos (1Co 12.7-11). (d) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino que batiza ou implanta os crentes no corpo único de CRISTO, que é sua igreja (1Co 12.13) e que permanece nela (1Co 3.16), edificando-a (Ef 2.22), e nela inspirando a adoração a DEUS (Fp 3.3), dirigindo a sua missão (13.2,4), escolhendo seus obreiros (20.28) e concedendo-lhe dons (1Co 12.4-11), escolhendo seus pregadores (2.4; 1Co 2.4), resguardando o evangelho contra os erros (2Tm 1.14) e efetuando a sua retidão (Jo 16.8; 1Co 3.16; 1Pe 1.2).
As diversas operações do ESPÍRITO são complementares entre si, e não contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do ESPÍRITO SANTO formam um todo, não havendo plena separação entre elas. Alguém não pode ter (a) a nova vida total em CRISTO, (b) um santo viver, (c) o poder para testemunhar do Senhor ou (d) a comunhão no seu corpo, sem exercitar estas quatro coisas. Por exemplo: uma pessoa não pode conservar o batismo no ESPÍRITO SANTO se não vive uma vida de retidão, produzida pelo mesmo ESPÍRITO, que também quer conduzir esta mesma pessoa no conhecimento das verdades bíblicas e sua obediência às mesmas.
 
 
PROVAS DO GENUÍNO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
At 10.44,45 “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios.”
As Escrituras ensinam que o crente deve examinar e provar tudo o que se apresenta como sendo da parte de DEUS (1Ts 5.21; cf. 1Co 14.29). “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de DEUS” (1Jo 4.1). Seguem-se alguns princípios bíblicos para provar ou testar se é de DEUS um caso declarado de batismo no ESPÍRITO SANTO.
O autêntico batismo no ESPÍRITO SANTO levará a pessoa a amar, exaltar e glorificar a DEUS Pai e ao Senhor JESUS CRISTO mais do que antes (ver Jo 16.13,14; At 2.11,36; 10.44-46).
O verdadeiro batismo no ESPÍRITO SANTO aumentará a convicção da nossa filiação com o Pai celestial (1.4; Rm 8.15,16), levará a uma maior percepção da presença de CRISTO em nossa vida diária (Jo 14.16, 23; 15.26) e aumentará o clamor da alma “Aba, Pai”! (Rm 8.15; Gl 4.6). Por sua vez, um batismo no ESPÍRITO SANTO que não leva a uma maior comunhão com CRISTO e a uma mais intensa comunhão com DEUS como nosso Pai não vem dEle.
O real batismo no ESPÍRITO SANTO aumentará nosso amor e apreço pelas Escrituras. O ESPÍRITO da verdade (Jo 14.17), que inspirou as Escrituras (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21), aprofundará nosso amor à verdade da Palavra de DEUS (Jo 16.13; At 2.42; 3.22; 1Jo 4.6). Por outro lado, qualquer suposto batismo no ESPÍRITO que diminui nosso interesse em ler a Palavra de DEUS e cumpri-la, não provém de DEUS.
O real batismo no ESPÍRITO SANTO aprofundará nosso amor pelos demais seguidores de CRISTO e a nossa preocupação pelo seu bem-estar (2.38, 44-46; 4.32-35). A comunhão e fraternidade cristãs, de que nos fala a Bíblia, somente podem existir através do ESPÍRITO (2Co 13.13).
O genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO deve ser precedido de abandono do pecado e de completa obediência a CRISTO (2.38). Ele será conservado quando continuamos na santificação do ESPÍRITO SANTO (2.40; 2Ts 2.13; Rm 8.13; Gl 5.16,17). Daí, qualquer suposto batismo, em que a pessoa não foi liberta do pecado, continuando a viver segundo a vontade da carne, não pode ser atribuído ao ESPÍRITO SANTO (2.40; 8.18-21; Rm 8.2-9). Qualquer poder sobrenatural manifesto em tal pessoa trata-se de atividade enganadora de Satanás (cf. Sl 5.4,5).
O real batismo no ESPÍRITO SANTO fará aumentar o nosso repúdio às diversões pecaminosas e prazeres ímpios deste mundo, refreando-nos a busca egoísta de riquezas e honrarias terrenas (20.33; 1Co 2.12; Rm 12.16; Pv 11.28).
O genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO nos trará mais desejo e poder para testemunhar da obra redentora do Senhor JESUS CRISTO (ver Lc 4.18; At 1.8; 2.38-41; 4.8-20; Rm 9.1-3; 10.1). Inversamente, qualquer suposto batismo no ESPÍRITO que não resulte num desejo mais intenso de ver os outros salvos por CRISTO, não provém de DEUS (ver 4.20).
O genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO deve despertar em nós o desejo de uma maior operação sua no reino de DEUS, e também uma maior operação de seus dons em nossa vida. As línguas como evidência inicial do batismo devem motivar o crente a permanecer na esfera dos dons espirituais (2.4, 43; 430; 5.12-16; 68; 87; Gl 3.5).
O autêntico batismo no ESPÍRITO SANTO tornará mais real a obra, a direção e a presença do ESPÍRITO SANTO em nossa vida diária. Depois de batizados no ESPÍRITO SANTO, os crentes de Atos tornaram-se mais cônscios da presença, poder e direção do ESPÍRITO SANTO (4.31; 6.5; 9.31; 10.19; 13.2, 4, 52; 15.28; 16.6,7; 20.23). Inversamente, qualquer suposto batismo no ESPÍRITO SANTO que não aumentar a nossa consciência da presença do ESPÍRITO SANTO, nem aumentar o nosso desejo de obedecer à sua orientação, nem reafirmar o nosso alvo de viver diante dEle de tal maneira a não entristecê-lo nem suprimir o seu fervor, não provém de DEUS.
 
 
O FALAR EM LÍNGUAS
At 2.4 “E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.”
O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de DEUS para evidenciar o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do ESPÍRITO continua o mesmo para os dias de hoje.
