"Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” (Apocalipse 21:8 – ACF)
Antes que os crentes que são tímidos, acanhados, introvertidos, pensem que irão para o inferno só por serem tímidos, cabe explicar que a palavra “tímidos”, que aparece em Apocalipse 21:8, vem do grego “deilos“, que também pode ser traduzido como “medrosos” (como o faz a versão João Ferreira de Almeida Atualizada) ou “covardes” (como o faz a versão Nova Versão Internacional). Mas então, o que significa dizer, neste contexto, que os “covardes” terão a sua parte “no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”?
João faz uma séria advertência aos cristãos covardes que, durante o tempo das perseguições, renunciavam a sua fé em Cristo com o intuito de preservarem suas vidas (“Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará.” – Mateus 16:25). Segundo o apóstolo, as pessoas que se comportassem assim (como covardes) estavam sentenciadas ao “lago de fogo e enxofre”.
A lição central deste texto de Apocalipse (particularmente no que se refere aos “covardes”) é a seguinte: Em épocas de grande perseguição e tribulação, temos que ser corajosos na expressão da nossa fé em Cristo. É como disse o Apóstolo Paulo, em Romanos 5:1-5: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu.”
Os discípulos foram chamados de tímidos na fé
Certa vez, quando Jesus e Seus discípulos estavam num barco, começou uma grande tempestade. Jesus estava dormindo e os discípulos se apavoraram. Eles estavam com tanto medo da tempestade que despertaram Jesus e lhe perguntaram se o Senhor não se importava que eles morressem. Ora, é claro que Jesus se importava, e inclusive levantou-Se e repreendeu o vento e o mar, e a tempestade se acalmou. Logo em seguida, Jesus repreendeu também os Seus discípulos, e lhes perguntou o porquê de eles serem tão tímidos [deilos] na fé.
“E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado. E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos. E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia. E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. E disse-lhes: ‘Por que sois tão tímidos [deilos]? Ainda não tendes fé?’ E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” (ACF. Marcos 4:35-41; ver Mateus 8:23-27 e Lucas 8:22-25).
O que podemos aprender com isso é que nos momentos de dificuldade devemos sempre confiar em Deus. Afinal, não importa o tamanho das ondas, Deus está no barco! Não sejamos tímidos na fé.
Fonte: Blog Defendendo a fé Cristã via https://www.atendanarocha.com