O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS. (1) As línguas como manifestação do ESPÍRITO. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo ESPÍRITO, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo ESPÍRITO.
Línguas como sinal externo inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o ESPÍRITO SANTO se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, DEUS vinculou o falar noutras línguas ao batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.
As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais: (a) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo ESPÍRITO, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6,13-17). (b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a DEUS nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar, dar graças (14.16,17) ou cantar (14.15; ver 1Co 14).
OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS. O simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do ESPÍRITO SANTO. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de DEUS (ver 1Jo 4.1).
Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do ESPÍRITO SANTO, como em 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do ESPÍRITO SANTO. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo.
O ESPÍRITO SANTO nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; cf. 2Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de DEUS (2Pe 2.1,2).
Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a JESUS CRISTO, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de DEUS, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do ESPÍRITO SANTO (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; cf. Gl 1.9; Mt 24.11-24, Jo8.31).
 
 
PNEUMATOLOGIA
ÍNDICE
I. A NATUREZA DO ESPIRITO SANTO
1. A Personalidade do ESPÍRITO SANTO
2. Nomes Divinos São Dados ao ESPÍRITO SANTO
3. Símbolos do ESPÍRITO SANTO
II. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
1. O ESPÍRITO SANTO na Criação
2. O ESPÍRITO SANTO Antes do Dilúvio
3. O ESPÍRITO SANTO nos Líderes do Antigo Testamen­to
4. O ESPÍRITO SANTO em João Batista
5. O ESPÍRITO SANTO em CRISTO
6. O ESPÍRITO SANTO em Relação ao Crente
III. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. O Dia de Pentecoste
2. Para Quem é a Promessa?
3. A Natureza Deste Batismo
4. Evidência do Batismo com o ESPÍRITO SANTO
IV. OS DONS DO ESPIRITO SANTO
1. Os Dons do ESPÍRITO SANTO em 1 Coríntios
2. Classificação dos Dons Espirituais
3. Dons de Revelação
4. Dons de Poder
5. Dons de Inspiração


INTRODUÇÃO
Por muitos anos, principalmente nos anos anteriores ao despertamento pentecostal iniciado no começo deste Século, o ESPÍRITO SANTO era a Pessoa menos conhecida dentre as Pessoas da Santíssima Trindade. Porém, com o surgimento do Movimento Pentecostal, quando DEUS fez soprar o vento do seu ESPÍRITO em maior profusão, o Espíri­to SANTO veio a conquistar no conceito cristão a sua verda­deira posição em relação ao Pai e ao Filho.
A despeito de tudo isto, no entanto, reconhecemos ha­ver muito erro e confusão em nossos dias no tocante à per­sonalidade, operações e manifestações do ESPÍRITO SANTO. Eruditos, conscientes, mas equivocados, têm sustentado pontos de vista errôneos e contrários às Escrituras a respei­to desse singular personagem da Trindade Divina. É vital, portanto, para a fé de todo crente sincero, que o ensino bíblico a respeito do ESPÍRITO SANTO seja mantido em bases seguras e em suas corretas proporções. Só assim serão evi­tados os extremos quanto ao assunto: evitando ou dando ênfase demasiada e até antibíblica à Pessoa e obra do ESPÍRITO SANTO.
I. A NATUREZA DO ESPIRITO SANTO
A natureza do ESPÍRITO SANTO se evidencia através da sua personalidade singular, da sua divindade, dos seus no­mes e símbolos conforme revelam o Antigo e o Novo Testamento.
1. A Personalidade do ESPÍRITO SANTO
A Bíblia apresenta o ESPÍRITO SANTO como um Ser do­tado de personalidade, isto é, que possui ou contém em si mesmo os elementos de existência pessoal, em contraste com a existência impessoal (Teologia Elementar – Imprensa Batista –Pág. 163).
Pode-se dizer que a personalidade existe quando se encontram em uma única combinação, inteligência, emo­ção e volição, ou ainda autoconsciência e autodetermina­ção. Deste modo, ao usarmos o termo "pessoa", aplicando-o aos membros da Trindade, deve ser entendido em senti­do qualitativo ou limitado, e não em organismos separa­dos, confundindo-o com corporalidade, conforme usamos o termo em relação ao homem.
A Bíblia mostra a personalidade do ESPÍRITO SANTO quando diz que:
Ele cria e dá vida (Jó 33.4).
Ele nomeia e comissiona ministros (Is 48.16; Act 13.2; 20.28).
Ele dirige onde os ministros devem pregar (Act 16.6,7).
Ele instrui o que os ministros devem pregar (1 Co 2.14).
Ele falou através dos profetas (Act 1.16; 1 Pd 1.11,12; 2 Pd 1.21).
Ele contende com os pecadores (Gn 6.3).
Ele reprova (Jo 16.8).
Ele consola (Act 9.31).
Ele nos ajuda em nossas fraquezas (Rm 8.26).
Ele ensina (Jo 14.26; 1 Co 12.3).
Ele guia (Jo 16.13).
Ele santifica (Rm 15.16; 1 Co 6.11).
Ele testifica de CRISTO (JO 15.26).
Ele glorifica a CRISTO (Jo 16.14).
Ele tem poder próprio (Rm 15.13).
Ele sonda tudo (Rm 11.33,34; 1 Co 10,11).
Ele age segundo a sua vontade (1 Co 12.11).
Ele habita com os santos (Jo 14.17).
Ele pode ser entristecido (Ef 4.30).
Ele pode ser envergonhado (Is 63.10).
Ele pode sofrer resistência (Act 7.51).
Ele pode ser tentado (Act 5.9).
2.Nomes Divinos São Dados ao ESPÍRITO SANTO
O ESPÍRITO SANTO é chamado DEUS: "Então disse Pe­dro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO?... Não mentiste aos ho­mens, mas a DEUS" (Act 5.3,4).
O ESPÍRITO SANTO também é chamado SENHOR: "E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Se­nhor, o ESPÍRITO" (2 Co 3.18).
Além de nomes, o ESPÍRITO SANTO detém atributos di­vinos, como:
Eternidade (Hb 9.14).
Onipresença (Sl 139.7-70).
Onipotência (Lc 1.35).
Onisciência (1 Co 2.10).
Outra incontestável prova da divindade do ESPÍRITO SANTO é que Ele realiza trabalhos exclusivos de DEUS. Por exemplo:
Foi o ESPÍRITO SANTO quem comunicou vida à criação (Gn 1.2).
É o ESPÍRITO SANTO quem transforma o homem peca­dor em uma nova criatura, por meio do novo nascimento (Jo 3.3-8).
Foi o ESPÍRITO SANTO quem levantou a CRISTO da mor­te, mediante a ressurreição (Rm 8.11).
No decorrer de toda a Escritura, o ESPÍRITO SANTO é chamado:
• ESPÍRITO de DEUS (1 Co 3.16; Gn 1.2).
ESPÍRITO de CRISTO (Rm 8.9).
ESPÍRITO SANTO (Act 1.5).
ESPÍRITO de Vida (Rm 8.2).
ESPÍRITO de Adoção (Rm 8.5; Gl 4.5,6).
3.Símbolos do ESPÍRITO SANTO
A Bíblia é um livro de figuras e símbolos. De forma específica, o ESPÍRITO SANTO é mostrado nas Escrituras tam­bém através de símbolos, dentre os quais se destacam os seguintes:
a) O Fogo
"Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mais eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o ESPÍRITO San­to e com fogo” (Lc 3.16).
O fogo, como símbolo do ESPÍRITO SANTO, fala da sua grande força em relação às diversas maneiras de sua opera­ção, para corrigir os defeitos da nossa natureza decaída e conduzir-nos à perfeição que deve adornar os filhos de DEUS. Mais do que isto, o fogo fala da ação purificadora do ESPÍRITO SANTO.
b) O Vento
"E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que esta­vam assentados" (Act 2.2). JESUS falou do vento como símbolo do ESPÍRITO SANTO. O vento apesar de invisível, é real. Não podemos tocá-lo nem compreendê-lo, mas o sentimos. A sua ação indepen­de do querer ou não do homem. Isto fala da ação soberana do ESPÍRITO SANTO.A mesma palavra "pneuma", que é usada em referên­cia ao ESPÍRITO, é também traduzida por "vento", "ar", ou "fôlego".
c) Água, Rio, Chuva
"E no último, o grande dia da festa, JESUS pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios dá­gua viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do ESPÍRITO que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espí­rito SANTO ainda não fora dado, por ainda JESUS não ter sido glorificado" (Jo 7.37-39).
d) Óleo, Azeite
"E me disse: Que vês? Eu disse: Olho, e eis um casti­çal todo de ouro, e um vaso de azeite no cimo, com as suas sete lâmpadas; e cada lâmpada posta no cimo tinha sete canudos. E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à esquerda. E falei, e disse ao anjo que falava comigo, dizendo: Senhor meu, que é isto? Então respondeu o anjo que falava comigo, e me disse: Não sabes tu o que isto é? E eu disse: Não, senhor meu. E respondeu, e me falou, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas pelo meu ESPÍRITO, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc 4.2-6).
Simbolizando o ESPÍRITO SANTO, o óleo era usado nas solenidades consagratórias de profetas, sacerdotes e reis em Israel. É considerado símbolo do ESPÍRITO SANTO porque era usado nos rituais do Antigo Testamento, correspon­dendo à operação real do ESPÍRITO SANTO na vida do crente hoje.
e) Selo
"Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e ten­do nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa" (Ef 1.13). O selo é prova de propriedade, legitimidade, autorida­de, segurança ou preservação. Estas palavras expressam a situação daqueles que foram selados pelo ESPÍRITO SANTO.
f) A Pomba
"E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que seabriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 13.16,17). O ESPÍRITO SANTO veio sobre os discípulos no dia de Pentecoste, em forma de fogo - havia o que queimar. Sobre JESUS, no entanto, veio em forma corpórea duma pomba-símbolo da pureza e da inocência de CRISTO.
II. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
A dispensação em que vivemos atualmente é um tem­po oportuno para as atividades especiais do ESPÍRITO SANTO entre os homens, como aquele sobre quem pesa a responsa­bilidade de alcançar todo este vasto Universo, encami­nhando os homens para DEUS. Entretanto, sabemos que o mesmo ESPÍRITO também exerceu as suas atividades em tempos mais remotos. Muito antes do alvorecer dos tem­pos, Ele já existia como a terceira Pessoa da Trindade divi­na.
1.O ESPÍRITO SANTO na Criação
Muito antes de o homem aparecer na terra e mesmo antes da terra existir, o ESPÍRITO SANTO já existia. A primei­ra parte de Gênesis 1.2 apresenta uma cena singular: a ter­ra, uma massa informe, vazia e escura. Foi então que um raio de esperança brilhou, iluminando-a, antes mesmo que DEUS ordenasse o aparecimento da luz. Lemos: "E o Espí­rito de DEUS pairava por sobre as águas". Foi este aspecto diferente o primeiro prenuncio da perfeição das obras do Criador.Com singular inspiração, disse o patriarca Jó que DEUS, "pelo seu ESPÍRITO, ornou os céus" (Jó 26.13). Isto é, através do seu ESPÍRITO, DEUS não apenas formou o Universo, mas também o embelezou estabelecendo a ordem de ação de cada astro, do menor ao maior.

2.O ESPÍRITO SANTO Antes do Dilúvio
Os primeiros versículos do capítulo seis de Gênesis pintam um quadro calamitoso. A terra estava corrompida. A maldade do homem não tinha limites. Era a depravação total da raça humana. Todos os pensamentos do coração do homem eram maus continuamente (Gn 6.5). Diante disto, con­cluímos logicamente, que os homens resistiam ao ESPÍRITO SANTO apesar da sua persistência em conduzi-los à cons­ciência de erro e uma conseqüente volta para DEUS.Face à impenitência do homem, em estado de profun­da tristeza, disse DEUS a Noé: "O meu ESPÍRITO não agirá para sempre no homem" (Gn 6.3).
Apesar disto, DEUS ainda deu ao homem uma oportunidade que durou cerca de cento e vinte anos. Mesmo assim, em atitude de rebeldia contra DEUS e o seu ESPÍRITO SANTO, o homem continuou na escala­da do pecado, culminando com a destruição trazida pelo Dilúvio.
3.O ESPÍRITO SANTO nos Líderes do Antigo Testamento
Dentre os grandes vultos do Antigo Testamento, em cujas vidas o ESPÍRITO SANTO encontrou lugar para operar, se destacam José do Egito, Moisés, os setenta anciões de Israel, Bezaleel, Josué, Otoniel, Gideão, Jefté, Sansão, Saul e Davi. Por esta razão a história narrada no Antigo Testamento os destaca dos seus contemporâneos.
Foi pela ação do ESPÍRITO SANTO que,
José se evidenciou com capacidade de revelar misté­rios e com sabedoria para administrar (Gn 41. 8,38).
Moisés mostrou autoridade divina para liderar e sa­bedoria para legislar sobre o povo de DEUS (Is 63.11).
Os setenta anciãos mostraram habilidade como co-operadores na condução dos filhos de Israel du­rante a peregrinação no deserto (Nm 11.16,17, 25).
Bezaleel recebeu capacidade para construir o tabernáculo e para ensinar a outros o mesmo serviço (Ex 31.1-4; 35.34).
Otniel adquiriu sabedoria para julgar Israel (Jz 3.10,11).
Gideão encontrou coragem para lutar (Jz 6.34).
Jefté lutou e venceu os Amonitas (Jz 11.29).
Sansão encontrou força para libertar o seu povo que gemia sob o jugo da escravidão dos filisteus (Jz 14.19; 15.14).
Saul foi contado entre os profetas, e assim conti­nuou enquanto temeu ao Senhor (1 Sm 10.6,10).
Davi encontrou forças para ser rei, poeta, cantor e profeta (1 Sm 16.13).
Os profetas trabalharam e agiram no poder do Espí­rito, ministrando não para si mesmos, mas para nós da atual geração (Ez 2.2; 2 Pd 1.21).
4.O ESPÍRITO SANTO em João Batista
A João Batista estava destinada uma missão de gran­de interesse dos céus. Por isso o ESPÍRITO SANTO se manifes­tou nele (desde o ventre de sua mãe), de modo especial (Lc 1.15). Foi cheio do ESPÍRITO SANTO, pois nenhuma missão divina de grande relevância pode ser realizada, a não ser pela unção do ESPÍRITO SANTO.
A presença do ESPÍRITO SANTO no ministério de João Batista se evidencia:Pela autoridade com que exortava o povo a preparar o caminho do Senhor (Lc 3.2-4); Pela firmeza com que anunciava a salvação de DEUS, a manifestar-se em CRISTO (Lc 3.5,6); Pela energia com que denunciava o pecado do seu povo, conclamando-o ao arrependimento, para esca­par do juízo iminente, qual machado já posto à raiz da árvore (Lc 3.7-9); Pela segurança com que ensinava o caminho de re­torno a DEUS (Lc 3.10-14); Pela convicção com que predizia o caráter sobrena­tural do ministério de JESUS, de quem era precur­sor (Lc 3.15-18); Pela imparcialidade com que protestava contra o pecado do rei Herodes (Lc 3.19).
5.O ESPÍRITO SANTO em CRISTO
Ninguém melhor que JESUS se identificou de forma tão plena com o ESPÍRITO SANTO. Essa relação salienta a pessoa de JESUS CRISTO como alguém
a) Concebido pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 1.35).
b) Ungido com o ESPÍRITO SANTO (Act 10.38).
c)Guiado pelo ESPÍRITO SANTO (Mt 4.1).
d) Cheio do ESPÍRITO SANTO (Lc 4.1).
e)Que realizou o seu ministério no poder do ESPÍRITO SANTO (Lc 4.18,19).
f) Que ofereceu-se em sacrifício pelo ESPÍRITO (Hb 9.14).
g)Que ressuscitou pelo poder do ESPÍRITO (Rm 8.11).
h)Que deu mandamento aos apóstolos após a ressur­reição- por intermédio do ESPÍRITO SANTO (Act 1.1,2).
i) Doador do ESPÍRITO SANTO (Act 2.33).
JESUS CRISTO viveu toda a sua vida terrena dependendo inteiramente do ESPÍRITO SANTO e a Ele se sujeitou.
6. O ESPÍRITO SANTO em Relação ao Crente
Quanto à pessoa do crente, o ESPÍRITO SANTO nele ope­ra:
regenerando-o (Jo 3.3-6).
batizando-o no corpo de CRISTO (Jo 1.32-34).
habitando nele (1 Co 6.15-19).
selando-o (Ef 1.13,14).
proporcionando-lhe segurança (Rm 8.14-16).
fortalecendo-o (Ef 3.16).
enchendo-o da sua virtude (Ef 5.18-20).
libertando-o da lei do pecado e da morte (Rm 8.2).
guiando-o (Rm 8.14).
chamando-o para serviço especial (Act 13.2,4).
orientando-o para serviço especial (Act 8.27-29).
iluminando-o (1 Co 2.12-14).
instruindo-o (Jo 16.13,14).
capacitando-o (1 Ts 1.5).
III. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
O evento do batismo com o ESPÍRITO SANTO não deveria surpreender, nem confundir os estudantes das Escrituras, pois é uma bênção já prometida, relacionada com o plano divino da salvação em CRISTO, predito por Joel, Isaias, João Batista e JESUS (Act 2.16-18; Is 44.3; Mt 3.11; Jo 14.16,17).
1. O Dia de Pentecoste
O dia de Pentecoste foi um dia singular para a Igreja e continua sendo; é que nesse dia aprouve a DEUS, por inter-cessão de JESUS CRISTO, enviar o ESPÍRITO SANTO, a ocupar no mundo e de forma mais precisa, no seio da Igreja, uma posição sem paralelo em toda a história da humanidade. Nesse dia cerca de cento e vinte frágeis discípulos de JESUS foram cheios do ESPÍRITO SANTO e dotados do poder de tes­temunhar do Evangelho.
Como resultado da experiência do Pentecoste, Pedro pregou com tal autoridade, que cerca de três mil preciosas almas se renderam aos pés de JESUS. Com autoridade sobrenatural acusou os seus ouvintes judeus de haverem entregue à morte o Filho de DEUS, e exortou-os a se arrependerem de seus pecados. Isto disse como prelúdio, para logo informar-lhes de que a conversão a CRISTO resultaria em receberem a mesma experiência que observavam, com sinais poderosamente evidentes (Act 2.14-41). Atente com interesse para este fato. Pedro proclamou ter a promessa do batismo com o ESPÍRITO referência a to­dos os homens e não somente àqueles que constituíam a assembléia ali reunida.
2. Para Quem é a Promessa?
"E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe; a tantos quantos DEUS nosso Senhor cha­mar" (Act 2.38,39). De acordo com estas palavras de Pedro, note a exten­são e alcance da promessa do batismo com o ESPÍRITO San­to:
1° A promessa é para vós - os judeus ali presentes, re­presentando os demais compatriotas, isto é, a na­ção com a qual DEUS fizera a antiga aliança.
2° Para os vossos filhos -os que existiam então e as gerações sucessivas.
3° Para todos os que ainda estão longe,isto é, para quantos o Senhor nosso DEUS chamar - para todos, universalmente, para os gentios e para qualquer indivíduo que responda à chamada de DEUS, atra­vés do Evangelho para a salvação em .CRISTO.
A promessa de Atos 2.39 indica que a gloriosa expe­riência do batismo com o ESPÍRITO SANTO foi designada por DEUS para todos os crentes, desde o dia de Pentecoste até o fim da presente dispensação.O enchimento do ESPÍRITO SANTO, assinalado pelo falar noutras línguas, como aconteceu no dia de Pentecoste, de­veria ser o modelo para essa experiência, para qualquer in­divíduo, através da dispensação da Igreja.
3.À Natureza Deste Batismo
Várias palavras e expressões são usadas na Bíblia para simbolizar e descrever a vinda do ESPÍRITO SANTO aos cren­tes, e seu ministério através destes. Algumas dessas ex­pressões, são:
a) Derramamento
Esta expressão das Escrituras é usada freqüentemente para designar a vinda do ESPÍRITO SANTO à vida do crente. O sentido original da palavra se refere à comunicação de alguma coisa vinda do céu, com grande abundância..(Jl 2.28,29).
b) Batismo
O recebimento do ESPÍRITO SANTO é figurado como ba­tismo: uma total, gloriosa e sobrenatural imersão do Divi­no ESPÍRITO, o que revela a maneira gloriosa como o Espíri­to SANTO envolve, enche e penetra a alma do crente. Assim todo o nosso ser se torna saturado e dominado com a pre­sença refrigeradora de DEUS, pelo seu ESPÍRITO SANTO.
c) Enchimento
Quando o ESPÍRITO veio sobre os discípulos no cenáculo, foram cheios do ESPÍRITO. Evidenciaram estar cheios, a ponto de parecerem estar "embriagados" (Act 2.3).
Esse enchimento não se deu em gotas, caídas como que através dum crivo. Não. No Pentecoste a plenitude do ESPÍRITO os encheu inteiramente, de tal modo que anda­vam de um lado para outro, falando em novas línguas.
4. Evidência do Batismo com o ESPÍRITO SANTO
Todos os casos de batismos com o ESPÍRITO SANTO rela­tados no livro de Atos, constituem uma sólida base para a afirmação de que o falar em línguas estranhas é a evidên­cia física inicial de que o crente foi batizado com o ESPÍRITO SANTO. Detenhamo-nos um pouco em analisar os cinco ca­sos distintos como são apresentados no referido livro.

a) No Dia de Pentecoste
"E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem" (Act 2.4). Esta foi a primeira manifestação do ESPÍRITO SANTO, após JESUS ter dito: "...e vós sereis batizados com o Espíri­to SANTO, não muito depois destes dias" (Act 1.5). A demonstração comum ou evidência física inicial de que todos os presentes no cenáculo foram cheios do ESPÍRITO SANTO, foi que todos falaram em línguas estranhas; línguas que não haviam aprendido, faladas, portanto, pela operação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO.
b) Entre os Crentes Samaritanos
"Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ou­vindo que Samaria recebera a Palavra de DEUS, enviaram lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o ESPÍRITO SANTO. (Porque sobre ne­nhum deles tinha ainda descido, mas somente eram bati­zados em nome do Senhor JESUS). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o ESPÍRITO SANTO" (Act 8.14-17).
Ainda que o texto bíblico citado não mostre explicita­mente que os samaritanos hajam falado em línguas estra­nhas como evidência do batismo com o ESPÍRITO SANTO, es­tudiosos das Escrituras são da opinião de que eles tenham falado em línguas; pois, se não houvesse a manifestação das línguas, como os apóstolos teriam notado a diferença entre eles antes e depois da oração com imposição de mãos?Lucas diz que "Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o ESPÍRITO SANTO, lhes ofere­ceu dinheiro..."(Act 8.18). Simão não seria suficientemente tolo a ponto de pro­por dinheiro para adquirir poderes para realizar operações espirituais abstratas. Ele almejava poderes para operar fe­nômenos como os que ele via e ouvia naquele momento.
c) Sobre Saul em Damasco
"E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor JESUS, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do ESPÍRITO SANTO, e logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado" (Act 9.17,18). Também no caso de Saulo, o texto bíblico não diz ex­plicitamente que ele tenha falado em línguas, porém diz que ele foi cheio do ESPÍRITO. Ora, se é válido admitir que ele foi cheio do ESPÍRITO SANTO naquele momento, por que, então, duvidar que ele haja falado em línguas? Do punho do próprio Paulo lemos as seguintes palavras: "Dou graças a DEUS,.porque falo mais línguas do que vós todos" (1 Co 14.18).
d) Em Casa do Centurião Cornélio
"E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espíri­to SANTO sobre todos que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pe­dro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam fa­lar línguas, e magnificar a DEUS" (Act 10.44-46). Foi a ênfase dada por Pedro e seus companheiros a que os gentios em Cesaréia haviam recebido o dom do ESPÍRITO SANTO, tal qual eles no dia de Pentecoste, que apa­ziguou os ânimos dos apóstolos em Jerusalém, de sorte que disseram: "Na verdade até aos gentios deu DEUS arrepen­dimento para a vida!"(Act 11.18).
e) Sobre os Discípulos em Êfeso
"E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam" (Act 19.6). Observe: vinte anos após o dia de Pentecoste, o batis­mo com o ESPÍRITO SANTO ainda era acompanhado com a evidência inicial de falar línguas estranhas. Esta evidência satisfazia não só a um dos requisitos da doutrina apostóli­ca quanto à manifestação do ESPÍRITO SANTO, como tam­bém cumpria a promessa de JESUS: "Estes sinais seguirão aos que crêem: ...falarão novas línguas" (Marc 16.17). Crisóstomo, um dos grandes mestres da Igreja antiga, afirmou, muitos anos após os dias de Paulo: "Quem quer que fosse batizado nos dias apostólicos, logo falava línguas: recebiam eles o ESPÍRITO SANTO".
IV. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
Dentre as insondáveis riquezas espirituais que DEUS coloca à disposição da sua Igreja na terra, destacam-se os dons sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO, apresentados pelo apóstolo Paulo" (1 Co 12.11) como agentes de poder e de vitória desta mesma Igreja.
O professor Antônio Gilberto define dons do ESPÍRITO SANTO como sendo "uma dotação ou concessão especial e sobrenatural de capacidade divina para serviço especial da execução do propósito divino para a Igreja e através dela". Em resumo - "é uma operação especial e sobrenatural do ESPÍRITO SANTO por meio do crente". Numa definição mais resumida, Stanley Horton define os dons do ESPÍRITO SANTO como sendo "faculdades da pessoa divina operando no homem".
1.Os Dons do ESPÍRITO SANTO em 1 Coríntios
Escreve o apóstolo Paulo que “... a um é dada, me­diante o ESPÍRITO, a palavra da sabedoria; e a outro, segun­do o mesmo ESPÍRITO, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo ESPÍRITO, fé; e a outro no mesmo ESPÍRITO, dons de curar; a outro, operação de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las" (1 Co 12.8-10).
Vale ressaltar que os dons são do ESPÍRITO SANTO e não daqueles através dos quais eles operam. A torneira não pode dizer de si mesma: "Eu produzo água", pois seria uma inverdade. Quem produz água é a fonte. A torneira é apenas o canal através do qual a água flui.Os dons são do ESPÍRITO SANTO, e, através deles, o ESPÍRITO opera em quem quer, como quer, quando quer e onde quer, com a finalidade precípua de edificar a Igreja, o corpo vivo de CRISTO.
2.Classificação dos Dons Espirituais
Para melhor apresentação dos dons do ESPÍRITO SANTO, alguns estudiosos têm usado classificá-los da seguinte ma­neira:
a) Dons de Revelação:
• Palavra do conhecimento
Palavra da sabedoria
Discernimento de espíritos
b) Dons de Poder:
Dons de curar
Operação de milagres

c) Dons de Inspiração:
Variedade de línguas
Interpretação das línguas
Profecia
Frank M. Boyd declarou que "a menos que os dons do ESPÍRITO sejam claramente definidos e cuidadosamente classificados em primeiro lugar, seu propósito não será en­tendido e podem ser mal usados; a glória do Senhor pode ser roubada; e a Igreja pode deixar de receber grandes be­nefícios que esses dons devem trazer".
3. Dons de Revelação
Os dons de revelação são não somente necessários, mas igualmente indispensáveis àqueles que cuidam do go­verno e orientação da Igreja do Senhor JESUS CRISTO na ter­ra. Desde os mais remotos tempos do Antigo Testamento, esta categoria de dons esteve em evidência no ministério de juízes, sacerdotes, reis e profetas condutores do povo de Israel.
a) Palavra do Conhecimento
Este dom tem sido definido como sendo a revelação sobrenatural dalgum fato que existe na mente de DEUS, mas que o homem, devido às suas naturais limitações, não pode conhecer, a não ser que o ESPÍRITO SANTO lhe revele. Exemplos da manifestação deste dom são encontrados nos ministérios de Samuel, Eliseu, Aías, JESUS, Pedro e Pau­lo (1 Sm 9.15,20; 10.22; 2 Rs 5.20,26; 6.8; 1 Rs 14.6; Jo 1.48; 4.18; Lc 19.5; Mt 16.23; Act 5.3,4). Através deste dom, segredos do mais profundo do co­ração são revelados, enquanto que obstáculos ao desenvol­vimento da Igreja são manifestos, e desmascarada toda e qualquer hipocrisia. Este dom é de grande importância para o ministério ordinário da Igreja, pois pode apontar os maus obreiros, possíveis candidatos ao ministério cristão.
b) Palavra da Sabedoria
Este dom é uma palavra (uma proclamação, uma de­claração) de sabedoria, dada por DEUS através da revela­ção do ESPÍRITO SANTO, para satisfazer a necessidade de so­lução urgente dum problema particular. Não se deve con­fundi-lo, portanto, com a sabedoria num sentido amplo e geral. Não depende da habilidade cultural humana de so­lucionar problemas, pois é uma revelação do conselho divi­no. Nos domínios do ministério cristão, este dom se aplica tanto ao ensino da doutrina bíblica, quanto à solução de problemas em geral.
c) Discernimento de Espíritos
Através deste dom, DEUS revela ao crente a fonte e o propósito de toda e qualquer forma de poder espiritual. Através dele o ESPÍRITO SANTO revelou a Paulo que tipo de espírito operava na jovem de Filipos, (Act 16.18) e fez Paulo resistir a Elimas, condenando-o à cegueira (Act 13.11). Note que não se tra­ta do "dom" de julgar ou fazer juízo doutras pessoas.Este é sem dúvida um dos dons de maior valia para o ministro nos dias hodiernos, pois, em meio a tanta contra­fação e imitação nos domínios da fé e da religião, o obreiro a quem falte este dom, estará em apuros, pondo em risco a integridade da doutrina e da segurança do rebanho que DEUS lhe confiou.
4. Dons de Poder
Os dons de poder formam o segundo grupo dos dons do ESPÍRITO SANTO, e existem em função do sucesso e do cum­primento da grande comissão dada por JESUS CRISTO. Como o Evangelho é o poder de DEUS, é natural que tenha a sua pregação confirmada com sinais e maravilhas sobrenatu­rais, que ratificam esse Evangelho e lhe dão patente divi­na.
a) Dons de Curar
No grego o dom (curar), como o seu efeito, está no plu­ral, o que dá a entender que existe uma variedade de mo­dos na operação deste dom. Assim, um servo de DEUS pode não ter todos os dons de curar, e, por isso, às vezes, muitos não são curados por sua intercessão. Por exemplo, Paulo orou pelo pai de Públio, que se achava com febre e desinteira, na ilha de Malta, e JESUS o curou (Act 28.8), porém foi forçado a deixar o seu amigo Trófimo doente em Mileto (2 Tm 4.20). Como são diferentes os tipos de enfermidades, é evi­dente que há um dom de cura para cada tipo de enfermi­dade: orgânica, psicossomática ou de patogenia espiritual.
b) Operação de Milagres
Ambas as palavras aparecem no original grego, no plural, o que sugere que há uma variedade de modos de milagres e de atos de poder. Por milagres ou maravilhas, entende-se todo e qualquer fenômeno que altera uma lei preestabelecida. "Milagres" e "Maravilhas" são plurais da palavra "poder" em Atos 1.8, que significa: atos de po­der grandiosos, sobrenaturais, que vão além do que o ho­mem pode ver.A operação de milagres só acontece em relação às ope­rações de DEUS (Mt 14.2; Marc 6.14; Gl 4.5; Fp 3.21) ou de Satanás (2 Ts 2.7,9; Ef 2.2). Nesses atos de poder de DEUS que infligem derrota a Satanás, poderíamos incluir o juízo de cegueira sobre Elimas, o mágico (Act 3.9-11) e a expulsão de demônios.

Também pode ser classificado como milagre o resultado da operação di­vina na cura de determinadas enfermidades, para as quais ainda não existe remédio, como por exemplo: certos tipos de câncer, alguns tipos de cegueira, surdez, mudez, e de­terminados tipos de paralisia, etc.
c) Fé
O dom da fé envolve uma fé especial, diferente da fé para salvação, ou da fé que é mostrada por Paulo como um dos aspectos do fruto do ESPÍRITO em Gaiatas 5.22. O dom da fé traduz uma fé especial e sobrenatural, verdadeiro apelo a DEUS no sentido de que Ele intervenha, quando todos os recursos humanos se têm esgotado. Foi este o tipo de fé com o qual foram dotados os grandes heróis mostrados na galeria de Hebreus 11.
5. Dons de Inspiração
Este é o terceiro e último grupo dos nove dons do Espí­rito SANTO registrados pelo apóstolo Paulo no capítulo 12 da sua primeira epístola aos Coríntios. Ao contrário dos dois primeiros grupos de dons, em geral exercidos pelo mi­nistério responsável pela administração da Igreja, este úl­timo grupo tem se feito experiência comum para os crentes em geral.
a) Variedade de Língua
Variedade de línguas é a expressão falada e sobrena­tural duma língua nunca estudada pela pessoa que fala; uma palavra anunciada pelo poder do ESPÍRITO SANTO, não compreendida por quem fala, e usualmente incompreensí­vel para a pessoa que a ouve. Nada tem a ver com a facili­dade de assimilar línguas estrangeiras (poliglotismo); tampouco tem a ver com o intelecto. É a manifestação da mente de DEUS por intermédio dos órgãos da fala do ser hu­mano (glossolália).
b) Interpretação das Línguas
O dom de interpretação de línguas é o único dos nove dons espirituais cuja existência ou função, depende de ou­tro dom - a variedade de línguas. Conseqüentemente, não havendo o dom de variedade de línguas, não pode haver a interpretação de línguas."Interpretação" aqui não é a mesma coisa que tradu­ção. A interpretação geralmente alonga-se mais que a sim­ples tradução.O dom de interpretação de línguas revela o poder, a ri­queza, a soberania e a sabedoria de DEUS. Por certo que este dom não implica em que haja algum tipo de conheci­mento do idioma por parte do intérprete.A interpretação de línguas é em si mesma um dom tão miraculoso quanto o é o próprio dom de variedade de línguas.
c) Profecia
A profecia é uma manifestação do ESPÍRITO de DEUS e não da mente do homem, e é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso (1 Co 12.7). Embora o dom da profecia nada tenha a ver com os poderes normais do raciocínio humano, pois é algo muito superior, isso não impede que qualquer crente possa exer­citá-lo: "Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados" (1 Co 14.31). Ainda que nalguns casos o dom da profecia possa ser exercido simultaneamente com a pregação da Palavra, é evidente que esse dom é dotado de um elemento sobrena­tural, não devendo, portanto, ser confundido com a sim­ples habilidade de pregar o Evangelho."Edificação", "exortação" e "consolação" são os três elementos básicos da profecia, e a razão de ser e de existir desse dom. Portanto, a profecia não deve ser exercida com propósito governativo da igreja local.


SÍNTESE DO TÓPICO I - Nas suas viagens missionárias, o ESPÍRITO SANTO moveu a Paulo no caminho de pregação.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O apóstolo Paulo cuidou para esclarecer Apolo a respeito da plenitude do ESPÍRITO SANTO.
SÍNTESE DO TÓPICO III - As Escrituras são a primeira fonte de revelação do ESPÍRITO, enquanto o Pentecostes é a segunda.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO TOP1
Chegamos à lição 6. Ao iniciar a aula, faça uma pequena revisão com a classe. Já estudamos temas como “o mundo de Paulo”, “a perseguição”, “a conversão”, “a vocação” e “a mensagem da cruz”. Relembre alguns pontos importantes e procure apontar a unidade entre as lições que perpassa a vida e o ministério de Paulo. Não esqueça que ensinar é a arte de transmitir ensinos que façam sentido à vida concreta do aluno. Por isso, quando planejar a aula, nunca esqueça do espaço da revisão, tanto a espessada, após uma sequência de aula, quanto a semanal, relembrando sempre o conteúdo passado para começar um novo..
 

CONHEÇA MAIS TOP2
*Sobre a Vinda do ESPÍRITO SANTO
“É melhor entender aqui, também, que a imposição das mãos era um meio de encorajar a fé deles, e que precedia a vinda do ESPÍRITO SANTO, e era uma ação separada. Em seguida, para enfatizar que esses discípulos tinham recebido a plena experiência do batismo com o ESPÍRITO SANTO, Lucas declara que falavam em línguas e profetizavam”. Para ler mais, consulte o livro “O ESPÍRITO SANTO na Bíblia: A Atuação do ESPÍRITO SANTO de Gênesis a Apocalipse”, editado pela CPAD, p.175.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“Inicialmente, o batismo de João era um sinal de arrependimento pelo pecado, não um marco de uma nova vida em CRISTO. Como Apolo (At 18.24-26), os cristãos de Éfeso tinham conhecimento apenas da mensagem de João; precisavam de uma instrução adicional sobre a mensagem e o ministério de JESUS CRISTO. Eles criam em JESUS como o Messias, mas não atendiam a importância da obra do ESPÍRITO SANTO. Tornar-se um cristão envolve o arrependimento do pecado e o abandono do pecado, mas também a aproximação de CRISTO pela fé. Assim, os cristãos efésios tinham a mensagem incompleta” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.1528)
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“[...] O ESPÍRITO SANTO foi derramado no Pentecostes, quando os discípulos souberam mais acerca da obra redentora de JESUS e receberam a missão de proclamar as Boas Novas a todos. Ao derramar seu ESPÍRITO, DEUS confirmou aos cristãos como Corpo espiritual de CRISTO e os capacitou para a Grande Comissão.
O derramamento do ESPÍRITO SANTO que encheu cada crente em JESUS no Pentecostes confirmou-os como Igreja. O Pentecostes foi o derramamento formal do ESPÍRITO SANTO sobre ela. A marca da verdadeira Igreja não é somente a doutrina certa, mas as ações corretas que são a evidência da obra do ESPÍRITO SANTO.
Quando Paulo impôs as mãos sobre esses cristãos efésios, eles foram batizados no ESPÍRITO SANTO da mesma maneira que os discípulos no Pentecostes; e houve sinais exteriores visíveis da presença do ESPÍRITO SANTO (eles falaram em línguas estranhas e profetizaram). O mesmo aconteceu quando o ESPÍRITO de DEUS veio sobre os gentios” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1529).


INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Os obstáculos no caminho da vida cristã são numerosos. Só o ESPÍRITO SANTO pode conduzir a vida do crente entre esses obstáculos. Quando Paulo exerceu o ministério, o ESPÍRITO foi agente fundamental para que o apóstolo "combatesse o bom combate, terminasse a carreira e guardasse a fé". Paulo começou a caminhada no ESPÍRITO, viveu no ESPÍRITO e terminou no ESPÍRITO. Assim, converse com os alunos a respeito da importância de ter o ESPÍRITO SANTO em nossas vidas. Sua unção é indispensável para a nossa caminhada com CRISTO. Não podemos viver sem Ele, muito menos, extinguir a sua presença em nossas vidas. Vivamos na plenitude do ESPÍRITO SANTO!

PONTO CENTRAL - Para fazer a obra de DEUS é preciso viver na plenitude do ESPÍRITO
 

PARA REFLETIR - A respeito de “Paulo no Poder do ESPÍRITO”, responda:
O que movia o apóstolo Paulo e para quê? Era o poder do ESPÍRITO SANTO que o movia de tal modo que o apóstolo não tinha outra missão, senão, pregar a JESUS, e este crucificado.
Quem acompanhou Paulo na primeira viagem missionária? Na primeira viagem, Paulo não estava só, mas acompanhado e assistido por Barnabé, que era um conselheiro competente.
Quem o acompanhou na segunda viagem missionária? Na segunda viagem missionária, o apóstolo e Barnabé voltaram a Antioquia porque a igreja dessa cidade havia crescido e se tornou o ponto de partida para visitar outras cidades.
É possível receber o Batismo no ESPÍRITO SANTO antes de crer em JESUS? Ninguém recebe o batismo no ESPÍRITO SANTO antes de crer em CRISTO como Salvador.
Quais eram as fontes do ensino de Paulo sobre o ESPÍRITO SANTO? As Escrituras e o Pentecostes.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 87, p. 39.
fonte http://www.apazdosenhor.org.br